Caso você seja um homem, vou lhe dizer o que acontece com o cérebro de uma mulher quando lhe é dito "Mr. Darcy".
Uma geração estará pensando em Colin Firth saindo molhado, com a camisa grudada ao seu corpo (deus! que corpo!) andando em direção a Elizabeth Bennet nos parques de Pembley.
Outra geração estará lembrando de Mathew Macfadyen molhado na chuva pedindo Elizabeth Bennet em casamento (todinho molhado! ô deus!).
Porém, somente uma mente criativa e pervertida pode criar Mr. Darcy como um dominador sexual em busca da sua escrava (sexual, claro). E, nada mais nada menos que, Elizabeth Bennet no papel de submissa (só que não!).
Emma Thomas é a autora deste livro "Cinquenta Tons do Sr. Darcy". Porém, não se tem certeza de quem seja o criador desse livro bizarro, pois "Emma Thomas" é um pseudônimo. Portanto, siga sua imaginação para descobrir quem pode ser o dono desta divertida obra.
Uma paródia que "mistura" o best seller Cinquenta Tons de Cinza e o clássico Orgulho e Preconceito deu como resultado ótimas risadas.
Eu paguei muito mico em público lendo esse livro: cômico do início ao fim!
Elizabeth Bennet não se conforma que Mr. Darcy (um gostoso, fodido, mal-humorado, controlador e bilionário bem-sucedido) não pudesse usufruir dos benefícios de um sexo baunilha. Como heroína, somente ela poderia tirar este herói romântico da merda onde Lady Catherine de Bruços, sua tia dominatrix o havia enfiado.
Na maioria dos casos, os nomes foram mudados para codinomes bem escrotos, como o sr. Bingley ser, nesta narrativa, o sr. Bingulin. Hilário!
Como eu não li o best seller, tive que somente imaginar como seria a história fora do que conheço sobre Orgulho e Preconceito. Pelo que entendi, o tal Grey é, de maneira sinistra, preocupado com a alimentação da sua submissa (dando-lhe cardápio do que ela deve comer), como ela deve manter a higiene íntima e, claro, tem uma espécie de guarda-costas surtado para que ela se mantenha viva (isso me lembrou muito a saga Crepúsculo).
Cara, é por isso que eu sou contra essa merda de livro! Durante ANOS! ANOS! ANOS! as mulheres (sensatas) galgam degraus árduos em busca de reconhecimento, liberdade, e direitos iguais e, então, quando o mundo é para estar moderno e civilizado, uma escrota e mal fodida escreve tudo ao contrário! E chamam essa porcaria de "romance"!!! É de queimar o sutiã em praça pública!
Ok..seguindo, ou perco o fio do pensamento!... (ódio).
Como já havia dito, paguei muito mico em público por conta das cenas bizarras que li; seguem algumas:
No original:
(...) Todo o grupo se encontrava ainda na mesma posição, conversando muito agradavelmente, quando se ouviu um rumor, e Darcy e Bingley apareceram a cavalo. Ao avistar as senhoras, imediatamente se adiantaram para o grupo e as cumprimentaram com as cortesias de costume. Bingley se dirigiu logo a Miss Bennet. Estava, explicou ele, a caminho de Longbourn, a fim de saber notícias dela. Mr. Darcy confirmou com uma reverência e estava a ponto de tomar a resolução de não olhar para Elizabeth, quando a presença do estranho lhe chamou a atenção. Elizabeth, que olhava para o rosto de ambos, viu com espanto que quando os seus olhos se encontraram um corou e o outro empalideceu. Mr. Wickham, depois de alguns instantes, tocou o chapéu: uma saudação que Mr. Darcy apenas se dignou responder. Que poderia significar aquilo? Era impossível saber, mas era impossível também não sentir grande curiosidade.
Poucos minutos depois, Mr. Bingley, embora sem parecer notar o que tinha se passado, despediu-se e partiu com o amigo.
Na paródia:
Foram feitas as devidas apresentações e, logo, o grupo inteiro estava envolvido em uma agradável conversa, quando se ouviu o som de cascos de cavalos se aproximando, e o sr. Bingulin e o sr. Darcy foram vistos descendo a rua. O sr. Darcy, montado em uma bela égua alazão, dignou-se a cumprimentar a companhia militar com um aceno, mas foi detido de imediato ao avistar o estranho, e Elizabeth ficou assombrada com o efeito de tal encontro. Observando o semblante de ambos os cavalheiros, percebeu que os olhos do sr. Darcy escureceram-se e seu maxilar ficou rígido, enquanto Thomas Turband empalideceu na hora. Após uma pausa, Thomas tocou a aba do chapéu, saudação que o sr. Darcy respondeu mostrando-lhe o dedo médio e balbuciando a palavra “ cuzão”.
Qual podia ser o sentido daquilo?, perguntou-se Elizabeth. Haveria alguma inimizade entre os dois cavalheiros?
Outra: (nesta cena, Elizabeth descobre que foi Mr. Darcy quem separou sua amada irmã Jane do sr. Bingley - ou Bingulin)
Oh, pobre Jane! Aquilo era demais para suportar! O sr. Darcy arruinara a felicidade de sua amada irmã, talvez para todo o sempre! Que filho da puta!
E, a pior foi a cena que li ontem. Eu tive crise de riso e não conseguia me controlar. Precisei fechar o livro e pensar em coisas não agradáveis para me conter. E, mesmo depois de um tempo, eu voltava a rir. Segue:
Mas, nesta manhã, eu consegui terminar a leitura antes chegar ao trabalho. Nada de micos e risadas descontroladas. Fim.— Eu não sou sua escrava. Caso não se lembre, não cheguei a assinar seu maldito contrato — retorquiu Elizabeth.
Os olhos cinzentos do sr. Darcy arregalaram-se de surpresa e depois se tornaram escuros e revoltos. As sobrancelhas e a boca se retorceram. Estava evidente que ele travava uma batalha interna, lutando contra algum turbilhão interior. De repente, sua formosa boca abriu-se, e ele soltou um arroto ensurdecedor e gutural.
— Você não pode fazer uma coisa dessas! — exclamou Elizabeth. — Você é um herói romântico.
O sr. Darcy envergonhou-se.
— Perdoe-me — desculpou-se ele. — Deve ter sido a cebola em conserva que comi no almoço.
Percebendo o olhar horrorizado de Elizabeth, ele murmurou:
— Veja bem, você descobriria isso mais cedo ou mais tarde. — Gentilmente, ele traçou o queixo de Elizabeth com os indicadores longos e sexy. — Eu também peido.
— Não, não, não! — lamentou ela, cobrindo os ouvidos com as mãos. — Não estrague a minha fantasia! Você não é como os outros homens!
O sr. Darcy fez uma expressão de pesar.
— Devo voltar a ficar irritado?
— Por favor, faça isso.
A fúria do sr. Darcy estava de volta.
— O que há de errado, Elizabeth? — perguntou ele, irritado. — Não suporto vê-la infeliz. Você deve sempre ser honesta e se abrir para mim, ou serei obrigado a tirar todo esse brilho de dentro de você na base da porrada.
Elizabeth adotou uma postura firme.
Omnia Vanitas.