Fim das férias.
Antes de eu colocar a casa em sua ordem cotidiana, dou-me um tempo de escrever neste blog.
Terminada a leitura de Arthur Conan Doyle em seu livro Um Estudo em Vermelho, quero registrar duas coisas. A primeira trata-se de uma curiosidade: o título do livro. Segue a explicação:
Um estudo em vermelho, hein? Por que não poderíamos usar um pouquinho do jargão da arte? O fio vermelho do assassinato corre através da meada incolor da vida, e nosso dever é desemaranhá-lo , isolá-lo, e expor cada centímetro dele.
A outra coisa que pretendo registrar é sobre o cérebro do detetive. Há algo de interessante pois ele, o personagem, não faz questão de saber de tudo, mas saber somente aquilo que lhe é necessário à profissão. Tudo o que for além do que é peculiar à função do detetive estará ocupando um espaço desnecessário. Nas palavras do personagem:
...considero que o cérebro de um homem é originalmente como um pequeno sótão vazio, que temos que encher com os móveis que escolhemos. Um tolo recolhe todo tipo de trastes com que depara, de modo que o conhecimento que lhe poderia ser útil fica atravancado, ou na melhor das hipóteses misturado com muitas outras coisas, de modo que ele tem dificuldade em localizá-lo.
A citação é mediana, mas me atenho somente a esta parte pois ela já exprime a compreensão que quero mencionar.
Ainda em férias, li meu amado Maugham (como ato óbvio). Seis Novelas e As Três Mulheres de Antibes trazem personagens fantásticos como a mulher que casou com um homem vinte e sete anos mais jovem e, também sobre o carrasco que descobriu que era feliz.
Maugham tem a facilidade de escrever sobre pessoas tão comuns e fantásticas e, também, sobre princípios tão fortes que nem mesmo o conselho de um pai ou uma guilhotina dirão o contrário.
Fim das férias.
Omnia Vanitas.
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