3 de fevereiro de 2015

Caroline Bingley em..Tocos

Caroline Bingley - Orgulho e Preconceito, 1995, BBC Londres


Ok..Sei que prometi deixar os "tocos" de Miss Bingley para o final do livro, mas não pude aguentar! Estou no capítulo onze e já contei 10 "tocos" que ela levou! Vou fazer o seguinte, vou começar a postar de dez em dez! hahaha ... Meus deus, como ela sobreviveu até o final da trama?? Para você, querido leitor, ter uma noção da frequência ela fica no vácuo, o primeiro toco, registrado por mim, está no fim do capítulo Seis. Lembre-se, estou no fim do capítulo Onze.

Toco 1: 
(...) Mr. Darcy; pelo contrário, ele estava pensando na moça [Elizabeth Bennet] com certa complacência, quando foi abordado por Miss Bingley.
— Creio que conheço o objeto do seu devaneio.
— Penso que não.
— O senhor está pensando como seria insuportável passar muitas noites deste modo, numa sociedade como esta. Aliás, estou de acordo com o senhor. Nunca me aborreci tanto! A insipidez, apesar deste barulho, a futilidade, apesar do ar de importância de toda esta gente. O que eu não daria para ouvi-lo falar com severidade...
— Asseguro-lhe que a sua conjetura é inteiramente falsa. Estava pensando em coisas muito mais agradáveis. Estive meditando no prazer que nos pode dar um par de belos olhos no rosto bonito de uma mulher.
Miss Bingley imediatamente fixou o seu olhar no rosto de Mr. Darcy, e exprimiu o desejo de que ele dissesse o nome da senhora que lhe inspirara tais reflexões. Mr. Darcy respondeu intrepidamente:
— Miss Elizabeth Bennet.
— Miss Elizabeth Bennet! — repetiu Miss Bingley.
Toco 2:

 — Creio, Mr. Darcy — observou Miss Bingley, quase num sussurro —, que esta aventura deve ter afetado a admiração que o senhor tinha pelos seus belos olhos.
— De modo algum — replicou ele. — Achei que o exercício os tornou ainda mais brilhantes.


Toco 3:
— Miss Elizabeth Bennet — disse Miss Bingley — despreza os jogos de cartas. Lê muito e não encontra prazer noutra coisa.
— Não mereço nem o elogio nem a censura — exclamou Elizabeth. — Não sou uma grande leitora e encontro prazer em muitas outras coisas.

Toco 4:
— De todo o coração. Comprarei o próprio Pemberley se Darcy quiser vendê-lo.
— Estou falando de possibilidades, Charles.
— Palavra de honra, Caroline, acho que é mais possível comprar Pemberley do que imitá-lo.
 Toco 5:
— Miss Darcy cresceu muito desde a primavera? — perguntou Miss Bingley. — Ela vai ficar da minha altura?
— Penso que sim. Está agora da altura de Miss Elizabeth Bennet ou talvez um pouco mais alta.

 Toco 6:
— Oh, certamente — exclamou a sua fiel aliada [Miss Bingley]. — Nenhuma mulher pode ser realmente considerada completa se não se elevar muito acima da média. Uma mulher deve conhecer bem a música, deve saber cantar, desenhar, dançar e falar as línguas modernas, a fim de merecer esse qualificativo, e além disso, para não o merecer senão pela metade, é preciso que possua um certo quê na maneira de andar, no tom da voz e no modo de exprimir-se.
— Sim, deve possuir tudo isso — acrescentou Darcy. — E acrescentar ainda alguma coisa mais substancial: o desenvolvimento do espírito pela leitura intensa.
 Toco 7:
— Sem dúvida — replicou Darcy, a quem se dirigia a observação principalmente —, existe baixeza em todos os estratagemas que as senhoras às vezes condescendem em empregar para cativar. Tudo o que tem afinidade com a astúcia é desprezível.
Miss Bingley não se sentiu inteiramente satisfeita com esta resposta, que não a encorajava a prosseguir no assunto.
 Toco 8: (esse foi  #COMBO)

— Miss Darcy vai ficar encantada com a carta! 
Ele não respondeu.
— O senhor escreve muito depressa!
— Está enganada, escrevo até devagar.
— Quantas cartas o senhor não escreverá por ano! Cartas de negócios também. Penso que deve ser odioso escrevê-las!
— Felizmente para você, é a mim que incumbe escrevê-las.
— Não se esqueça de dizer à sua irmã que eu tenho muitas saudades dela.
— Já o disse uma vez, a seu pedido.
— Acho que o senhor não está gostando da sua pena. Deixe-me apará-la. Eu sei aparar penas muito bem.
— Obrigado. Mas eu sempre aparo as minhas próprias penas.
— Como consegue escrever tão regularmente? Darcy ficou em silêncio.
— Diga à sua irmã que estou radiante de saber que ela tem feito progressos na harpa. Escreva-lhe também que fiquei encantada com o lindíssimo desenho que fez para uma mesa e que o acho infinitamente superior ao de Miss Grantley.
— A senhora me dará licença de deixar os seus entusiasmos para a próxima carta? No momento não tenho espaço para exprimi-los condignamente.
— Oh, não tem importância, eu a verei em janeiro. Mas o senhor sempre escreve cartas assim tão longas e encantadoras para a sua irmã, Mr. Darcy?
— Em geral as minhas cartas são longas, mas não me cabe julgar se são encantadoras.
Toco 9:
(...) Quanto ao retrato da sua Elizabeth, nem deve tentar mandar pintá-lo: pois que pintor poderia fazer justiça àqueles belos olhos?
— Não seria realmente fácil reproduzir a expressão, mas a cor, o desenho, os cílios, tão delicados, podem ser copiados.

Toco 10:
— Como é agradável passar a noite desse modo... Declaro que não há divertimento melhor do que a leitura. A gente se cansa menos facilmente de um livro do que de qualquer outra coisa. Quando eu tiver uma casa própria, sentir-me-ei infeliz enquanto não possuir uma grande biblioteca.
Ninguém respondeu.


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