16 de outubro de 2019

Vigésima sétima leitura ..



Olá, leitor !!

Outro livro do projeto "Outubro" finalizado.
Este livro - na verdade, foi outro exemplar - eu comprei em uma feira que acontece na escola que eu estudava. Eu não lembro de ter terminado a leitura época, mas uma frase eu nunca esqueci:
Miguel cerrou os dentes...

O motivo de ela se manter na minha cabeça foi porque eu troquei os verbos cerrar e serrar.  Tolo, não é?

Pântano de Sangue (1987) é a segunda aventura (e não a última) de Os Karas: Miguel, Crânio, Chumbinho, Magri e Calu. 

Os Karas! O avesso dos coroas, o contrário dos caretas! Aquele grupo secreto de alunos do Colégio Elite reunido por Miguel só pela farra, pela aventura, mas que logo acabou se envolvendo em perigos reais. 

A primeira aventura real foi em A Droga da Obediência (1984), que é algumas vezes mencionada na trama de Pântano de Sangue.  Infelizmente, para mim, eu não li a primeira aventura da turma, logo, não foi possível compreender algumas situações.

Mas esta não foi a última aventura de Os Karas:

- Anjo da Morte (1988)
- A Droga do Amor (1994)
- Droga de Americana! (1999)
- A droga da amizade (2014)

Na trama de Pântano de Sangue, a turma começa um dia comum de aula com a brutal morte do professor de Matemática. Crânio, o aluno mais próximo do professor, não se conforma com a morte e parte em busca de resposta..no pantanal mato-grossense. 
Nesta demanda, os amigos encontram muitas coisas erradas acontecendo no coração do Pantanal: tráfico de drogas, de animais, mortes (de pessoas e animais) e  a contínua extinção dos índios.
Uma história muito inteligente que todo adolescente (e adultos) deveriam ter na estante.

Uma das coisas me chamou à reflexão foi a questão dos índios; e quero ir um pouco além do livro para expor meu ponto de vista sobre o assunto.

Certa vez, lendo um livro de Rachel de Queiroz "As Terras Ásperas" (1993), vários temas são abordados em forma de crônicas: política, mulher, nordeste, seca, escravidão ... E um dos textos mencionava a condição do índio no Brasil. 
Depois de ler essa crônica, eu pensei: Por que o índio tem que viver no mato? Não tem sentido. Promove-se ao homem branco todo o conforto de uma civilização urbana (e rural) mas ao índio damos o mato. Será uma tentativa de tentar deixar a consciência limpa por todo o mal causado na colonização deste triste país?  E se o índio não quiser mais viver no mato? E que lhe seja imputado o direito de usufruir da terra que habita. 
Uma cultura sofre transformações ao longo de sua história, isso é muito natural acontecer. Que os índios e seus descendentes, se assim quiserem, vivam onde quiserem: seja no mato ou na cidade. A cultura indígena precisa ser preservada, isso é fato - mas não pode ser enclausura em uma floresta. 
Índio é índio dentro ou fora da tribo. 




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