Fanny Price, do filme Palácio das Ilusões, 1999 (um péssimo filme) |
Desculpe-me, querido leitor de Jane Austen, se Fanny Price lhe agrada. À mim, falta-lhe sal!
Apaixonada por Edmund Bertram, seu primo, Fanny fica sempre à parte da situação. Não que seja ignorante ou estúpida, ela é inteligente e tem uma ótima conversa. Mas, se apieda de si ao extremo. Um momento da trama me dá orgulho dela - quando ela se nega a participar do teatro "Juras de Amor" que todos em Mansfield Partk estão ensaiando. É uma peça de gosto duvidoso e seus "atores" estão cheios de malícia e má intenção. Concordo com Fanny: fique fora, garota!
Por ser pouco participativa no meio social de sua própria família, ela adquiriu a habilidade de observar as pessoas e lhes descrever o caráter. Essa sua "habilidade" salvou-a das garras do sedutor Henry Crawford.
Mas, quieto leitor, o que adianta ser esperta contra as investidas de um cafajeste mas ser conformada com o sentimento fraco que o primo lhe concede?
No passeio à Sothern (futuro lar da prima Maria Bertram), ela se deixou ficar sentada em um banco, esperando Edmund se lembrar dela para buscá-la. Ficou lá , sozinha, lamuriando a sua má sorte de ser abandonada pelo primo amado, enquanto este ia passear todo alegre com a vaca-vizinha Senhorita Crawford. Essa cena, longa por sinal, me irritou. O conformismo de ficar lá sentada e sofrendo por ser esquecida. Deus! Que tédio!
Levanta-te, mulher! Vá caminhar até o teu amado e botar a vaca para pastar em outro quintal!
Fanny Price me irrita! Viva Elizabeth Bennet!!
Omnia Vanitas.
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