25 de fevereiro de 2015

Cinquentas Tons do Sr. Darcy...uma paródia



Caso você seja um homem, vou lhe dizer o que acontece com o cérebro de uma mulher quando lhe é dito "Mr. Darcy".
Uma geração estará pensando em Colin Firth saindo molhado, com a camisa grudada ao seu corpo (deus! que corpo!) andando em direção a Elizabeth Bennet nos parques de Pembley.
Outra geração estará lembrando de Mathew Macfadyen molhado na chuva pedindo Elizabeth Bennet em casamento (todinho molhado! ô deus!).

Porém, somente uma mente criativa e pervertida pode criar Mr. Darcy como um dominador sexual em busca da sua escrava (sexual, claro). E, nada mais nada menos que, Elizabeth Bennet no papel de submissa (só que não!).
Emma Thomas é a autora deste livro "Cinquenta Tons do Sr. Darcy". Porém, não se tem certeza de quem seja o criador desse livro bizarro, pois "Emma Thomas" é um pseudônimo. Portanto, siga sua imaginação para descobrir quem pode ser o dono desta divertida obra.

Uma paródia que "mistura" o best seller Cinquenta Tons de Cinza e  o clássico Orgulho e Preconceito deu como resultado ótimas risadas.
Eu paguei muito mico em público lendo esse livro: cômico do início ao fim!

Elizabeth Bennet não se conforma que Mr. Darcy (um gostoso, fodido, mal-humorado, controlador e bilionário bem-sucedido) não pudesse usufruir dos benefícios de um sexo baunilha. Como heroína, somente ela poderia tirar este herói romântico da merda onde Lady Catherine de Bruços, sua tia dominatrix o havia enfiado.

Na maioria dos casos, os nomes foram mudados para codinomes bem escrotos, como o sr. Bingley ser, nesta narrativa, o sr. Bingulin. Hilário!

Como eu não li o best seller, tive que somente imaginar como seria a história fora do que conheço sobre Orgulho e Preconceito. Pelo que entendi, o tal Grey é, de maneira sinistra, preocupado com a alimentação da sua submissa (dando-lhe cardápio do que ela deve comer), como ela deve manter a higiene íntima e, claro, tem uma espécie de guarda-costas surtado para que ela se mantenha viva (isso me lembrou muito a saga Crepúsculo).
Cara, é por isso que eu sou contra essa merda de livro! Durante ANOS! ANOS! ANOS! as mulheres (sensatas) galgam degraus árduos em busca de reconhecimento, liberdade, e direitos iguais e, então, quando o mundo é para estar moderno e civilizado, uma escrota e mal fodida escreve tudo ao contrário! E chamam essa porcaria de "romance"!!! É de queimar o sutiã em praça pública! 

Ok..seguindo, ou perco o fio do pensamento!... (ódio).

Como já havia dito, paguei muito mico em público por conta das cenas bizarras que li; seguem algumas:

No original:
 (...) Todo o grupo se encontrava ainda na mesma posição, conversando muito agradavelmente, quando se ouviu um rumor, e Darcy e Bingley apareceram a cavalo. Ao avistar as senhoras, imediatamente se adiantaram para o grupo e as cumprimentaram com as cortesias de costume. Bingley se dirigiu logo a Miss Bennet. Estava, explicou ele, a caminho de Longbourn, a fim de saber notícias dela. Mr. Darcy confirmou com uma reverência e estava a ponto de tomar a resolução de não olhar para Elizabeth, quando a presença do estranho lhe chamou a atenção. Elizabeth, que olhava para o rosto de ambos, viu com espanto que quando os seus olhos se encontraram um corou e o outro empalideceu. Mr. Wickham, depois de alguns instantes, tocou o chapéu: uma saudação que Mr. Darcy apenas se dignou responder. Que poderia significar aquilo? Era impossível saber, mas era impossível também não sentir grande curiosidade.
Poucos minutos depois, Mr. Bingley, embora sem parecer notar o que tinha se passado, despediu-se e partiu com o amigo.

Na paródia:
Foram feitas as devidas apresentações e, logo, o grupo inteiro estava envolvido em uma agradável conversa, quando se ouviu o som de cascos de cavalos se aproximando, e o sr. Bingulin e o sr. Darcy foram vistos descendo a rua. O sr. Darcy, montado em uma bela égua alazão, dignou-se a cumprimentar a companhia militar com um aceno, mas foi detido de imediato ao avistar o estranho, e Elizabeth ficou assombrada com o efeito de tal encontro. Observando o semblante de ambos os cavalheiros, percebeu que os olhos do sr. Darcy escureceram-se e seu maxilar ficou rígido, enquanto Thomas Turband empalideceu na hora. Após uma pausa, Thomas tocou a aba do chapéu, saudação que o sr. Darcy respondeu mostrando-lhe o dedo médio e balbuciando a palavra “ cuzão”.
Qual podia ser o sentido daquilo?, perguntou-se Elizabeth. Haveria alguma inimizade entre os dois cavalheiros?
Outra: (nesta cena, Elizabeth descobre que foi Mr. Darcy quem separou sua amada irmã Jane do sr. Bingley - ou Bingulin)

Oh, pobre Jane! Aquilo era demais para suportar! O sr. Darcy arruinara a felicidade de sua amada irmã, talvez para todo o sempre! Que filho da puta!

E, a pior foi a cena que li ontem. Eu tive crise de riso e não conseguia me controlar. Precisei fechar o livro e pensar em coisas não agradáveis para me conter. E, mesmo depois de um tempo, eu voltava a rir. Segue:

— Eu não sou sua escrava. Caso não se lembre, não cheguei a assinar seu maldito contrato — retorquiu Elizabeth.
Os olhos cinzentos do sr. Darcy arregalaram-se de surpresa e depois se tornaram escuros e revoltos. As sobrancelhas e a boca se retorceram. Estava evidente que ele travava uma batalha interna, lutando contra algum turbilhão interior. De repente, sua formosa boca abriu-se, e ele soltou um arroto ensurdecedor e gutural.
— Você não pode fazer uma coisa dessas! — exclamou Elizabeth. — Você é um herói romântico.
O sr. Darcy envergonhou-se.
— Perdoe-me — desculpou-se ele. — Deve ter sido a cebola em conserva que comi no almoço.
Percebendo o olhar horrorizado de Elizabeth, ele murmurou:
— Veja bem, você descobriria isso mais cedo ou mais tarde. — Gentilmente, ele traçou o queixo de Elizabeth com os indicadores longos e sexy. — Eu também peido.
— Não, não, não! — lamentou ela, cobrindo os ouvidos com as mãos. — Não estrague a minha fantasia! Você não é como os outros homens!
O sr. Darcy fez uma expressão de pesar.
— Devo voltar a ficar irritado?
— Por favor, faça isso.
A fúria do sr. Darcy estava de volta.
— O que há de errado, Elizabeth? — perguntou ele, irritado. — Não suporto vê-la infeliz. Você deve sempre ser honesta e se abrir para mim, ou serei obrigado a tirar todo esse brilho de dentro de você na base da porrada.
Elizabeth adotou uma postura firme.
 Mas, nesta manhã, eu consegui terminar a leitura antes chegar ao trabalho. Nada de micos e risadas descontroladas. Fim.

Omnia Vanitas.





24 de fevereiro de 2015

Presente ..


Neste último domingo, eu estava vasculhando meu livros (não lidos) quando encontrei este "presente" do antigo dono. Trata-se de uma propaganda de um congresso que aconteceu em 1975 (eu não tinha nascido ainda).
Este "presente" está no livro Niétotchka Niezvânova de Fiodor Dostoièvski.

Orgulho e Preconceito e Zumbis...troco.


Ainda sobre o ano de 2014, fui até uma livraria de livros usados e comprei "Orgulho e Preconceito e Zumbis". Paguei a bagatela de R$ 10,00 nesta obra. Eu já li "Jane Austen, a Vampira" de Thomas Ford, e ri muito lendo esta obra: confira aqui o post sobre este livro.

Nesta mesma linha, eu li um romance brasileiro "Senhora, a Bruxa" de Angélica Lopes e José de Alencar. Eu sou apaixonada pela obra original e, a adapção juvenil não ficou a desejar. 

Então, com duas referências positivas, adquiri esta obra adaptada por Seth Grahame-Smith. Infelizmente, à mim, não agradou. Talvez, o fato de eu não gostar de zumbis ajude na qualificação da obra. Claro, o post sobre a carta de Mr. Collis na versão zumbi é bem interessante, admito. Porém, o restante foi bem "sem sal". Vi-me, no meio da leitura, me arrastando até o final. Talvez, tenha faltado um pouco mais de ação ou comicidade ao texto. Porém, preciso ressaltar e fazer jus ao encontro de Lady Catherine de Bourgn e Elizabeth Bennet quando a primeira vem tomar satisfações sobre o boato do noite de Lizzy com Mr. Darcy. Adorei. Na leitura original esta é a parte que menos gosto, mas na adaptação foi muitíssimo interessante!
Mas mesmo assim, este livro está lá no Skoob para troca.

Em Dezembro deste ano será a estreia do filme desta adaptação. 
Segundo vi, no casting para interpretar Mr. Darcy está o bonitão do Sam Riley (que atuou em "On the Road" como o escritor Jack Keroak). Que máximo!!!! 
Estarei na sala de cinema para assistir, pois nada me fará perder a surra que meu querido Mr. Darcy dará em Mr. Wickham (bem feito!) e, a luta entre Lizzy Bennet e a última parente viva de Mr. Darcy, Lady Catherine de Bourgn. :)

Omnia Vanitas.

Ilex Paraguariensis


Ano passado, durante minhas compras de Natal, eu comprei uma porção de chá. "Porção" é até um termo suave para a quantidade de chá que comprei.
Fui até uma botica nativa e pedi para a atendente a simbólica quantia de 1 quilo de chá mate tostado.

Realmente, eu adoro chá. Funcho é o meu preferido porém, no verão, nada melhor que um chá mate tostado bem geladinho.

Lá fui eu para casa, rindo da minha traquinagem e inocência em achar que um quilo de chá seria o bastante. 

Quando o coloquei em meus vidros de chá, percebi a quantidade exagerada que eu havia adquirido. Paciência! Devolver não aconteceria, então, o jeito era arrumar outro recipiente para colocar o chá sobressalente (rs).

Durante as férias, por conta do calor, era muito comum eu fazer dois litros de chá mate por dia. Um litro pela manhã, outro litro para o período da tarde. À noite eu preferia ficar com a boa e velha água gelada.

Logo, com a quantidade de chá que eu comprei, eu tinha de vereficar quais os benefícios deste chá para a minha saúde, visto que o volume não diminui rapidamente, pois, para cada dois litros de água é necessário somente duas colheres de sopa de mate.
Procurei, então, os benefícios desta erva para meu organismo. Leiam abaixo o que descobri, depois de alguns (vários) copos de chá (fonte):

Diminui o colesterol 
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina constatou que consumir três doses diárias (aproximadamente 300 ml cada ou quase 1 litro por dia) da bebida diminui em 13% as taxas de colesterol ruim, o LDL, e aumenta a de colesterol bom, o HDL.
Segundo os especialistas, isso acontece porque o chá-mate possui algumas substâncias - alcaloides e glicídios - capazes de interagir com os ácidos biliares e reduzir a absorção de colesterol.  

 Protege o coração 
Por ser rico em antioxidantes, o chá-mate ajuda a prevenir doenças cardíacas. O nutrólogo Roberto Navarro, membro da Associação Brasileira de Nutrologia, explica que a presença de substâncias chamadas polifenois são as maiores responsáveis por essa prevenção. "Elas evitam o acúmulo de gordura nos vasos e previnem doenças inflamatórias", afirma. Além disso, a própria redução do colesterol já ajuda a proteger o coração.

É antioxidante
A erva-mate possui ácido clorogênico, um antioxidante capaz de influenciar diversos mecanismos corporais, por meio da diminuição da oxidação celular. "Isso contribui para um equilíbrio metabólico", explica a nutricionista Karina. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Yerba Mate, na Argentina, mostrou que a infusão de erva mate é uma importante fonte desses antioxidantes que protegem as células contra os radicais livres (moléculas que causam envelhecimento e doenças).
Melhora a digestão

(...) o chá mate ajuda na liberação dos sucos digestivos, principalmente a bile e, por isso, pode facilitar a digestão dos alimentos. Além disso, a bebida tem ação diurética, ajudando na eliminação de toxinas que fazem mal para o organismo e dificultam o emagrecimento. 

Estimula o cérebro
As xantinas, substâncias semelhantes à cafeína, presentes no chá-mate podem melhorar o desempenho cerebral. O nutrólogo Roberto explica que o cérebro envelhece por oxidação dos neurônios. Como o chá-mate é uma boa fonte de polifenois antioxidantes, de maneira indireta pode retardar esse envelhecimento. Mas é preciso moderação: em excesso, a bebida pode causar irritabilidade e insônia. 

Ajuda no emagrecimento
"Além de ter efeito termogênico, que acelera o metabolismo e aumenta o gasto calórico em repouso, a erva-mate tem ação lipolítica, que facilita a queima de gordura em excesso", explica Roberto Navarro. Se você incluir a bebida em uma dieta balanceada, terá mais chances ainda de emagrecer.  

Protege o fígado
A nutricionista Karina explica que o chá pode auxiliar na oxidação da gordura do fígado e, por isso, colaborar com o tratamento da esteatose hepática, que é o acúmulo de gordura no fígado.  

 Atualmente, minha dieta em chá constitui-se somente de um litro ao dia: 500 ml no período manhã, 500 ml no período da tarde.

Se ainda tenho muito chá? Muito! (rs).

Omnia Vanitas

19 de fevereiro de 2015

A Carta de Mr. Collin (versão zumbi) ..



Postagens atrás, eu publiquei a carta de Mr. Collins para Mr. Bennet referente a fuga da filha deste último com o mal caráter do Wickham.

Agora, publico a carta de Mr. Collins para o senhor Bennet, na versão zumbi, sobre o mesmo fato.
O que chamou minha atenção e "cortou meu coração" foi o destino de Charlotte Lucas (esposa do clérigo). Senti a perda dela. Gosto dela desde a primeira leitura e, realmente, eu estava esperando por uma mudança em seu estado. Não houve! E, juntando-se a minha "dor", Mr. Collins me surpreendeu!

Segue a carta:

MEU CARO SENHOR,
Por conta do nosso parentesco e da minha situação na vida, sinto-me na obrigação de lhe apresentar minhas condolências pela perversa aflição que no momento o senhor está experimentando, e ao mesmo tempo informar ao senhor do meu próprio sofrimento, devido à tragédia que se abateu sobre um de nossos entes mais amados, minha adorada esposa, Charlotte. É minha triste obrigação comunicar que ela não se encontrar mais entre nós na Terra; de alguma maneira ainda desconhecida, minha boa esposa foi infectada pela praga — uma infelicidade para a qual todos estivemos cegos, até que Lady Catherine de Bourgh teve a bondade de me chamar a atenção, da maneira mais gentil, para as evidências. Sua Senhoria, devo acrescentar ainda teve a extrema gentileza de oferecer-se para proceder à costumeira decapitação e cremação; no entanto, senti que era meu deve como marido executá-las com minhas próprias mãos — mesmo que trêmulas. Tenha certeza, meu caro senhor, de que, a despeito do meu próprio padecimento, que praticamente me paralisa, eu com sinceridade me solidarizo com o senhor e com toda a sua respeitável família no atual momento de agonia, que deve ser a mais amarga. A morte de sua filha seria uma bênção em comparação com isso, assim como a decapitação e a cremação de minha esposa foi uma desgraça preferível a vê-la juntar-se às brigadas de Lúcifer. O senhor, em sua agrura, merece todo o nosso compadecimento, opinião na qual sou reforçado por Lady Catherine e sua filha, a quem relatei o ocorrido. Elas concordaram comigo na compreensão de que essa desonra de uma de suas filhas será danosa ao futuro de todas as demais; visto que "quem", como Lady Catherine condescende em dizer, "se ligará a tal família"? E essa reflexão me faz voltar meus pensamentos, com grande satisfação, para minha proposta de casamento a Elizabeth em novembro último. Caso ela houvesse aceitado, eu estaria envolvido em sua desgraça, em vez de meramente penalizado, situação na qual irremediavelmente me encontro. Portanto, deixe-me aconselhá-lo, caro senhor, a afastar sua indigna filha de seu coração para sempre, e permita que ela colha sozinha os frutos de seu hediondo ato. Peço licença para concluir parabenizando-o, já que não mais requisitarei Longbourn depois de sua morte, pois quando esta carta alcançá-lo eu próprio estarei morto, pendurado num dos galhos da árvore favorita de Charlotte, no jardim o qual Sua Senhoria, em sua magnanimidade, colocou sob nossos cuidados.
SEU, ETC, ETC.

Omnia Vanitas.

E, você ..


"Você não conseguirá agradar as pessoas sempre!" ... essa é a frase que eu repeti várias vezes para minha amiga GLN durante nosso período de faculdade de Teologia. Ela sempre queria "não magoar" as pessoas; e, eu sempre tentando trazê-la para a realidade.
Entre meus "conselhos" eu dizia a ela que as pessoas são mimadas, que gostam que façam tudo para elas e por elas, e, no fundo, são insatisfeitas. Pessoas precisam se decepcionar. Precisam aprender que a vida não é um conto de fadas ou um mar de rosas. Pessoas precisam saber que ninguém cuidará dela como ela deve cuidar de si. A maioria precisa ouvir "não" ou nunca crescerá como ser humano.

Outra grande falha da nossa digna raça superior é criar expectativas falidas. Doam-se de corpo e alma para alguém que as faça feliz. Você deve ser feliz consigo mesmo, deixe de jogar sua felicidade nas mãos de outras pessoas! Viva a si mesmo!Você é dono da sua felicidade, não passe essa tarefa para outros.
Eu acredito, sem olhar para planilhas de senso, que a maioria de nós não gosta do outro não porque a pessoa seja "ruim", mas porque criou uma expectativa que ela fosse "perfeita". Tenho um recado para você, sonhador: Você vai se decepcionar, muito.

Nunca conheceremos todo o caráter de uma pessoa, talvez, nem o próprio caráter, então, antes de se lançar nos braços de um desconhecido, lance-se em busca de si. E, no meio do caminho,  conheça outras pessoas, ria, brinque, chore, xingue, ... mas viva por si e não desconte nos outros suas expectativas falidas. Seja responsável por si!

17 de fevereiro de 2015

Em Outras Palavras..


A minha leitura atual é uma paródia da minha leitura anterior: Orgulho e Preconceito e Zumbis (Jane Austen e Seth Grahame-Smith). Porém, além de ser uma paródia para jovens leitores, a tradução é diferente. 
Minha "versão" de Orgulho e Preconceito é da editora Martin Claret. A "versão" da paródia é da editora Intrínseca. 

É uma verdade universalmente conhecida que ao alterar a editora e tradutor, algumas palavras serão interpretadas e traduzidas de forma diferente. Segundo sei, a M.Claret traduz conforme "o original" - utilizando palavras não comuns ao vocabulário atual. Enquanto outras traduções são feitas para tornar "entendível" o texto com a atualidade. 
Algo que noto nestas traduções é que, às vezes, uma frase que passa despercebida em uma obra por conta da interpretação do tradutor, torna-se viva na compreensão de outro.

Vejam só um exemplo que vivi agora. Estou no trecho em que Mr. Darcy escreveu uma carta para Elizabeth, justificando-se das duas acusações que ela o faz. Durante a leitura de Elizabeth eu notei esta frase:
"minhas investigações e decisões, em geral, não são influenciadas por meus medos nem por minhas esperanças".
 Na versão da M.Claret:
"as minhas investigações e as minhas decisões não são geralmente influenciadas pelas minhas esperanças ou pelos meus receios".
 Parece uma mudança simples, mas minha atenção foi chamada pela palavra "medo" e não "receio".

É uma observação sem muito efeito, mas ainda assim não quis deixar passar em branco.

Omnia Vanitas.

16 de fevereiro de 2015

Arquivo X: Assassino Imortal..





Mais um domingo ao lado o meu agente federal preferido: Fox Mulder!

Neste fascículo os agentes do FBI são convidados (e depois desconvidados) a participar de uma investigação que Colton, um amigo de faculdade de Scully, esta cuidando.
Por mais que Colton seja amigo da parceira de Mulder, pouco ele tem a simpatizar com o "colega" de profissão.
Colton é um babaca que chega logo zoando com Mulder por aquilo que o responsável dos Arquivos X acredita. E, Scully o atura até onde consegue e tente manter a paz entre ambos.

O motivo da consulta de Colton é o seguinte: ele está investigando um caso de um serial killer. A única ligação entre as vítimas é o modus operandi: a extração do fígado da vítima. O último caso foi o assassinato de George Usher: sem sinais de arrombamento, sem sinais de entrada ou saída do assassino. Dentro do escritório está a vítima do caso, morta, sem o seu fígado.
Mulder já estava lá antes de todos chegarem. Analisava com seu kit médico a cena do crime e, para sua surpresa, encontra uma digital que já estava em seu Arquivo X, no bureau.

A digital de Mulder o leva para mais outros casos: 1963, 1933, 1903. Todos possuem a mesma digital. Porém, como afirmar que um idoso conseguiria sufocar um homem de quase dois metros (no caso de George Uhser) e, antes disso, imobilizá-lo. Mulde não tem dúvidas: trata-se de um Arquivo X. 
Na teoria de Mulder, a cada trinta anos, depois de hibernar, o assassino se alimenta de cinco fígados para poder continuar vivo - e volta a hibernar.
Scully descreve um perfil para o assassino (ignorando a teoria de Mulder) e todos voltam ao local do último crime: o escritório. Antes que a campana fracasse, Mulder aparece oferecendo sementes de girassol e  tirando a paciência da parceira. Ele não crê que o assassino esteja ainda no local.; porém, antes de deixar o local, é surpreendido por um barulho dentro dos dutos do prédio.

Eugene Victor Tooms é preso. 

No desenvolver da história, é comprovado que Tooms é o serial killer e que este possuiu uma mutação genética que lhe permite ultrapassar a barreira do tempo e do espaço (já que seu corpo se alonga conforme a necessidade de passar por algum local extremamente estreito).

Colton não ganha o caso.

Mesmo preso em uma cadeia de segurança máxima, a passagem de quinze centímetros não impedirá que Tooms permaneça preso.

Omnia Vanitas.

13 de fevereiro de 2015

Mais Uma..


Mais uma carta chegou, ontem, do Clube de Leitura que participo na página do Facebook! Que alegria!!!

Mãos à obra para responder!!!!

Aguarde, querida destinatária!!!

:)

Omnia Vanitas.

12 de fevereiro de 2015

Troca em Família..



Nada pode animar mais um leitor do que ver outras pessoas contagiadas com sua paixão pela leitura.

Nesta semana, duas irmãos estão renovando suas leituras: a irmã número dois e a número quatro.

A primeira esteve lá em casa devolvendo o livro que pegou emprestado (isso é muito bom) e discutindo a leitura com a minha mãe (que já tinha lido o livro em questão). É animador! É maravilhoso! Deixou o livro e foi embora. Então, para não deixar ela sem nenhuma leitura, mandei uma SMS no celular dela: "Não quer outro livro?". Sua resposta: "Separa um que eu pego amanhã". Escolhi "Pássaros Feridos" (Colleen McCullough) - que também foi leitura da minha mãe e minha (na minha adolescência nerd). 

A irmã número quatro ligou para meu trabalho dizendo: "Sexta-feira eu terminarei de ler o meu livro "Seis anos Depois". Escolhe um outro e manda pelo meu marido". 
Para esta eu separei "Recomeços" de Danille Steel. Minha mãe e a número dois já leram este livro, logo, quando a leitura da quatro terminar, elas terão o que trocar entre si sobre a trama.

Adoro isso!

Omnia Vanitas.

11 de fevereiro de 2015

A Carta de Mr. Collins..



Para aqueles que conhecem um pouco da literatura de Jane Austen, não é novidade que seus clérigos sejam pessoas estúpidas. Estranho é pensar que o pai dela era um pastor anglicano e, mesmo assim, ela brincou muito com o caráter dos seus personagens eclesiásticos.

Mr. Collins é o clérigo em Orgulho e Preconceito. Ele representa uma das vergonhas de Elizabeth Bennet em relação a sua família. De forma trágica, para Elizabeth, ele foi o primeiro homem a lhe pedir em casamento: podre coitada. Claro, ela negou e depois fez troça da situação.

Porém, de todas as vergonhas que todo leitor sente ao conhecer este puxa-saco que é Mr. Collins, ontem, ao ler a carta que ele enviou à Mr. Bennet, pelo motivo da fuga da filha mais nova, Lidia; eu não pude deixar de dar razão a este personagem. Em sua missiva, o clérigo exprimiu, pelo menos assim senti ao ler, toda a indignação que o leitor sente quando se trata da educação leviana que o casal Bennet dispôs às suas filhas. Por mais que tenha sido uma verdade nua e crua (permeada com a idiotice que é característica do personagem), é a verdade em seu real sentido de como a indulgência paterna e materna guiaram suas filhas - salvo duas delas - à completa ignorância e estupidez. 

Segue a missiva do primo:

"Meu caro senhor: sinto-me obrigado pelo nosso parentesco e pela minha situação na vida a apresentar-lhe as minhas condolências pela grande aflição que agora está sofrendo e da qual fomos informados ontem por uma carta do Hertfordshire. Fique certo, meu caro senhor, de que Mrs. Collins e eu próprio nos solidarizamos sinceramente com o senhor e toda a sua res-peitável família no seu atual sofrimento, que deve ser dos mais agudos, porque provém de uma causa que, o tempo não pode remover. Para lhe aliviar tão grande infelicidade, não faltarão argumentos da minha parte. Desejo consolá-lo nesse transe, que deve ser, de todos, o mais duro para o coração de um pai. A morte da sua filha seria uma bênção em comparação com o que sucede agora. E isto ainda é de se lamentar quando sabemos que existem razões de supor, como a minha cara Charlotte me informou, que essa licenciosidade de conduta da parte de sua filha foi devida a uma excessiva e culposa indulgência; ao mesmo tempo, para o seu próprio consolo e o de Mrs. Bennet, estou inclinado a acreditar que as tendências da sua filha devem ser naturalmente perversas. Sem o que, ela jamais seria capaz de cometer tão grande crime com tão pouca idade. Seja como for, o senhor nos merece a maior compaixão, e nisto sou acompanhado não só por Mrs. Collins, como igualmente por Lady Catherine e sua filha, a quem contei a história e que são da mesma opinião. Elas concordam comigo quanto às apreensões que sinto, que este mau passo de uma das suas filhas será prejudicial para o futuro de todas as outras; na verdade, quem, como Lady Catherine pessoalmente condescende em dizer, quem quererá se relacionar com tal família? E esta consideração me conduz além disso a refletir com a maior satisfação num certo acontecimento do mês de novembro passado, pois de outro modo eu estaria envolvido em todas estas tristezas e desgraças. Permita que o aconselhe, pois, meu caro senhor, a se consolar a si próprio o mais que puder, a expulsar para sempre a sua filha indigna da sua afeição, e deixá-la colher os frutos do seu odioso crime. Seu, caro senhor, etc."

Omnia Vanitas.

9 de fevereiro de 2015

Sobrenatural..Primeira Temporada



Sábado, eu comecei a re-assistir, pela terceira vez, a série Sobrenatural
Sexta-feira eu terminei de assistir Arquivo X - finalmente, Fox Mulder saiu da esfera "somos amigos e colegas de trabalho" e deu um beijo de verdade na Scully ..eu até voltei para ver de novo! Boa, Mulder! Foram NOVE, eu disse NOVE temporadas para esse beijo acontecer! E, depois, dizem que minha vida amorosa é complicada! Por Deus, Dana Scully teve um filho do Mulder por inseminação (????). Cadê o bom e velho método tradicional! Esperava mais de você, Fox Mulder!

Existe uma grande diferença entre assistir Arquivo X e Sobrenatural. Primeiro, Fox Mulder, claro! Segundo, enquanto Sobrenatural é muito manhoso - no sentido sentimental da coisa, Arquivo X é mais coisa de gente grande. Sei lá se consegui explicar, mas é isso! Sobrenatural tem muito de Arquivo X (fato notável), mas existe um drama (talvez essa seja a palavra certa) que é perceptível nos irmãos Winchester, enquanto em Arquivo X o sentimental está em segundo plano.

Porém, fazendo jus aos irmãos Winchester, eu tenho que dizer: Papai Winchester é (pelo poderes de Greiscow/Grayskull - os nerds nunca decidem como se escreve) uma coisa de louco. Essa é a parte boa da primeira temporada, ou melhor, uma delas. A segunda coisa boa é a trilha sonora. De cara, no episódio "Piloto", AC/DC mostra o bom e velho rock and roll com "Back in Black" e "Highway to Hell". E, cara, o carro! Aquele carro é muito bom!

Então, desde sábado, minhas caminhadas em casa serão embaladas pelos irmãos Winchester e seu querido papai (u-lá-lá).

Omnia Vanitas.

Arquivo X: Terrível Simetria


"Estamos no meio de um Arquivo X. Sempre começamos com muitas linhas em branco e metade da alegria é preencher esses espaços" (Fox Mulder)


Mais um domingo ao lado dos agentes federias Dana Scully e Fox Mulder!

Neste livro, o terceiro da série de onze fascículos, os agentes do FBI precisam encontrar uma ideia comum para o sumiço e aparição de animais de um zoológico em meio a área urbana da cidade de Idaho. Scully usa toda a sua ciência e razão para explicar o caso; enquanto, Mulder sugere que os alienígenas estão por trás da trama toda.

O que chamou minha atenção nesta história, são os três personagens envolvidos com os animais do zoológico: Ed Meecham (o cuidador à moda antiga), Kyle Lang (o fanático) e Willa Ambrose (a sentimental).
Esse trio desajustado tem uma finalidade comum: viver dos animais; um para subjugá-los, outro para libertá-los seja qual for a necessidade e, a última, aquela que se apega aos animais menosprezando seu habitat.

"Talvez seja por isso [por ser triste] que eu nunca me sinta bem nos zoológicos - disse Scully. - Como se houvesse alguma coisa errada, fora do ponto de equilíbrio. Veja a maneira como o tigre fica andando. Vai e volta, vai e volta. E o modo como fica olhando para o infinito, toda vez que pára. Isso acontece com todos os animais. Eles foram feitos para ter muito espaço ao seu redor, e aqui não têm".

Enquanto Meecham tratava os animais do zoológico à moda antiga: gaiolas, cercas e jaulas sem conforto para cada espécie; Lang queria soltá-los sob qualquer medida necessária - legal ou não, matando ou morrendo; e, Willa apegava-se aos bichos de uma forma sentimental que não permitia que eles vivessem como animais porém, menospreza os tratos dados por Meecham e não concorda com os atos de Lang.

E onde está Fox Mulder?  Colocando a pobre da Scully em situações bizarras que só ele sabe bolar! 

Os animais estão sumindo de dentro do zoológico, a portas fechadas, e reaparecendo em lugares urbanos, provocando pânico, destruição e morte. 

Mulder arrasta Scully para Idaho para descobrir o que está por trás disso tudo. Inconformado com as teorias da parceira, ele parte para seus métodos não ortodoxos e descobre que muitos animais foram abduzidos e inseminados por alienígenas. Esse é Fox Mulder.

Omnia Vanitas.

3 de fevereiro de 2015

Caroline Bingley em..Tocos

Caroline Bingley - Orgulho e Preconceito, 1995, BBC Londres


Ok..Sei que prometi deixar os "tocos" de Miss Bingley para o final do livro, mas não pude aguentar! Estou no capítulo onze e já contei 10 "tocos" que ela levou! Vou fazer o seguinte, vou começar a postar de dez em dez! hahaha ... Meus deus, como ela sobreviveu até o final da trama?? Para você, querido leitor, ter uma noção da frequência ela fica no vácuo, o primeiro toco, registrado por mim, está no fim do capítulo Seis. Lembre-se, estou no fim do capítulo Onze.

Toco 1: 
(...) Mr. Darcy; pelo contrário, ele estava pensando na moça [Elizabeth Bennet] com certa complacência, quando foi abordado por Miss Bingley.
— Creio que conheço o objeto do seu devaneio.
— Penso que não.
— O senhor está pensando como seria insuportável passar muitas noites deste modo, numa sociedade como esta. Aliás, estou de acordo com o senhor. Nunca me aborreci tanto! A insipidez, apesar deste barulho, a futilidade, apesar do ar de importância de toda esta gente. O que eu não daria para ouvi-lo falar com severidade...
— Asseguro-lhe que a sua conjetura é inteiramente falsa. Estava pensando em coisas muito mais agradáveis. Estive meditando no prazer que nos pode dar um par de belos olhos no rosto bonito de uma mulher.
Miss Bingley imediatamente fixou o seu olhar no rosto de Mr. Darcy, e exprimiu o desejo de que ele dissesse o nome da senhora que lhe inspirara tais reflexões. Mr. Darcy respondeu intrepidamente:
— Miss Elizabeth Bennet.
— Miss Elizabeth Bennet! — repetiu Miss Bingley.
Toco 2:

 — Creio, Mr. Darcy — observou Miss Bingley, quase num sussurro —, que esta aventura deve ter afetado a admiração que o senhor tinha pelos seus belos olhos.
— De modo algum — replicou ele. — Achei que o exercício os tornou ainda mais brilhantes.


Toco 3:
— Miss Elizabeth Bennet — disse Miss Bingley — despreza os jogos de cartas. Lê muito e não encontra prazer noutra coisa.
— Não mereço nem o elogio nem a censura — exclamou Elizabeth. — Não sou uma grande leitora e encontro prazer em muitas outras coisas.

Toco 4:
— De todo o coração. Comprarei o próprio Pemberley se Darcy quiser vendê-lo.
— Estou falando de possibilidades, Charles.
— Palavra de honra, Caroline, acho que é mais possível comprar Pemberley do que imitá-lo.
 Toco 5:
— Miss Darcy cresceu muito desde a primavera? — perguntou Miss Bingley. — Ela vai ficar da minha altura?
— Penso que sim. Está agora da altura de Miss Elizabeth Bennet ou talvez um pouco mais alta.

 Toco 6:
— Oh, certamente — exclamou a sua fiel aliada [Miss Bingley]. — Nenhuma mulher pode ser realmente considerada completa se não se elevar muito acima da média. Uma mulher deve conhecer bem a música, deve saber cantar, desenhar, dançar e falar as línguas modernas, a fim de merecer esse qualificativo, e além disso, para não o merecer senão pela metade, é preciso que possua um certo quê na maneira de andar, no tom da voz e no modo de exprimir-se.
— Sim, deve possuir tudo isso — acrescentou Darcy. — E acrescentar ainda alguma coisa mais substancial: o desenvolvimento do espírito pela leitura intensa.
 Toco 7:
— Sem dúvida — replicou Darcy, a quem se dirigia a observação principalmente —, existe baixeza em todos os estratagemas que as senhoras às vezes condescendem em empregar para cativar. Tudo o que tem afinidade com a astúcia é desprezível.
Miss Bingley não se sentiu inteiramente satisfeita com esta resposta, que não a encorajava a prosseguir no assunto.
 Toco 8: (esse foi  #COMBO)

— Miss Darcy vai ficar encantada com a carta! 
Ele não respondeu.
— O senhor escreve muito depressa!
— Está enganada, escrevo até devagar.
— Quantas cartas o senhor não escreverá por ano! Cartas de negócios também. Penso que deve ser odioso escrevê-las!
— Felizmente para você, é a mim que incumbe escrevê-las.
— Não se esqueça de dizer à sua irmã que eu tenho muitas saudades dela.
— Já o disse uma vez, a seu pedido.
— Acho que o senhor não está gostando da sua pena. Deixe-me apará-la. Eu sei aparar penas muito bem.
— Obrigado. Mas eu sempre aparo as minhas próprias penas.
— Como consegue escrever tão regularmente? Darcy ficou em silêncio.
— Diga à sua irmã que estou radiante de saber que ela tem feito progressos na harpa. Escreva-lhe também que fiquei encantada com o lindíssimo desenho que fez para uma mesa e que o acho infinitamente superior ao de Miss Grantley.
— A senhora me dará licença de deixar os seus entusiasmos para a próxima carta? No momento não tenho espaço para exprimi-los condignamente.
— Oh, não tem importância, eu a verei em janeiro. Mas o senhor sempre escreve cartas assim tão longas e encantadoras para a sua irmã, Mr. Darcy?
— Em geral as minhas cartas são longas, mas não me cabe julgar se são encantadoras.
Toco 9:
(...) Quanto ao retrato da sua Elizabeth, nem deve tentar mandar pintá-lo: pois que pintor poderia fazer justiça àqueles belos olhos?
— Não seria realmente fácil reproduzir a expressão, mas a cor, o desenho, os cílios, tão delicados, podem ser copiados.

Toco 10:
— Como é agradável passar a noite desse modo... Declaro que não há divertimento melhor do que a leitura. A gente se cansa menos facilmente de um livro do que de qualquer outra coisa. Quando eu tiver uma casa própria, sentir-me-ei infeliz enquanto não possuir uma grande biblioteca.
Ninguém respondeu.


Releitura..



Eu não sei você, anônimo leitor, mas eu sou gamada por uma releitura! É como visitar um antigo amigo, e todos dos de mais sinônimos que esta frase pode representar! É ler com a vantagem de conhecer os caminhos e poder se deleitar em outras situações que não foram notadas anteriormente! Viva a releitura!

E, na minha atual situação literária, estou relendo um clássicaço! "Orgulho e Preconceito" da ma-ma-ma-maravilhosa Jane Austen!

Como brincadeira, estou anotando todas as frases filosofais de Mary Bennet e todos os tocos, vacilos, vácuos que a chata da Caroline Bingley leva durante a trama - eu só rio com isso! hahaha 


Ao final da leitura, eu posto o resultado!

Omnia Vanitas.

Cartas ao Destinatário..






"Em pleno século XXI, você escreve cartas!", foi o que disse uma amiga minha ao receber uma carta que lhe enviei. Com esta minha amiga, mantive o hábito de escrever. Estudamos juntas o curso de Letras e, durante as férias (Julho e final de ano) trocávamos cartas. Dois anos atrás eu reiniciei a escrever cartas a ela, foi quando recebi a exclamação acima como retorno!
É verdade, não me importo de escrever cartas, colar um selo e deixá-la no Correio. É romântico: a espera pelo seu recebimento, o retorno que ela trará com as novidades do destinatário. Eu aprecio todas as etapas deste evento! Tenho várias cartas que recebi, guardadas - desde os tempos memoriais da minha adolescência.

Quando reabri minha conta no Facebook, decidi procurar por grupo de leitura/literatura e afins. Em um grupo específico, foi lançado o desafio de trocar correspondência "à moda antiga". Logo entrei no clima! E, ontem, pela primeira vez, recebi uma carta de uma das garotas do clube de leitura. Fiquei super contente! Veio até com uma lembrancinha junto! Que fofo!

Até o final de semana eu pretendo responder a missiva!

Omnia Vanitas.

Lixo..


Lá em casa há um ditado para quando uma irmã não quer desapegar de algo: "Mas, também, filha de quem é!".
O lema do meu pai é: "Eu tenho porque eu guardo!". Sempre ouvimos essa frase depois que perguntamos à ele se algo que procuramos ele tem guardado! O problema é que ele guarda muita coisa. A frustração é que de quase tudo o que precisamos, ele tem guardado em algum canto da casa.

Meu pai um homem maravilhoso! Dizem as línguas da família que o gênio forte que tenho é herança que ganhei dele - como se eu fosse a única filha que ele tem (rs). 
Uma das manias do meu pai é guardar coisas, qualquer coisa. Ele tem, por hobby (pois não é uma necessidade), reciclar materiais: papel, plástico, vidro, metais ... Eu nem sei como isso começou, mas fato é que, atualmente, todos os conhecidos dele trazem algum desses materiais para ele. Pacientemente, ele vai até o velho rancho perto da nossa casa e separa todo o material que recebe. 
Durante esse processo de separação, ele encontra algumas preciosidades, como esse livro da foto. Alguém, sem o mínimo de amor por Cervantes, jogou fora, no lixo, a história do Cavaleiro da Triste Figura: O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha. 
Meu pai, conhecendo meu gosto por livros, tirou essa joia do entulho e a deixou no meu escritório (junto com mais dois volumes - de onde aproveitarei somente um). Preciso limpar este livro, tirar um pouco do bolor que ele possui para, então, colocá-lo na minha prateleira! Ah! Esqueci de mencionar: é a edição completa - volume um (publicado em 1605) e volume dois (1615).
Nesse "lixo" do meu pai, eu já achei George Orwell, Rubem Alves, Machado de Assis etc. Um "pecado" de quem jogo fora, uma sorte para mim! (graças ao processo de reciclagem do meu pai). ;)


2 de fevereiro de 2015

Quando a Noite Cai



Você já ouviu um ditado que diz que quando a natureza busca o que lhe pertence, ela traz consigo a fúria?

Neste episódio de Arquivo X: Quando a Noite Cai, eu percebi este ditado nas entrelinhas.

Eis a sinopse do livro:

"A exploração de madeira era uma atividade legal  na grande área florestal do Estado de Washington. Mas não era tranquila. Há anos, pessoas desapareciam na mata, provavelmente vítimas da guerra não-declarada entre lenhadores e ecoterroristas. Nos últimos tempos, porém, a guerra ficou mais intensa, com golpes e armadilhas de parte a parte. E grupos inteiros de pessoas começaram a sumir no escuro da floresta..."

E isso foi um prato cheio para o agente especial (e gato) Fox Mulder levar sua fiel escudeira Dana Scully para uma investigação fora dos padrões do FBI: os arquivos-x! :)

Este foi o episódio vinte da primeira temporada da série, e foi um dos meus preferidos, também.
Além dos pontos mencionados na sinopse, outras ideias ficaram expostas: a invasão americana imigrante versus os nativos americanos; a biologia desconhecida; o ecossistema fragilizado pela invasão e menosprezo do homem em relação a natureza etc. Claro que a ideia de que um inseto (uma espécie de vaga-lume) se alimente de carne humana, ou melhor, cace humanos para seu banquete, é um pouco "ideia de Mulder", porém, não deixa de ser um alerta para o que está acontecendo (e já acontecia em 1993 quando o episódio foi ao ar) com a má exploração das diversas formas de fauna e flora do nosso planeta.

Uma ideia da Scully sobre o assunto eu achei interessante; segue:

"(...)Muitas outras espécies já desapareceram no passado: os dinossauros, as mastodontes etc. E ainda nem se sabe por quê. Mas sabemos das erupções vulcânicas que ocorreram e perturbaram a Terra inteira. Talvez tivessem causado uma praga como a que estes insetos estão causando. E agora poderíamos ser nós as vítimas".

O grande predador sempre pensa que nunca poderá ser vencido. 
Scully chega a essa questão depois de uma observação de Mulder, capítulos antes; segue:

"(...)Uma erupção vulcânica. Ainda há diversos vulcões em toda esta cadeia montanhosa que vai desde Washington  até o Oregon. Lembra-se da erupção do vulcão Santa Helena(*)? A montanha inteira explodiu e metade dela foi para o espaço. (...) Quando explodiu, houve uma liberação de radiação que veio das profundezas da Terra. De repente, muitas coisas estranhas começaram a aparecer. (...) Uma delas foi um tipo de ameba que encontraram num lago. Ninguém tinha visto coisa parecida. Ela seria capaz de sugar o cérebro de um homem".

Se juntarmos a ideia de Mulder com a ideia da Scully, podemos chegar a uma conclusão, pelo menos eu pensei nisso: na mesma proporção que um vulcão pode expelir "novas vidas" do seu interior, ele pode também exterminar outras tantas. No meu conceito psicodélico deste episódio, penso que os insetos canibais (por preferência carne humana) foram "exterminados" por alguma ação da natureza que os "trancou" em um tronco de árvore milenar. Porém, com a derrubada desta árvores que estavam sob a proteção ambiental, os insetos foram recolocados, levianamente, em contado com a época atual. 

Se isso tudo é uma viagem do agente Mulder? Pode ser, mas, será?

Omnia Vanitas.



(*)  Vulcão de Santa Helena: localizado no Estado de Washington, entrou em erupção em 18 de maio de 1988 com um grande jato de cinzas. Graças ao trabalho de aviso dos vulcanologistas, somente duas pessoas morreram (N.E.).




O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...