31 de março de 2015

Humanidade para todos..


Segundas e quartas-feiras são os dias em que eu pratico natação. São esses dois dias que me obrigam a pegar uma condução urbana. Eu gosto mesmo é de pedalar: é livre, tranquilo, saudável e sem engarrafamento. 

Nesta segunda-feira eu fui para minha aula de natação. Quando eu estava dentro do segundo ônibus, um rapaz de muletas entrou com a sua namorada. Apesar de não estar lotado, não havia mais bancos vagos para sentar.
Era visível e notório que o rapaz precisava sentar-se. O pé enfaixado e com uma proteção e as duas muletas que ele utilizava denunciavam, para todos os presentes, que ele precisava de um lugar para sentar.

Em pé, perto da porta, eu fiquei olhando ao redor. Ninguém se levantou para dar lugar para aquele rapaz. As pessoas sentadas olhavam para seus celulares ou pelo vidro da janela. Absolutamente NINGUÉM, estava interessado na situação do garoto com as muletas. 

O ônibus logo deixou o terminal do centro e seguiu o itinerário; mas, horário de pico não é sinônimo de movimentação. Pouco mais de dez minutos e nós mal estávamos longe do terminal. Em pé, eu já estava cansada - e meus pés estavam muito bem calçados e mesmo assim, eu sentia cansaço. Fiquei pensando no garoto de muletas que continuava em pé. Olhei mais uma vez em volta. Ninguém estava interessado em ceder um lugar para rapaz. 

Insatisfeita com aquela situação, tirei meu fone de ouvido e toquei o ombro do garoto:

- Você quer sentar?

- Ãhn, quero, mas ...

- Moço, você pode dar lugar para esse rapaz sentar que ele está com o pé machucado?
- Ah! Claro..
- Muito obrigada.

Voltei para o meu lugar e o rapaz pode aliviar-se do incômodo de ficar em pé.
Uma senhora, perto de mim, deu três tapinhas na minha mão e um sorriso. 

Que mundo mais bizarro esse!!! Eu fiquei e ainda estou indignada com essa humanidade podre que é cultivada em nosso mundo. Onde está a sensibilidade ao próximo? Eu não deveria ter sido a única a sentir essa afronta ao descaso com o garoto da muleta, mas, infelizmente, fui a única a tomar uma atitude. Não sou nenhuma Madre Teresa e nem quero rogar um título "santo" para mim; apenas quero desabafar um descaso tão imoral quanto a falta de humanidade que estamos experimentando todos os dias. 


27 de março de 2015

Carta..




Veja só, anônimo leitor, recebi o retorno de uma das minhas correspondentes!!!
Sextas- feiras têm sido assim: cartas, cartas, cartas...

' Bora lá responder! ;)

20 de março de 2015

Carta ..

E mais uma  sexta feira terminando com uma carta do Clube de Leitura..

'Borá responder!!


Que agradável é essa comunicação "às antigas" !!


Omnia Vanitas.

A Doce Ironia de Austen..

Jane Austen
Jane Austen, de longe, é uma das minhas escritoras favoritas. Como se não bastasse criar personagens ícones, suas histórias foram elaboradas com uma doce dose de ironia. E, essa harmonia me faz pensar que a senhorita Austen possuía um ótimo senso de humor e um semblante amistoso.

Ganhei de presente da minha amiga GLN o livro "Juvenília" com histórias de Jane Austen e Charlotte Brontë. Como o próprio título sugeri, são histórias que a senhorita Austen escreveu ainda na tenra idade. Este livro acompanha também os textos da sua "rival" Charlotte Brontë - nem tão divertida quanto Austen mas tão maravilhosa quanto esta. Porém, vou escrever somente de Jane Austen, no momento.

 Logo no primeiro conto do Livro I, ela destila sua ironia. É impossível não rir com a sutileza de suas palavras. Lê-se:

(...) andou até a casa da sra. Fitzroy para se despedir da afável Rebecca, a quem encontrou rodeada de base, pó, brilhantina e pintura, com os quais estava em vão tentando remediar a feiura natural de sua face.
"Vim, minha afável Rebecca, me despedir de você pelo período de duas semanas que passarei na casa da minha tia. Acredite, essa separação me é dolorosa, mas tão necessária quanto a tarefa que neste momento a ocupa".
 E..

"Epitáfio
Aqui jaz a nossa amiga, que após prometer
Se casar com dois homens diferentes
Atirou toda a beleza de seu ser
No riacho da casa de seus parentes.

Esses doces versos, tão patéticos quanto belos, jamais foram lidos por qualquer pessoa que passou por ali sem uma inundação de lágrimas e, se deixarem de causar a mesma reação em você, leitor, é porque não tem uma mente digna deles.

E desta forma segue o texto da pueril Jane Austen que desde cedo não deixou de aplicar sua característica em suas produções literárias.

Omnia Vanitas.

17 de março de 2015

Presque Rien ..

:: Francis Cabrel ::

Conheci esse cantor francês há pouco mais de dez anos. Foi um presente que ganhei - músicas diversas em um cd que veio com o seguinte dizer: "Petit Cadeau de Belgique". Desta forma Francis Cabrel me foi apresentado.

Agora, com as aulas de francês que curso desde o ano passado, o meu presente foi resgatado e ouvido com mais sentido. E, além das músicas que ganhei tenho outras que compõem meu playlist!

Então, eu deixo meu querido francês para terminar este post.

Et voilà tout ce que je sais faire
Du vent dans des coffres en bambou
Des pans de ciel pour mettre à tes paupières
Et d'autres pour pendre à ton cou
C'est rien que du ciel ordinaire
Du bleu comme on en voit partout
Mais j'y ai mis tout mon savoir-faire
Et toute notre histoire en-dessous
Tu vois, c'est presque rien
C'est tellement peu
C'est comme du verre, c'est à peine mieux
Tu vois c'est presque rien...
C'est comme un rêve, comme un jeu
Des pensées prises dans des perles d'eau claire

Je t'envoie des journées entières
Des chats posés sur les genoux
Des murs couverts de fleurs que tu préfères
Et de la lumière surtout
Rien que des musiques légères
Une source entre deux cailloux
Du linge blanc sur tes années de guerre
C'est tout ce que je sais faire c'est tout...
Tu vois, c'est presque rien
C'est tellement peu
C'est comme du verre, c'est à peine mieux
Tu vois c'est presque rien...
C'est comme un rêve, comme un jeu
Des pensées prises dans des perles d'eau claire
Doo doo doo doo doo...
(Presque Rien - Francis Cabrel)

16 de março de 2015

Os Homens de Razão e Sensibilidade

:: Edward Ferrars - Coronel Brandon - John Willoughby ::
Deixe-me apresentá-lo este trio, anônimo leitor. Estes são os homens que circundam a vida das irmãs Dashwood.

Edward Ferrars é o primeiro. Irmão da nojenta Fanny Dashwood - cunhada das irmãs. Ele é do tipo caladão, tímido, por vezes depressivo. Porém, a seu favor, digo que ele sabe manter sua palavra (algo tão raro nos dias de hoje). Só por isso ele tem a minha simpatia. Mesmo não gostando mais a barata morta da Lucy Steele, manteve o compromisso com ela (mesmo estando apaixonado por Elinor).

Na outra ponta temos o "vilão" John Willoughby. Boa pinta, fanfarrão, gosta de caçar, sedutor, tem boa lábia e, mesmo contra a estatística a seu favor - eu declaro que ele era apaixonado por Marianne. Outras características: fraco em caráter e decisão, sua vida é governada pelo dinheiro e por uma matriarca mercenária. Sua palavra, ao contrário de Edward, não serve nem para pegar ônibus lotado. E, para completar, engravidou a filha adotiva do meu querido Coronel Brandon e a deixou se eira nem beira. Cafajeste!

Coronel Brandon. Este homem tem todo o meu favor à sua disposição. E a sua posição na foto está bem colocado. Ele não deprimido como Edward nem fanfarrão como Willoughby. Coronel Brandon é a medida certa neste romance de Austen.
E, como eu tenho um fraco para homens de coração partido, este personagem tem toda a minha simpatia. 
Seu primeiro amor foi sua amiga de infância, Eliza.  
Não posso me lembrar de nenhum tempo em que eu não tenha amado Eliza.
Ele cuidou desse amor até a hora da morte dela e, adotou sua filha que foi gerada na prostituição - pois o irmão do Coronel (com quem Eliza foi obrigada a casar) abandonou a esposa. Brandon ficou sabendo desse fato dois anos depois. Como a menina era órfã e dependia exclusivamente do marido, com o abandono deste, ela não teve como se sustentar. Quando seu amado a encontrou, ela definhava doente em uma cama.
Apaixonado por Marianne desde a primeira vez que a viu, pai adotivo dedicado, honra sua palavra quando a firma, é comedido em falar, discreto, não é deprimente ou enfadonho. Coronel Brandon é o marido que toda mulher procura (rs).

É isso aí, querido leitor, minha rápida apresentação sobre os pretendentes das senhoritas Dashwood.

Omnia Vanitas.

Arquivo X: Sangue

:: Melvin Frohike- John Fitzgerald Byers - Richard Langly :: 

Este domingo foi dedicado a Fox Mulder e sua parceira, Dana Scully. E, para minha alegria, os Pistoleiros Solitários participaram deste episódio. Nem vou comentar qual deles é o meu preferido! ;)

Uma estranha onde de crimes está deixando a pacata cidade de Franklin, Pensilvânia, em estado de Alerta!
E, claro, para lá se dirige o agente especial (e gato) do FBI, Fox Mulder.

Duas coisas chamam a atenção, pelo menos a minha, neste episódio: a presença de aparelhos digitais/informática e a utilização de pesticidas.

O primeiro chama a atenção por ser ele, "o robô" quem está dando a "ordem" para matar em meio ao delírio que o assassino vive. A utilização deles em troca da mão de obra humana chama a atenção neste episódio da série. Portanto, o fato de "ele" estar no comando não gera novidade, apenas constatação para a geração atual.

O outro fato que chamou a atenção é a utilização de pesticidas nocivos ao homem (seja no momento da aplicação em alimentos que tiveram contato direto com o produto químico).
Atualmente há muitas campanhas e ações públicas e de organizações não partidárias, a "briga" contra esse tipo de agrotóxico em alimentos é grande. Infelizmente, para os poucos mortais existentes, a compra de alimentos sem um pesticida está longe de ser uma realidade pois o valor da venda deste tipo de produto é alto demais. Portanto, a campanha é boa, o resultado ainda não é satisfatório.

Depois de perceberem que um toxina usada na pulverização em plantações está aguçando o medo - e aumentando a adrenalina - e levando algumas pessoas pacatas à atos contra a humanidade, Fox Mulder e Dana Scully - junto com o policiamento local - embarcam em uma corrente contra o tempo para saber quem será o próximo assassino da cidade.

Omnia Vanitas.

13 de março de 2015

A Decepção de Marianne ..



Marianne Dashwood não conhece o ditado:

Nem todo homem simpático é cafajeste.
Mas todo cafajeste é simpático.

Se tivesse esse conhecimento prévio, talvez ela tivesse sido mais prudente ao receber os sorrisos e elogios de John Willoughby. Pobre, Marianne!

A paixão deste personagem começou quando, ao voltar de uma caminhada, ela torceu o pé e... :
Um cavalheiro que carregava uma espingarda, com dois pointeres saltando ao seu redor, passava pela colina a poucos metros de Marianne quando o incidente ocorreu. Ele largou a arma no chão e correu para socorrê-la. Ela já se erguera, mas torcera um tornozelo na queda e mal conseguia ficar de pé. O cavalheiro ofereceu-lhe seus préstimos e, percebendo que a modéstia dela a faria recusar o que a situação exigia, nada perguntou e a ergueu nos braços sem demora, carregando-a colina abaixo.

Pronto! Bastou isso para que nosso personagem estivesse "doidinha" por John Willoughby! Que romântico! (?)
A espontaneidade que  Marianne pregava foi aquilo que Willoughby conseguiu expressar no cuidado que teve com ela: sem cerimônias ou desculpa cortês, ele fez o que deveria ser feito: socorreu - com seus braços -  uma dama em apuros.
Eu não condeno Marianne! Não há coisa mais "romântica" do que ser carregada nos braços de um homem - e, segundo Austen, Willoughy tinha uma bela expressão máscula para tornar a cena digna de uma paixão arrebatadora. Nem uma convicta balzaquiana tiraria o mérito desta empresa!

Como já mencionado em post anterior (clique aqui) a paixão foi arrebatadora. Simpatizavam com as mesma coisas e pessoas e, antipatizavam de maneira semelhante. Tudo parecia bom demais! Marianne estava "entregue a sua primeira paixão".

Talvez, eu não tenha comentado no primeiro post, mas a diferença de status social era diferente entre eles. Enquanto ela era uma mocinha com poucas posses e um dote "pobrinho"; ele vinha de uma linhagem nobre e blá blá blá... morava em um castelo e tudo mais. Ainda assim, quem visse os dois juntos, diria que o casamento era inevitável. Eu plagiarei a própria senhorita Austen com os "dizeres" de seu livro, Persuação:

Nunca houve dois corações mais abertos, nem gostos mais semelhantes, ou sentimentos mais em sintonia!
Não preciso dizer que Elinor reprovara toda essa efusão de sentimentos, pois nem conheciam o caráter de Willoughby de maneira suficiente para que ele fosse acolhido de forma tão calorosa pelas irmãs e a mãe. Ao ouvir esta opinião, Marianne exclamou de indignação:

Está enganada, Elinor - replicou Marianne com arrebatamento -, em pensar que conheço pouco a Willoughby. Não o conheço há muito tempo, é verdade, mas me entendo muito melhor com ele do que com qualquer outra criatura no mundo, com exceção de você e mamãe. Não é o tempo nem a ocasião que determina a intimidade, mas sim e apenas a disposição. Sete anos podem ser insuficientes para fazer algumas pessoas se entenderem, no entanto sete dias podem ser o bastante para outras.

Irremediavelmente apaixonada!

Então, o dia da revelação chegou.
Depois de algumas longas semanas que Willoughby deixou Barton Park e foi para Londres, Marianne tem a oportunidade de, também, ir à capital da Inglaterra passar o inverno na casa da senhora Jennings junto com sua irmã mais velha.
A felicidade transbordava no coração desta jovem apaixonada! Logo que chegou, escreveu para Willoughby.

Berkeley Street, janeiro.
Sei que ficará surpreso, Willoughby, ao receber esta carta e creio que irá sentir algo mais do que surpresa quando souber que me encontro na capital. A oportunidade de vir, proporcionada pela sra. Jennings, foi uma tentação à qual não pude resistir. Espero que receba esta a tempo de vir aqui esta noite, mas não confio nisto. Prefiro esperá-lo amanhã. Sem mais, adieu.
M. D.
   Porém, a brevidade que esperava em receber a visita do amado não aconteceu. Dias se passaram sem que J.W. retornasse a comunicação com a apaixonada Marianne.
E, como uma mulher cega de paixão, Marianne lhe deu todas as desculpas para a ausência prolongada: o tempo era ótimo para caça (e Willoughby adorava caçar), ora o tempo ruim para voltar da região de caça ... Tantas e tantas desculpas que é triste ler a ansiedade e a prévia tristeza no coração dela.

O encontro, finalmente, aconteceu. Da maneira que aconteceu não estava nos planos dela - e, arrisco escrever - que nem Willoughby esperava este encontro.

Ambos em uma mesma festa. Ele reconheceu Elinor não quis se aproximar. Demorou um pouco para Marianne descobrir a presença dele mas, quando tomou ciência dele naquele mesmo lugar que ela estava, seu coração transbordou de felicidade e, para desespero de Elinor, Marianne exalava alegria e imprudência.
Seja no filme de 1995 ou na minissérie de 2008, esta cena me causa "vergonha alheia". Pobre Marianne! Sua felicidade e satisfação em reencontrar Willoughby são desdenhadas pelo jovem. A moça quase desmaia nos braços da irmã e é levada a sentar em cadeiras próximas.

Logo após esta cena, as irmãs voltam para casa, as pressas, pois Marianne não está em condições psicológicas de permanecer na festa, mesmo tendo Willoughby se retirado antes dela. Aos prantos, ela escreve uma carta à ele.

Ansiosa por uma resposta que desmentisse todo o episódio daquela noite, Marianne esperava - e esta espera lhe era uma eterna tortura. E, quando a carta chegou, em nada aliviou o espírito da moça:


Bond Street, janeiro.

CARA MADAME

Acabo de ter a honra de receber sua carta, pela qual sou solicitado a prestar sinceros esclarecimentos. Fiquei muito preocupado por saber que houve alguma coisa em meu comportamento de ontem à noite que não mereceu sua aprovação. Apesar de me sentir incapaz de descobrir em que a ofendi tão infortunadamente, rogo-lhe seu perdão pelo que, posso afirmar, não foi absolutamente intencional. Eu jamais poderia pensar no meu relacionamento com a sua família, em Devonshire, sem sentir o maior prazer e me orgulharia se ele não fosse interrompido por algum engano ou má interpretação de minhas ações. Minha estima por sua família toda é muito sincera, mas se fui tão infeliz a ponto de dar a impressão de existir mais do que eu sinto, ou do que pretendi expressar, devo censurar-me por não ter sabido professar essa minha elevada estima da maneira correta. A senhorita irá compreender que seria impossível eu querer demonstrar mais do que a realidade quando souber que minha afeição acha-se comprometida há muito tempo com outra pessoa e não se passarão muitas semanas, acredito, até que este compromisso seja cumprido. É com grande tristeza que obedeço à ordem que me deu para que devolvesse as cartas que tive a honra de receber da senhorita e o cacho de seus cabelos, que tão gentilmente me confiou.

Eu sou, cara Madame, seu mais obediente e humilde Servo,
JOHN WILLOUGHBY.

Acreditem: Willoughby não é um mau caráter. Ele é fanfarrão. Adora gastar o dinheiro além do que pode arrecadar, por isso, estando à beira da falência, a matriarca da família de Allenham obriga o moçoilo a casar com uma mulher que possui uma fortuna de cinquenta mil libras. Adeus, Marianne.

Cinqüenta mil libras! Pelo que comentam por aí, esse dinheiro chega na hora certa, porque o sr. Willoughby está quebrado. Não é de admirar! Ele vive para cima e para baixo com seu coche e com caçadores! Bem, não é que eu queira falar, mas quando um homem jovem, seja ele quem for, demonstra amor a uma moça linda e lhe faz promessas de casamento, não tem o direito de fugir à palavra dada apenas porque nasceu pobre e uma moça rica está disposta a ficar com ele. 

Ele gostava de Marianne, não duvido. Os dias que passou ao lado da família Dashwood em Barton Park foram os mais felizes e sinceros que ele pode viver. Ele apreciava a companhia de Marianne, sua vivacidade e juventude. Ele poderia passar o dia inteiro em companhia das mulheres Dashwood, naquele chalé que pouca riqueza tinha, exceto por suas moradoras. Seus sentimentos foram verdadeiros, não há dúvida. E, Marianne sabia disso:
Mas ele sentiu a mesma coisa, Elinor! Sentiu, sim, durante semanas. Seja o que for que o tenha feito mudar (e nada a não ser a mais negra magia lançada contra mim poderia provocar isso), Willoughby me queria tanto quanto minha alma poderia desejar. Este cacho de cabelos, que tão depressa voltou-me às mãos, foi-me implorado entre as mais emocionantes súplicas. Se você tivesse visto o olhar dele, seu jeito; se tivesse ouvido sua voz naqueles momentos!

Culpando tudo e todos, às vezes a Willoughby, outras vezes culpando a senhora Jennings: parecia a ela que todos conspiravam contra sua felicidade ao lado do homem que escolheu amar..


Marianne, minha querida, eu sempre preferi o coronel Brandon! ;)



Omnia Vanitas.

O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...