Fim de mais uma leitura !
Esta não é a edição que li na minha adolescência, mas não pude deixar de comprá-la quando estava em uma sessão de compra (inocente) em um sebo em Joinville.
Este Dom Quixote de Monteiro Lobato foi o meu primeiro contato (indireto) com a opera magna de Miguel de Cervane Saavedra.
Desta leitura, o que mais marcou, além da clássica cena dos moinhos de vento, foi a indignação e não aceitação de Emília para o fim do livro do espanhol.
A história é recontada por dona Benta durante alguns dias (antes das crianças irem dormir) e acompanhada pelos deliciosos quitutes de tia Nastácia.
Em toda a contação da obra, dona Benta ressalta que quando as crianças forem maiores e tiverem o domínio linguístico para ler uma obra como Dom Quixote, verão o quão ela é rica em detalhes e significado. As partes que foram contadas para as crianças (Pedrinho, Narizinho e a boneca Emília) foram somente as principais aventuras do Cavaleiro da Triste Figura. E, para minha alegria, a briga na taverna e a manteada sofrida por Sancho (sinto muito, fiel escudeiro) estava na narrativa de dona Benta.
Minha lembrança, além do que escrevi acima, eu me vejo sentada com o livro em mãos na cancha de bocha do meu pai. Não como ela está agora, mas a antiga, que tinha o chão de saibro batido com duas pistas para o jogo. E, também, lembro de alguém passar por mim e ler o título do livro em voz alta.
Esta leitura me fez sentir saudade da outra leitura que fiz de Dom Quixote de La Mancha.
E, para finalizar, deixo o meu agradecimento à Monteiro Lobato por não ter se alongado muito para escrever sobre o segundo livro da história de Dom Quixote - eu detesto aquele duque e sua esposa.
Omnia Vanitas. 💀
P.S.: A boneca Emília - tal como foi concebida - não poderia ser aceita nos dias atuais. Tivemos sorte!
P.S.: A boneca Emília - tal como foi concebida - não poderia ser aceita nos dias atuais. Tivemos sorte!
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