Hoje, começo a ler Drácula, o Morto Vivo. E, só de ler a carta escrita por Mina Harker ao seu filho Quincey, fiquei com vontade de ler o original Drácula, de Bram Stoker.
Drácula, o Morto Vivo é a sequência do livro de Bram Stoker, escrito por seu sobrinho-bisneto Drake Stoker e Ian Holt.
Se gosto dessa temática? Adoro! Mas, vampiro, para mim, tem que ser daqueles tradicionais, que não curtem luz do sol, crucifixos, água benta e tal. No máximo, curto os vampiros da série Sobrenatural.
Confesso, já tive minha fase Crepúsculo, mas deu no saco esses vampiros purpurinados e sociais - cheios de boas intenções etc. Vampiro é mau e ponto; o resto é mimimi.
Espero que eu goste do livro do sobrinho tanto quanto fiquei encantada com o tio.
Procurei na net alguma informação sobre o tema, e encontrei: está logo abaixo.
Como não tenho tempo para pesquisas e tals, vou confiar na que achei por essas bandas da internet.
Esperem que gostem. Eu adorei.
Em 1897 o escritor irlandês Bram Stoker publicou seu romance de terror chamado Drácula. O romance poderia ter sido um dos muitos do gênero que caíram em total esquecimento com o passar do tempo, contudo o sucesso deste romance, de fôlego inesgotável, garantiu-lhe uma parcela no gênero do terror jamais igualada. O romance de Stoker, quando não se apoiou em fatos históricos e geográficos de máximo impacto, o fez em lendas e superstições que ainda hoje influenciam o modo de pensar da população de diversos países nos quatro cantos de nosso planeta. Garantindo, assim, um sucesso histórico e de atualidades que não parece ter data para ser superado.A trama possui três personagens centrais: o protagonista que narra a estória (parte em anotações de um diário) Jonathan Harker; sua noiva, Mina e o excêntrico e misterioso Conde Drácula. Este, um vampiro que vive na obscura e mística Transilvânia. Drácula acredita que a jovem Mina é a reencarnação de sua noiva e para seduzi-la, atrai Jonathan ao seu castelo de forma a separá-los enquanto desenvolve seu plano de trazer Mina para seu mundo das trevas.Como é notório, Drácula era um vampiro que necessitava de sangue para se alimentar e tinha poderes de se transformar em morcego e voar, bem como em lobo, com extrema força e ferocidade. Estas características correspondem em quase sua totalidade às lendas e mitos existentes na Transilvânia, Valáquia e outros países próximos, daí o fato de Stoker localizar seu enredo na Europa Oriental.Bram Stoker nunca esteve na Transilvânia (Romênia), contudo realizou detalhado estudo sobre os costumes, mitos e geografia da Europa Oriental no Museu Britânco. Tendo contato com a idéia de que para matar um ser “não-vivo” era necessário transpassar seu coração com uma estaca, não deve ter tido muita dificuldade em correlacionar o fato com o hábito de Vladslav III de empalar seus inimigos. Aguçando, assim sua criatividade.
VLADSLAV IIIA principal inspiração de Bram Stoker foi uma personagem real da história da Romênia, o soberano de uma das três nações que formaram aquele Estado, a Valáquia. Trata-se de Vladslav III, ou simplesmente Vlad, o Empalador ou, ainda, Drácula. Seu principal governo, entre 1452 e 1462, foi marcado por extrema violência e crueldade no momento de punir seus inimigos. Consta que o codinome Empalador foi devido ao fato de nestes dez anos ter mandado empalar cerca de 100.000 pessoas, na maioria invasores turcos. No entanto, a pena era aplicada para crimes comuns da população da Valáquia. Há registro de Vlad ter mandado empalar 20.000 turcos de uma só vez durante uma das invasões da Valáquia. O processo de empalação era por demais cruel e tinha como objetivo causar terror aos seus inimigos, fazendo-os hesitar em combatê-lo. A vítima era transpassada, ainda viva, por uma longa estaca de madeira que, após ser inserida no ânus, deveria percorrer todo o corpo até próximo a cabeça. Em seguida a estaca era levantada, deixando o infeliz condenado, agonizando ou morto, suspenso até que os tecidos de seu corpo não mais pudessem sustentar seu peso, quando, então, descia pela estaca até atingir o chão novamente.Com relação aos assuntos diplomáticos, possuía um "tato" todo especial; certa vez mandou que pregassem uma de suas chinelas no crânio do embaixador turco e o enviou numa padiola de volta à Turquia, para expressar seu desprezo por aquele país.Outra maneira de expressar seu desprezo pelos turcos era banquetear-se ao ar livre enquanto seus inimigos derrotados eram empalados diante de sua ceia. Atos como este lhe garantiram a terrível fama de cruel, sanguinário e sádico. São inúmeros os relatos de crueldade e de aplicação da pena capital por qualquer motivo fútil, no entanto afirma-se que durante o seu reinado o povo era extremamente honesto, praticamente inexistindo crimes entre a população. O que não surpreende, pois roubar uma galinha e correr o risco de ser empalado vivo não parece muito sensato.O codinome Drácula herdara de seu pai Vlad II e existem algumas teorias para a origem deste codinome. A primeira e mais aceita pelos historiadores é que Vlad II (seu pai) teria sido sagrado como Cavaleiro da Ordem do Dragão pelo Imperador Romano Sigmundo de Luxemburgo, no ano de 1431. Daí este soberano da Valáquia utilizar o símbolo do dragão em suas moedas. A palavra “Drac” significa dragão, somando-se o artigo definido “ul”, Dracul, ou “O Dragão”. O acréscimo da partícula final “a” significa “filho de”, portanto, Drácula, Filho do Dragão.Este termo facilmente se popularizou para definir Vlad III, pois o dragão é o símbolo do Diabo, a palavra Drac em moldávio tanto tem o significado de dragão quanto de Diabo. Portanto, para o povo e, principalmente para os turcos, Drácula era o Filho do Diabo.
LENDA SOBRE VAMPIROA origem da lenda sobre vampiros se perde na história e nas tradições orais. Na Epopéia de Gilgamesh (2000 a.c), mitologia sumeriana, aparece a figura de Lilith, uma prostituta vampírica. Esta personagem passou aos hebreus no período de sua escravidão pelos sumérios. O Talmude (principal texto judaico) a descreve como primeira mulher de Adão.Na Índia, uma das mais importantes divindades de sua mitologia, Kali, era conhecida entre outras coisas por sua sede de sangue humano.Na antiguidade grega existe o relato de Lamia, segundo mitologia ela era a rainha da Libia e teve vários filhos com Zeus. Para se vingar, Hera, mulher de Zeus, matou todos os filhos da traidora e privou-a de fechar os olhos para que pudesse ver seus filhos mortos. Zeus apiedou-se dela e permitiu que pudesse retirar os olhos quando quisesse. Não podendo se vingar de Hera, Lamia passou a habitar em uma caverna, matar e se alimentar da carne e sangue dos filhos das mulheres humanas.As estórias de vampiros migraram do Oriente para o Ocidente, junto com a rota da seda e encontraram terreno muito fértil nos Cárpatos, especialmente na Transilvânia e Valáquia, onde assumiu alguns nomes locais , tais como vurcuac e wanpyr. Nesta região as estórias de vampiros se multiplicaram dando diversas características próprias que subsistem nos mitos até nossos dias. Duas crenças nascidas na Europa Oriental marcam este personagem fantástico. A primeira é o fato de um espírito do mal poder se apoderar de um cadáver e utilizá-lo para seus desígnios malévolos; segundo que uma alma excluída, pelos seus crimes, do reino dos mortos, pode voltar a habitar seu próprio corpo, na forma de um vampiro.A mitologia do vampiro é extremamente pormenorizada, com muitos detalhes que variam de região para região. Na Transilvânia (parte da atual Romênia), o vampiro possui características facilmente reconhecíveis, tais como a pele extremamente empalidecida, lábios vermelhos e grossos, caninos proeminentes e pontiagudos, unhas longas como garras e mãos peludas. Completa a figura, uma dieta de sangue, hálito ruim e uma força sobre-humana.As características dos vampiros variam segundo a mitologia de cada região. Por exemplo, na Bulgária eles possuíam apenas uma narina; na Rússia, teria sido um bruxo em vida e tem um rosto vermelho; da Albânia usava sapatos de salto alto; no Brasil e em outros países sul-americanos, possui pés felpudos que permite andar sem ser ouvido, é o chupa-cabras.
ERYTHROPOIETIC PROTOPORPHYRIAHá alguma coisa de científico que, no imaginário popular, pode justificar a existência de vampiros. Durante a Idade Média, o casamento consaguíneo entre nobres era uma prática comum na Europa Oriental. Esta maneira de fechar o círculo da nobreza fez aparecer diversas anomalias genéticas, entre elas está a Protoporfiria. Esta doença foi descrita pela primeira vez por Hipócrates (de Cos), 460 a.c. a 370 a.c., mas foi só no século XIX que o médico Felix Hoppe-Seyler formulou a primeira explicação bioquímica para a doença. As pessoas acometidas deste mal normalmente tinham poucos anos de vida. Suas principais características são a vermelhidão da pele, dentes e olhos, além de um recuo nos lábios superiores e rachaduras sanguinolentas na pele quando exposta ao Sol. No século XVIII acreditava-se que a vida do enfermo poderia ser prolongada mantendo-o recluso e abrigado da luz solar, bem como fornecendo-lhe uma dieta de sangue para compensar as perdas do mesmo. Com estas características não é de se admirar que eles fossem associados com os seres sugadores de sangue de hábitos noturnos, ou seja, vampiros.O CINEMAComo todos os romances de sucesso, Drácula foi muito explorado pelo cinema. O tema deu um impulso extraordinário na carreira cinematográfica de Christopher Lee que encenou o tema original de Bram Stoker em 1958 sob o título “Horror of Dracula”. A partir daí encenou diversas variantes do tema em vários filmes até 1978. Sendo mundialmente reconhecido como o Conde Drácula.Aos apaixonados por clássicos do cinema, recomenda-se uma obra mais recente (1992) “Drácula, loves never dies”, onde Keanu Reever encena o protagonista da narrativa de Bram Stoker, Jonathan Harker e é tido como a obra cinematográfica mais fiel ao romance. Então, leia, assista e divirta-se!
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