Domingo, deitada na sala na companhia do meu marido, eu lia um livro de Maugham. Era uma leitura inquieta pois eu estava inquieta.
Eu não conseguia ficar presa à leitura. Lia uma página e não conseguia chegar até a outra. Tortura. Eu fechava o livro e andava para outro lado do apartamento. Olhava a chuva pela janela, olhava para as flores que cultivo na soleira de outra; voltava para a minha posição de leitura e ainda não conseguia prosseguir.
Maugham me "decepcionou".
O encanto que encontrei neste autor é pela facilidade e beleza em explorar a alma humana. Ao ler Maquiavel e a Dama eu descobri a leitura de um romance histórico. Não tenho, em absoluto, nada contra romances históricos - Alexandre Dumas e Bernard Cornwell são minhas testemunhas, mas, Maugham!.. Eu não consegui. Quando eu pensava que a história estava me animando, eu olhava para o início da página e lia o nome do autor: Maugham. A constatação tirava o ânimo da leitura pois eu não iria encontrar os elementos que encontrei neste escritor.
Então, com uma vontade quase contrária à decisão que tomei, eu abandonei a leitura de Maquiavel e a Dama. Talvez, quando eu estiver preparada para ler um Maugham histórico, eu retome a leitura; mas, no domingo, ela encerrou na página 104.
Omnia Vanitas.
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