Olá, leitor anônimo!!
Mais um livro da Urda na minha leitura de Outubro.
Adendo: no final desta publicação, eu vou deixar um link para as outras leituras que fiz em Outubro.
Este é o segundo livro escrito pela catarinense Urda Alice Klueger, As Brumas Dançam sobre o Espelho do Rio. Trata-se, também, de um romance-histórico.
Elisa mora na pacata Porto Belo e está destinada a casar com João Jesus, seu amigo desde a infância. Nada parece atrapalhar o projeto de ambos os pais; o enxoval é digno de uma princesa - Abel da Costa, pai da moça, não poupou esforços ou dinheiro para dar a sua filha caçula um casamento que deixará toda a vila com inveja.
Mas a vida tem suas próprias tramas e delas ninguém escapa.
Desembarca em Porto Belo um certo Severo trazido pelo vento sul, e, desde esse momento, tudo o que Elisa achava ter certeza troca de lugar. E, entremeios, acontece a Guerra do Paraguai.
Apesar desta guerra não ser o foco em Verde Vale, a função dela no enredo muda a vida dos personagens de ambas as narrativas.
Rio Morto é uma vila que surgiu com pessoas que fugiram do alistamento militar. Segundo a narrativa, não eram pessoas covardes, apenas não queriam se envolver em algo que não lhes representava um motivo para lutar - o que os deixava um pouco diminuídos foi saberem que os alemães participavam desta guerra mesmo este não sendo o seu país de origem. Mas a vila de Rio Morto começou por causa dessa deserção e teve sua importância na história de Santa Catarina.
O casal protagonista tem como personagens Severo e Elisa que fogem desta guerra e também dos pais da moça para viverem seu amor.
Este livro me dividiu. Metade de mim estava adorando ler sobre a vida que estas duas personagens estavam começando longe de Porto Belo. Metade de mil achava aquele "amor" muito melado e forçado e, até mesmo, infantil. Mas mesmo assim, eu li em 24 horas as breves 142 páginas.
Muito diferente do que foi a narrativa de Verde Vale, Urda apresenta uma história mais completa e tecida com mais cuidado.
Eu deixei de fora da publicação da leitura de Verde Vale, mas a narrativa deste é mais ...como posso escrever, mais aberta - talvez não seja essa a palavra certa. Tentarei explicar.
Apesar de ser uma história ótima, Verde Vale tem um enredo onde falta uma "cola" para a continuação da próxima ideia. Faltam alguns detalhes que deixam a leitura com uma vontade de saber mais sobre o que realmente pensa e vive determinada personagem. Dois exemplos breves:
- minha personagem preferida é Astrid Sonne. Como filha, ela não tem muito destaque a trama, exceto quando Helmuth se alista e parte para a Guerra do Paraguai. Nesta altura da trama, Klueger apresenta os sentimentos de Astrid, suas angústias, esperanças, a rotina da moça e tudo mais. Porém, abruptamente, não se sabe muito mais sobre ela depois que fica noiva de Helmuth. O casamento é mencionado, o trabalho do marido para conseguir dinheiro para a família; porém, quando os filhos do casal nascem, nem mesmo um nome nos é dado a conhecer, exceto que são felizes e reproduzem como coelhos.
- outro exemplo é o caráter de Lisa: a menina sempre pareceu meiga e prestativa. Depois do casamento ela se mostrou avarenta, assim como seu marido. A filha do casal era mais próxima da avó materna do que dos próprios pais que só pensavam em trabalhar para adquirir mais dinheiro. Como aconteceu a mudança deste caráter é que uma incógnita.
Neste segundo romance, é bem melhor desenvolvido as personagens e a narrativa é melhor enlaçada. Pode-se conhecer os personagens sem ter surpresas em suas atitudes - e isso não torna a narrativa monótona.
E estas foram as minhas impressões sobre mais esta leitura de Outubro, e mais uma estória que terei prazer de reler em outro momento.
Verde Vale {Urda Alice Klueger}
Heidi, a menina dos Alpes (1 e 2) {Johanna Spyri}
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