5 de outubro de 2019

Vigésima terceira leitura ..


Olá, anônimo leitor!!

Aaahh! Comecei as leituras do mês de Outubro! Neste mês, eu decidi reler algumas leituras que fiz durante a minha adolescência. 

A minha primeira escolha foi Verde Vale, da escritora catarinense Urda Alice Klueger. 

Leitor, antes de continuar a escreve, lhe dou o seguinte conselho: releia os livros da sua infância/adolescência. Esta experiência está sendo fantástica para mim.
Eu lembro muito bem quando precisei contar para a minha turma da sala de aula sobre o livro que li. Como eu estava ansiosa para que todos soubessem que maravilhosa história eu havia lido. Lembro da professora de Língua Portuguesa, Maria Clara, pedindo para alguém começar a contar sobre a leitura que fez - e lá estava eu, tentando de um jeito totalmente sem destreza, contar sobre tudo o que livro me trouxe de maravilhoso.

Verde Vale conta a história da fictícia família Sonne, oriunda da Alemanha e imigrantes no Brasil, mais especificamente na região sul, em Blumenau - onde dizia-se haver terras para todos que quisessem tomá-las, e batatas do tamanho de um braço adulto (o que sabemos ser uma rama de aipim).
A família passa por uma adaptação a nova forma de viver: construindo sua casa, roçando o terreno para o plantio da lavoura, a criação de animais etc.
O desenvolvimento, tanto da família como da Colônia Blumenau é animador, mesmo com as dificuldades que do material escaço.
O nascimento das ruas, das famílias, da economia entre tantas outras bonanças torna o romance desta blumenauense quase um conto de fadas - parece que seria impossível abalar a estrutura familiar e comunitária da Colônia.

Verde Vale também contou sobre a Guerra do Paraguai que levou os alemães a lutar pelo país que adotaram como seu. E a volta dos soldados alemães da guerra trouxe surpresas: o velado preconceito racial vem a tona. Casamento de alemão com brasileira, uma negra mestiça frequentando a escola com alemães "puros" - foram alguns pontos levantados. 

E, durante toda a narrativa tudo parece funcionar bem para próspera família Sonne e seus seis filhos...mas então, uma boa ação do passado volta-se contra este alicerce da sociedade blumenauense. 

Outro ponto que quero deixar registrado são as enchentes de Blumenau. Se você, leitor anônimo, não é catarinense como eu, talvez não saiba (ou talvez sim, dependendo de quanto interesse você tenha por este Estado): mas em Blumenau as enchentes são algo negativo na história desta região. Meu primeiro pensamento quando a família Sonne escolheu esta parte do Estado para morar, foram as enchentes. Em seu livro "Vem, vamos remar", Urda relata sua experiência na grande enchente de 1983. Para quem tem interesse em saber sobre este acontecimento triste na história da cidade de Blumenau, clique neste link

Como já escrevi anteriormente, estou adorando passar por essas leituras que contribuíram - agora sei disso - para compor quem eu sou e como sinto o mundo ao meu redor. 

Antes de terminar, eu preciso dizer o quanto sou apaixonada pela história da personagem Astrid Sonne. Durante muito tempo eu fantasiei viver uma vida como a dela! 💓👪

E sobre o final da trama, confesso que fiquei triste. Como disse, tudo parecia um conto de fadas na trajetória da família de Humberto e Eillen Sonne; mas a vida não é essa janta farta que a gente pensa, não é mesmo?

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