17 de fevereiro de 2015

Em Outras Palavras..


A minha leitura atual é uma paródia da minha leitura anterior: Orgulho e Preconceito e Zumbis (Jane Austen e Seth Grahame-Smith). Porém, além de ser uma paródia para jovens leitores, a tradução é diferente. 
Minha "versão" de Orgulho e Preconceito é da editora Martin Claret. A "versão" da paródia é da editora Intrínseca. 

É uma verdade universalmente conhecida que ao alterar a editora e tradutor, algumas palavras serão interpretadas e traduzidas de forma diferente. Segundo sei, a M.Claret traduz conforme "o original" - utilizando palavras não comuns ao vocabulário atual. Enquanto outras traduções são feitas para tornar "entendível" o texto com a atualidade. 
Algo que noto nestas traduções é que, às vezes, uma frase que passa despercebida em uma obra por conta da interpretação do tradutor, torna-se viva na compreensão de outro.

Vejam só um exemplo que vivi agora. Estou no trecho em que Mr. Darcy escreveu uma carta para Elizabeth, justificando-se das duas acusações que ela o faz. Durante a leitura de Elizabeth eu notei esta frase:
"minhas investigações e decisões, em geral, não são influenciadas por meus medos nem por minhas esperanças".
 Na versão da M.Claret:
"as minhas investigações e as minhas decisões não são geralmente influenciadas pelas minhas esperanças ou pelos meus receios".
 Parece uma mudança simples, mas minha atenção foi chamada pela palavra "medo" e não "receio".

É uma observação sem muito efeito, mas ainda assim não quis deixar passar em branco.

Omnia Vanitas.

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