9 de agosto de 2012

A Filha do Reverendo..


O primeiro contato que tive com uma obra de George Orwel foi com A Revolução dos Bichos. Acho que foi por volta de 2004 - 2005. Achei fascinante a forma irônica como ele tratou a política e o final foi magnífico. Logo depois, decidi ler A Filha do Reverendo. Não concluí a leitura na época.
Pouco menos de um mês atrás, lembrei dessa leitura inacabada e resolvi adquirir o livro e finalizá-la!

Na década de 1930, Dorothy Hare é uma solteirona de 28 anos que tem sua vida atrelada à do pai, que é reverendo anglicano em uma cidade pequena na Inglaterra.
Despida de qualquer vontade ou vaidade, Dorothy administra o ministério do pai: fazendo visitas aos paroquianos e adquirindo fundos financeiros para a igreja que está velha; administra as finanças precárias em sua casa: seu pai é soberbo para aceitar a situação atual da família e faz aplicações falidas com o pouco dinheiro que lhes resta.
As dívidas com os credores aumentam a cada refeição, a urgência em ajudar grupos da escola, coral e familiar suga metade do tempo da moça. As lamentações paroquias surgem a cada pedalada que a filha do reverendo faz com seu único meio de locomoção: a bicicleta.
As investidas do solteirão libertino - e, infelizmente, único amigo com quem ela realmente tem a oportunidade de conversar - a enojam a cada encontro.

Em meio a tudo que lhe suga as horas, Dorothy tem a sua espiritualidade minguada.

Por mais que tente ajudar os outros, pouco, ou quase nenhum, reconhecimento lhe é dirigido.

Então, seu corpo lhe dá um basta e sua vida é radicalmente transformada. Porém, tudo ficou pior. Sem memória, a filha do reverendo vagou por ruas desconhecidas e trabalhou não morrer de fome. Desacreditada por todos de sua cidade, ficara a merce da sorte e si mesma.

Espiritualidade, sexo e Freud estão presentes nesta maravilhosa história que tem muito a ensinar a cada um que se dispor em lê-la.


Terminei, ontem, de ler essa obra de George Orwell. Agradeço às publicadoras por não seguirem o pedido do escritor para não publicarem esse livro após a sua morte!


Vanitas Vanitatum!

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