31 de agosto de 2012

Minha rainha..


Essa é a prateleira da minha mãe.

A história de leitura da minha começou em dezembro de 2010. Infelizmente, ela teve um problema sério de hérnia de disco e precisou ficar de repouso. A maior parte do tempo ela ficou deitada assistindo televisão. Todos sabemos, televisão cansa na primeira parte de um dia.
Percebi que ela estava enjoada dos programas exibidos na televisão e, então, uma manhã, ante de eu ir trabalhar, deixei um livro para ela se distrair. Ela leu até a página vinte e dois. Segundo ela, a história tinha nomes muito estranhos e isso não a entreteu muito e ela abandonou. Esse livro é O Hobbit de JRR Tolkien.
Nessa época, eu estava atrás de um livro que li na minha adolescência: Verde Vale, de Urda Alice Klüeger. Quando o livro chegou, eu o mostrei à ela, como costume. Expliquei a história em um breve resumo e ela se interessou e começou a ler logo depois.

Com isso, ela se animou a ler mais. O primeiro livro que ela comprou foi As Brumas Dançam Sobre o Espelho do Rio, de Urda Alice Klüeger. Infelizmente, o livro veio sem algumas páginas e tivemos que trocar. Foi a única vez que aconteceu até hoje. Depois disso, ela começou a comprar outros livros, também da Urda. Ela adorou ler No Tempo da Bolacha Maria e No Tempo das Tangerinas (continuação de Verde Vale) pois lembraram sua época de juventude. Ela comentava, animada, as semelhanças que haviam com sua vida de solteira. Isso me encheu de alegria.

Depois da Urda, outra autora que ela tem simpatia é Jane Austen. Nem preciso mencionar o orgulho que isso me dá. Ambas, apaixonadas pela mesma escritora. Ela já leu todos os livros publicados da srta. Austen, inclusive a nova edição de Persuasão, da editora Zahar, que eu ainda não li.

Outro tipo de livro que minha gosta é sobre animais de estimação. O primeiro que ela leu foi Marley e Eu. Depois, ela comprou Dewey, um gato entre livros. De presente eu dei As Nove Vidas de Dewey - que comprei na feira do livro esse ano. Ela também tem Minha Vida com Boris, que é a história do cão guia.

Dessa prateleira, o último que ela leu foi Jane Eyre , de Charlotte Brontë (que irá me emprestar). Ela recomendou esse livro às minhas irmãs, claro que nenhuma delas se prontificou a seguir seu conselho. Elas dizem que não têm tempo. Minha mãe retruca e diz: Eu também não tinha, mas arrumei tempo para ler. É só querer.

De Natal, nós, filhas, a presenteamos com O Diário de Anne Frank, As Aventuras de Tom Swayer (ela adorou ler também As Aventuras de Huck Finn), A Cabana e A Abadia de Northanger (que não está nesta foto porque está na minha prateleira :) )
Falta, também, outro livro que ela emprestou para minha irmã Água Para Elefante.

Fora esses livros, ela já leu alguns (muitos) dos meus, como A Espera de Um Milagre, que, assim como Jane Eyre, a fez perder o sono pós-almoço por estar muito interessante.

Uma das coisas que me dão orgulho e ficará marcada na minha memória, é poder sentar ao lado dela e fazer companhia na leitura. Acho isso perfeito. Minha mãe, uma leitora assídua!

Vou deixar aqui a lista de livros que ela leu somente esse ano, de janeiro até agora:

- Bravura Indômita
- Diários de Uma Paixão
- As Aventuras de Tom Swayer
- A Cabana
- A Abadia de Northanger
- O Diário de Anne Frank
- O Guardião de Memórias
- Emma
- As Nove Vidas de Dewey
- O Mágico de Oz
- De Moto pela América do Sul
- As Viagens de Gulliver
- Persuasão (ed. Zahar)
- Jane Eyre
- A Filha do Reverendo.. ela terminará ainda essa semana. De certo, olhará para minha prateleira e dirá: Humm, não tem nada para eu ler!


Amo minha mãe nerd.

29 de agosto de 2012

Excomungado..


Errei na escolha do livro Drácula, o Morto-Vivo, de Dacre Stoker e Ian Holz.
Achei que seria uma trama envolvente e surpreendente! Grande erro!

A carta que abre o livro é muito bem escrita. Fez-me ter vontade de abrir o livro original e lê-lo novamente! Porém, depois de uma frase e outra de impacto, nada mais restou para envolver o livro.

Eu senti, durante a leitura, a falta de algum elemento que causasse a vontade de continuar a leitura. A construção das frases soa vazia , parece quererem colocar um suspense mas deixam a frase suspensa e sem aquele significado que leve o leitor até a próxima página. Faltou, também, um aprofundamento na índole dos personagens. O caráter não foi bem construído.
Talvez, minha decepção tenha sido ocasionada pela expectativa da primeira obra. Eu deveria saber, sequências de uma obra lançadas por outras mãos não têm as mesmas características da obra original. Eu já postei sobre isso antes - incrível não ter seguido meu próprio conselho.

Li somente até o capítulo XXIII. Confesso, os capítulos XVIII até XXI me deixaram encantada:

Capítulo XVIII

"Policiais sopraram seus apitos, correndo em direção da multidão que se formara na base da árvore. Mulheres desmaiaram. Homens ficaram paralisados. Automóveis pararam cantando pneus. Carroças de frutas e leite se chocaram uma com as outras. Pandemônio.
No centro de Piccadilly Circus havia sido colocado um poste de madeira de doze metros de altura que se erguia acima do Anjo da Caridade Cristã. No alto do mastro um homem nu havia sido empalado. A mandíbula dele estava quebrada, com a ponta da estaca se projetando de sua boca. Intestinos e outros órgãos internos, arrastados pela vara que atravessara seu corpo, saíam de seus lábios. Pingava sangue de seus olhos, ouvidos e nariz. O corpo se contorceu, soltando um gemido de gelar o sangue. O pobre homem ainda estava vivo.
De fato, era obra de um diabo".

Capítulo XIX

"As mãos de Quincey tremiam, dificultando a leitura do texto. Ele colocou o jornal na mesa para firmá-lo enquanto relia a matéria. Traduzira corretamente. A respiração de Quincey estava acelerada. Ao chegar à última linha, achou que iria desmaiar. Obrigou-se a ler de novo: "A vítima empalada foi identificada como sendo o sr. Jonathan Harker, destacado advogado de Exeter, cidade a oeste de Londres".

Capítulo XXI

"Os pensamentos rodopiavam em sua cabeça. Suas emoções estavam abaladas antes mesmo de colocar os pés no necrotério. A culpa de sua última conversa com Jonathan, uma discussão acalorada e dolorosa, pesava em seu coração. Nunca haveria uma reconciliação. Nunca teria a oportunidade de dizer tudo o que sentira. Ela jurou nunca cometer o mesmo erro com Quincey".

Nesta versão, houve uma necessidade de incluir a história real de Drácula (que já postei  aqui. Porém, eles não conseguiram tornar isso algo interessante. Quando li O Cemitério de Praga, de Umberto Eco, percebi que ele fez a mesma coisa que esses autores tentaram. Eco utilizou-se da história e soube construir uma obra encantadora!
Um trecho de Drácula, o Morto-Vivo:

"- Então, Drácula é considerado o pai de sua nação? Pelo que li, ele assassinou milhares e era conhecido por beber seu sangue.
- Um antigo ritual pagão. Dizia-se que aqueles que bebiam o sangue de seus inimigos ingeriam seu poder.
- E há a tradução de seu nome - disse Quincey. Ele folheou as páginas para encontrar o trecho e o mostrou a Basarab: - "Filho do Diabo".
- A verdadeira tradução do nome de Drácula é "Filho do Dragão". Seu pai era um cavaleiro da Ordem Católica do Dragão, que jurara proteger a cristandade dos muçulmanos. O símbolo do diabo na cultura cristã ortodoxa é um dragão. Daí a confusão".

Totalmente sem sal. Isso não parece um diálogo, mas um jogral estilo Rebeldes. Um fala, o outro responde; um pergunta e o outro retruca!

Finalizo com um trecho da obra do verdadeiro Stoker, Bram Stoker:

"- Professor, deixe-me ser seu estimado aluno mais uma vez. Explique-me a tese para que eu possa aplicar seu conhecimento, à medida que prossegue. Atualmente, meu pensamento focaliza os pontos, pulando de um a outro como o louco segue uma ideia e não como homem são. Sinto-me como um aprendiz que atravessasse um pântano envolto em névoa e que pulasse de u'a moita para a outra, cegamente, sem saber para onde ir.
- É uma boa imagem - afirmou ele. - Bem, dir-lhe-ei. Minha tese é esta: quero que acredite.
- Em quê?
- Naquilo em que não pode acreditar. Deixe-me dar um exemplo. Ouvi certa vez um americano estabelecer a seguinte definição para a palavra "crença": "É a faculdade que nos permite acreditar em coisas que sabemos serem inverídicas". Acredito nele. Quis dizer que devemos ser liberais, não permitindo que uma pequena crença abafe uma grande verdade, assim, como uma pequena pedra pode atrapalhar o movimento de veículos. Primeiro, aprendemos a pequena verdade. Conservamo-la e a valorizamos, mas não devemos julgar que seja toda a verdade do universo.
- Então deseja que minhas convicções prévias não impeçam minha mente de acreditar em algum fato estranho. Compreendi bem?
- Ah, ainda é meu aluno favorito. Vale a pena ensiná-lo. Agora que demonstra vontade de compreender, já deu o primeiro passo para a compreensão".

Omnia vanitas.

24 de agosto de 2012

Biblioteca..


Encontrei essa reportagem aqui


Fachada da biblioteca da antiga cidade de Éfeso.


Essa Biblioteca foi construído no século II D.C, e chegou a acomodar 12.000 manuscritos.Hoje, só restou a sua bela fachada como um magnífico testemunho de bibliotecas públicas que foram construídos em todo o Império Romano.

Éfeso foi a 5a.cidade mais populosa do império, teve de 400 a 500 mil habitantes. Sua população era constituida na maioria por pessoas razoavelmente ricas e intelectualizadas. A região de Éfeso e Mileto, foi berço de muitos filósofos, entre eles Thales (ca.625-546 a.C.), Heróclito (ca. 540 a 470 a.C.) e Isidorus (sec. VI d.C.). Foi encontrada por arqueólogos, uma inscrição em pedra (talvez erguida por ordem do imperador), que premiava Éfeso como "a cidade mais ilustre de toda Ásia".
Alexandre, o Grande, Cleópatra, Virgem Maria, Izabel, São João e São Paulo foram algumas das pessoas que passaram por Éfeso.
O local da cidade, que se vê hoje, tem sido escavado por mais de 100 anos e a maioria das edificações que restaram datam do período romano. Entre muitas ruinas, encontramos em Éfeso construções magnificamente preservadas, como a Biblioteca de Celso, o Portão de Adriano e o Teatro Helenístico, além de fontes, ruas, banhos romanos e ágoras comerciais.

15 de agosto de 2012

O Beijo ..


Estava vasculhando a net quando encontrei essa reportagem na Globo.com ! Olha que MA-RA! Deliciem-se! Beeeeijos! ;)

Um beijo para a história. O marinheiro George Mendonsa e a enfermeira Greta Zimmer Friedman ficaram eternizados em uma fotografia clicada na Avenida Times Square, em Nova York, no exato momento do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. A vibração do casal ficou famosa e, desde então, muita gente procurou identificar os dois, porém não obteve sucesso. Agora, 67 anos depois, a rede de televisão norte-americana CBS conseguiu achá-los e reunir a dupla em um encontro justamente naquele local.

O detalhe mais curioso da história é que Mendonsa e Zimmer sequer se conheciam quando se beijaram. O senhor, hoje com 89 anos, se lembra muito bem do dia que entrou para a eternidade. Ele estava em um encontro com outra mulher, chamada Rita Petry - que, aliás, é hoje sua atual esposa -, no Radio City Music Hall, quando a apresentação foi interrompida e o anúncio foi feito: “Os japoneses se renderam! A Guerra acabou!” Mendonsa, que havia bebido um pouco além da conta, acabou “exagerando” na comemoração.

Enquanto estava correndo pela Times Square, o então rapaz vestido de marinheiro olhou para o lado e viu uma bela mulher com roupa de enfermeira. Ele não pensou duas vezes: largou a mão da sua companheira, agarrou a outra e tascou-lhe um beijão. A ousadia foi clicada pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, da revista Life, que depois viria a iniciar uma campanha para “caçar” os protagonistas da cena.
“Eu estava muito feliz com o fim da Guerra, tinha tomado uns drinques, então quando a vi, agarrei e dei um beijo. Foi aquele momento, sabe? Tinha acabado de voltar do Pacífico e a Guerra havia terminado. Sobre a foto, não sabia que era eu. Um amigo meu, vários anos após esse momento, levou uma revista com a fotografia na minha casa e disse que era eu. Achei que ele estava louco, mas vi que era mesmo”, se recorda.

Greta Zimmer Friedman sequer viu que ele se aproximou, mas garante: não se esqueceu daquele momento. Ela se reconheceu na fotografia e confirmou que o casal foi o responsável pela cena inesquecível – depois de muitos outros já terem declarado que eles eram os personagens da foto, tentando ganhar alguma fama.
“Não vi que ele estava chegando e, antes que eu tivesse percebido, já tinha sido agarrada. Depois, quando vi a fotografia, não tive dúvida, sabia que era eu. Você não se esquece de um cara que te agarra dessa forma, não é? Ainda mais em um dia como aquele. Ele era muito forte. Mas eu não estava beijando ele, ele que me beijou”, comentou.
Os responsáveis pela reportagem também entrevistaram a então namorada e agora esposa (casada há 66 anos) do marinheiro, que garante que aquele foi um dia muito feliz.

Até mesmo um livro sobre a cena será lançado em breve. A publicação, chamada “O Marinheiro Beijador”, vai revelar como o senhor Mendonsa, que tinha 22 anos em 1945 e participou da Segunda Guerra, sobreviveu às batalhas e e se encantou com o trabalho das enfermeiras – que salvaram não só a vida dele como também de diversos outros colegas marinheiros.


Volo Suavium Eios!

As Parcas



Ouvi falar sobre as Parcas quando comecei a me interessar pelo livro de Alexandre Dumas, Os Três Mosqueteiros. Athos - Porthos e Aramis são representações para Nona - Décima e Morta.
O título inicial da obra de Dumas seria: Athos, Porthos e Aramis; porém, uma sugestão da editora em alterar o título para Os Três Mosqueteiros foi aceito pelo escritor - por achar que a falta de bom senso, sabendo que são quatro heróis, ajudaria na divulgação da obra.

E, agora, lendo Drácula, O Morto Vivo, houve uma nova menção às Parcas.
Logo, fui até um site e comprei um livro a respeito delas. Assim que eu terminar a leitura dele farei uma pequena resenha aqui. Portanto, esperem por mim! (risos).

Caso estejam interessados sobre elas e não puderem se permitir esperar pelo post, olhem visitem este site onde poderão sanar a curiosidade.

Vanitas Vanitatum!




12 de agosto de 2012

Chuva de Meteoros


Neste domingo aconteceu uma chuva de meteoros, vista na Espanha.

E o que uma chuva de meteoros nos lembra?



À mim, lembra que Clark Kent chegou à Terra em uma chuva dessas. Infelizmente, sendo o último da sua raça disponível, não teremos mais a oportunidade de deslumbrar esse encontro extraterrestre.

Porém, vários Homens de Aço perambulam entre nós.
O mais significativo dessa espécie é o imortal Christopher Reeve (in memorian). Na minha opinião, Reeve é o melhor que esteve entre nós; depois dele, uma nova raça surgiu: os metrossexuais - que, realmente, vieram de outro mundo e vivem entre nós.

Cheios de roupas especiais e rostos estilo Ken, nenhum deles iguala a beleza natural do sr. Reeve e sua espantosa essência natural.
Agora, tudo o que temos são fakes de alguém que existiu - uma tentativa de melhorar o perfeito que beira o anormal.
Homem com músculos, sim - mas todos bem naturais e espontâneos. O resto é mimimi e  brinquedo de menina.


Depois do Superman, outros que chegam com as chuvas de meteoros são os anjos da série Supernatural.
É só lembrar de Anna Milton, na quarta temporada, que foi caçada viva pelo Demônios e jurada de morte pelos Anjos. Toda a raiva angelical estava focada no fato da moça querer ser humana e experimentar a beleza e decadência da raça humana. Cada louco com sua mania. Porém, como defensora da minha raça e cristã, não condeno a aspirante à  humana, pois, somos uma raça privilegiada. No conceito cristão evangélico, enquanto os anjos, uma vez rebelados, tem a condenação eterna; nós, seres humanos, temos a remissão dos pecados através da aceitação do sacrifício vicário de Cristo.

Bom, à respeito de Anna Milton, mulheres, quem não gostaria de estar na pele dessa anja rebelde!?

Ok, falo, agora, sobre a chuva de meteoros que aconteceu no sul da Espanha.
Achei a reportagem na Globo.com . Lê-se o seguinte:

Uma chuva de meteoros foi observada na madrugada deste domingo (12) na reserva natural El Torcal, localizada na cidade de Antequera, no sul da Espanha.
O fenômeno, chamado de Perseidas – porque fica na constelação de Perseu, no Hemisfério Norte –, pode ser visto sempre em agosto, quando a Terra cruza o cometa Swift-Tuttle e "varre" os pedaços deixados por ele.

A Lua atrapalhou um pouco a visualização, pois a Terra está na fase minguante e apenas os meteoros mais brilhantes se tornam evidentes. Além disso, como a constelação de Perseu está muito ao norte, fica mais fácil observá-la da Europa, por exemplo.
A chuva atingiu seu ponto máximo neste domingo, mas ainda na madrugada desta segunda (13) será possível ver alguma coisa.


Ah! Que saudade das minhas leituras sobre Mitologia Grega e Romana! Preciso mudar isso.

Vanitas Vanitatum

9 de agosto de 2012

A Filha do Reverendo..


O primeiro contato que tive com uma obra de George Orwel foi com A Revolução dos Bichos. Acho que foi por volta de 2004 - 2005. Achei fascinante a forma irônica como ele tratou a política e o final foi magnífico. Logo depois, decidi ler A Filha do Reverendo. Não concluí a leitura na época.
Pouco menos de um mês atrás, lembrei dessa leitura inacabada e resolvi adquirir o livro e finalizá-la!

Na década de 1930, Dorothy Hare é uma solteirona de 28 anos que tem sua vida atrelada à do pai, que é reverendo anglicano em uma cidade pequena na Inglaterra.
Despida de qualquer vontade ou vaidade, Dorothy administra o ministério do pai: fazendo visitas aos paroquianos e adquirindo fundos financeiros para a igreja que está velha; administra as finanças precárias em sua casa: seu pai é soberbo para aceitar a situação atual da família e faz aplicações falidas com o pouco dinheiro que lhes resta.
As dívidas com os credores aumentam a cada refeição, a urgência em ajudar grupos da escola, coral e familiar suga metade do tempo da moça. As lamentações paroquias surgem a cada pedalada que a filha do reverendo faz com seu único meio de locomoção: a bicicleta.
As investidas do solteirão libertino - e, infelizmente, único amigo com quem ela realmente tem a oportunidade de conversar - a enojam a cada encontro.

Em meio a tudo que lhe suga as horas, Dorothy tem a sua espiritualidade minguada.

Por mais que tente ajudar os outros, pouco, ou quase nenhum, reconhecimento lhe é dirigido.

Então, seu corpo lhe dá um basta e sua vida é radicalmente transformada. Porém, tudo ficou pior. Sem memória, a filha do reverendo vagou por ruas desconhecidas e trabalhou não morrer de fome. Desacreditada por todos de sua cidade, ficara a merce da sorte e si mesma.

Espiritualidade, sexo e Freud estão presentes nesta maravilhosa história que tem muito a ensinar a cada um que se dispor em lê-la.


Terminei, ontem, de ler essa obra de George Orwell. Agradeço às publicadoras por não seguirem o pedido do escritor para não publicarem esse livro após a sua morte!


Vanitas Vanitatum!

Filho do Dragão ..



Hoje, começo a ler Drácula, o Morto Vivo. E, só de ler a carta escrita por Mina Harker ao seu filho Quincey, fiquei com vontade de ler o original Drácula, de Bram Stoker.

Drácula, o Morto Vivo é a sequência do livro de Bram Stoker, escrito por seu sobrinho-bisneto Drake Stoker e Ian Holt.

Se gosto dessa temática? Adoro! Mas, vampiro, para mim, tem que ser daqueles tradicionais, que não curtem luz do sol, crucifixos, água benta e tal. No máximo, curto os vampiros da série Sobrenatural.
Confesso, já tive minha fase Crepúsculo, mas deu no saco esses vampiros purpurinados e sociais - cheios de boas intenções etc. Vampiro é mau e ponto; o resto é mimimi.

Espero que eu goste do livro do sobrinho tanto quanto fiquei encantada com o tio.

Procurei na net alguma informação sobre o tema, e encontrei: está logo abaixo.
Como não tenho tempo para pesquisas e tals, vou confiar na que achei por essas bandas da internet.
Esperem que gostem. Eu adorei.

Em 1897 o escritor irlandês Bram Stoker publicou seu romance de terror chamado Drácula. O romance poderia ter sido um dos muitos do gênero que caíram em total esquecimento com o passar do tempo, contudo o sucesso deste romance, de fôlego inesgotável, garantiu-lhe uma parcela no gênero do terror jamais igualada. O romance de Stoker, quando não se apoiou em fatos históricos e geográficos de máximo impacto, o fez em lendas e superstições que ainda hoje influenciam o modo de pensar da população de diversos países nos quatro cantos de nosso planeta. Garantindo, assim, um sucesso histórico e de atualidades que não parece ter data para ser superado.
A trama possui três personagens centrais: o protagonista que narra a estória (parte em anotações de um diário) Jonathan Harker; sua noiva, Mina e o excêntrico e misterioso Conde Drácula. Este, um vampiro que vive na obscura e mística Transilvânia. Drácula acredita que a jovem Mina é a reencarnação de sua noiva e para seduzi-la, atrai Jonathan ao seu castelo de forma a separá-los enquanto desenvolve seu plano de trazer Mina para seu mundo das trevas.
Como é notório, Drácula era um vampiro que necessitava de sangue para se alimentar e tinha poderes de se transformar em morcego e voar, bem como em lobo, com extrema força e ferocidade. Estas características correspondem em quase sua totalidade às lendas e mitos existentes na Transilvânia, Valáquia e outros países próximos, daí o fato de Stoker localizar seu enredo na Europa Oriental.
Bram Stoker nunca esteve na Transilvânia (Romênia), contudo realizou detalhado estudo sobre os costumes, mitos e geografia da Europa Oriental no Museu Britânco. Tendo contato com a idéia de que para matar um ser “não-vivo” era necessário transpassar seu coração com uma estaca, não deve ter tido muita dificuldade em correlacionar o fato com o hábito de Vladslav III de empalar seus inimigos. Aguçando, assim sua criatividade. 
VLADSLAV III
A principal inspiração de Bram Stoker foi uma personagem real da história da Romênia, o soberano de uma das três nações que formaram aquele Estado, a Valáquia. Trata-se de Vladslav III, ou simplesmente Vlad, o Empalador ou, ainda, Drácula. Seu principal governo, entre 1452 e 1462, foi marcado por extrema violência e crueldade no momento de punir seus inimigos. Consta que o codinome Empalador foi devido ao fato de nestes dez anos ter mandado empalar cerca de 100.000 pessoas, na maioria invasores turcos. No entanto, a pena era aplicada para crimes comuns da população da Valáquia. Há registro de Vlad ter mandado empalar 20.000 turcos de uma só vez durante uma das invasões da Valáquia. O processo de empalação era por demais cruel e tinha como objetivo causar terror aos seus inimigos, fazendo-os hesitar em combatê-lo. A vítima era transpassada, ainda viva, por uma longa estaca de madeira que, após ser inserida no ânus, deveria percorrer todo o corpo até próximo a cabeça. Em seguida a estaca era levantada, deixando o infeliz condenado, agonizando ou morto, suspenso até que os tecidos de seu corpo não mais pudessem sustentar seu peso, quando, então, descia pela estaca até atingir o chão novamente.
Com relação aos assuntos diplomáticos, possuía um "tato" todo especial; certa vez mandou que pregassem uma de suas chinelas no crânio do embaixador turco e o enviou numa padiola de volta à Turquia, para expressar seu desprezo por aquele país.
Outra maneira de expressar seu desprezo pelos turcos era banquetear-se ao ar livre enquanto seus inimigos derrotados eram empalados diante de sua ceia. Atos como este lhe garantiram a terrível fama de cruel, sanguinário e sádico. São inúmeros os relatos de crueldade e de aplicação da pena capital por qualquer motivo fútil, no entanto afirma-se que durante o seu reinado o povo era extremamente honesto, praticamente inexistindo crimes entre a população. O que não surpreende, pois roubar uma galinha e correr o risco de ser empalado vivo não parece muito sensato.
O codinome Drácula herdara de seu pai Vlad II e existem algumas teorias para a origem deste codinome. A primeira e mais aceita pelos historiadores é que Vlad II (seu pai) teria sido sagrado como Cavaleiro da Ordem do Dragão pelo Imperador Romano Sigmundo de Luxemburgo, no ano de 1431. Daí este soberano da Valáquia utilizar o símbolo do dragão em suas moedas. A palavra “Drac” significa dragão, somando-se o artigo definido “ul”, Dracul, ou “O Dragão”. O acréscimo da partícula final “a” significa “filho de”, portanto, Drácula, Filho do Dragão.
Este termo facilmente se popularizou para definir Vlad III, pois o dragão é o símbolo do Diabo, a palavra Drac em moldávio tanto tem o significado de dragão quanto de Diabo. Portanto, para o povo e, principalmente para os turcos, Drácula era o Filho do Diabo.
LENDA SOBRE VAMPIRO
A origem da lenda sobre vampiros se perde na história e nas tradições orais. Na Epopéia de Gilgamesh (2000 a.c), mitologia sumeriana, aparece a figura de Lilith, uma prostituta vampírica. Esta personagem passou aos hebreus no período de sua escravidão pelos sumérios. O Talmude (principal texto judaico) a descreve como primeira mulher de Adão.
Na Índia, uma das mais importantes divindades de sua mitologia, Kali, era conhecida entre outras coisas por sua sede de sangue humano.
Na antiguidade grega existe o relato de Lamia, segundo mitologia ela era a rainha da Libia e teve vários filhos com Zeus. Para se vingar, Hera, mulher de Zeus, matou todos os filhos da traidora e privou-a de fechar os olhos para que pudesse ver seus filhos mortos. Zeus apiedou-se dela e permitiu que pudesse retirar os olhos quando quisesse. Não podendo se vingar de Hera, Lamia passou a habitar em uma caverna, matar e se alimentar da carne e sangue dos filhos das mulheres humanas.
As estórias de vampiros migraram do Oriente para o Ocidente, junto com a rota da seda e encontraram terreno muito fértil nos Cárpatos, especialmente na Transilvânia e Valáquia, onde assumiu alguns nomes locais , tais como vurcuac e wanpyr. Nesta região as estórias de vampiros se multiplicaram dando diversas características próprias que subsistem nos mitos até nossos dias. Duas crenças nascidas na Europa Oriental marcam este personagem fantástico. A primeira é o fato de um espírito do mal poder se apoderar de um cadáver e utilizá-lo para seus desígnios malévolos; segundo que uma alma excluída, pelos seus crimes, do reino dos mortos, pode voltar a habitar seu próprio corpo, na forma de um vampiro.
A mitologia do vampiro é extremamente pormenorizada, com muitos detalhes que variam de região para região. Na Transilvânia (parte da atual Romênia), o vampiro possui características facilmente reconhecíveis, tais como a pele extremamente empalidecida, lábios vermelhos e grossos, caninos proeminentes e pontiagudos, unhas longas como garras e mãos peludas. Completa a figura, uma dieta de sangue, hálito ruim e uma força sobre-humana.
As características dos vampiros variam segundo a mitologia de cada região. Por exemplo, na Bulgária eles possuíam apenas uma narina; na Rússia, teria sido um bruxo em vida e tem um rosto vermelho; da Albânia usava sapatos de salto alto; no Brasil e em outros países sul-americanos, possui pés felpudos que permite andar sem ser ouvido, é o chupa-cabras.
ERYTHROPOIETIC PROTOPORPHYRIA
Há alguma coisa de científico que, no imaginário popular, pode justificar a existência de vampiros. Durante a Idade Média, o casamento consaguíneo entre nobres era uma prática comum na Europa Oriental. Esta maneira de fechar o círculo da nobreza fez aparecer diversas anomalias genéticas, entre elas está a Protoporfiria. Esta doença foi descrita pela primeira vez por Hipócrates (de Cos), 460 a.c. a 370 a.c., mas foi só no século XIX que o médico Felix Hoppe-Seyler formulou a primeira explicação bioquímica para a doença. As pessoas acometidas deste mal normalmente tinham poucos anos de vida. Suas principais características são a vermelhidão da pele, dentes e olhos, além de um recuo nos lábios superiores e rachaduras sanguinolentas na pele quando exposta ao Sol. No século XVIII acreditava-se que a vida do enfermo poderia ser prolongada mantendo-o recluso e abrigado da luz solar, bem como fornecendo-lhe uma dieta de sangue para compensar as perdas do mesmo. Com estas características não é de se admirar que eles fossem associados com os seres sugadores de sangue de hábitos noturnos, ou seja, vampiros.
O CINEMA
Como todos os romances de sucesso, Drácula foi muito explorado pelo cinema. O tema deu um impulso extraordinário na carreira cinematográfica de Christopher Lee que encenou o tema original de Bram Stoker em 1958 sob o título “Horror of Dracula”. A partir daí encenou diversas variantes do tema em vários filmes até 1978. Sendo mundialmente reconhecido como o Conde Drácula.
Aos apaixonados por clássicos do cinema, recomenda-se uma obra mais recente (1992) “Drácula, loves never dies”, onde Keanu Reever encena o protagonista da narrativa de Bram Stoker, Jonathan Harker e é tido como a obra cinematográfica mais fiel ao romance. Então, leia, assista e divirta-se!

7 de agosto de 2012

O Prometeu Sobrenatural



Como negar a máxima de Antoine-Laurent de Lavoisier que diz:
"Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma" 

Isso se aplica a quase todo o tipo de situação, e, principalmente a respeito dos programas de televisão.

Assisti, ontem, um episódio da terceira temporada de Sobrenatural: Time is on my side.

Os irmãos Winchester estão a procura de uma "mágica" ou qualquer outra solução para livrar Dean, o mais velho, do pacto que ele fez com um demônio (vide final da segunda temporada). No episódio de ontem, Sam encontra um caso que eles acharam que seu pai (ui), John Winchester, havia terminado. Trata-se do Doutor Benton, um médico que estudou alquimia a fundo para encontrar a fonte da imortalidade (sem a pedra fundamental). Nos seus estudos, doutor Benton percebeu que renovando periodicamente seus órgãos vitais poderia ser imortal. Sam invadiu a casa do médico e roubou seu diário e descobriu que o funesto doutor Benton praticava a pura e simples medicina - bom, mas para ter órgãos "frescos" ele assassinou pessoas.


Realmente, doutor Benton foi duro na queda. Sam o atropelou duas vezes e Dean atirou nele outras tantas e, doutor Benton olhou para o caçador e perguntou:

Qual a parte de "imortal" que você não entendeu?
Impossível de assassiná-lo, os irmãos resolveram trancar o médico dentro de uma caixa e enterrá-lo vivo - já que ele não morreu por bem, passaria a eternidade vivo dentro de seu "caixão". Para não terem demais problemas, Dean e Sam enterraram o diário com médico.

Qualquer pessoa que tenha, pelo menos, ouvido falar em Frankenstein, associou o episódio que mencionei com o livro de Mary Shelley; com a diferença que o médico da série foi a Criatura de si mesmo.
Somente um breve esclarecimento: Frankenstein é o nome do médico - Victor Frankenstein. A sua criação médica é chamada  pela alcunha de Criatura, Monstro, Demônio. Em 1933, com o lançamento do filme, o monstro foi "batizado" de Frankenstein.

O que eu acho fascinante com algumas obras é a simplicidade com que foram criadas. Sem querer obter o estrelado ou sobreviver com a literatura, a sra. Shelley compôs a obra para um sarau de terror  que acontecera no castelo do poeta Lord Byron.
Criada em uma época que a medicina galgava a passos largos, Frankenstein trouxe a tona algumas questões pertinentes ao seu tempo que ainda percorrem o nosso contemporâneo.

Ao ler Frankenstein percebi como a questão criador versus criatura é flagrante. Somos, como humanidade, incapazes - na maioria das vezes - de assumir alguma responsabilidade; ainda mais quando ela não sai da forma que imaginávamos.

A Criatura não era para ser esse Monstro que Frankenstein repudiou após o seu "nascimento".
Outra nota: o criador não gritou "Ele está vivo!". Quando percebeu que a criatura tinha vida, saiu correndo de horror para fugir dela.

A história da Criatura é muito interessante, e, retrata muito  o caráter humano a respeito do que é belo e do que é bom.

Frankenstein foi seguido e perseguido por sua Criatura até os confins da Terra. Estavam ligados, indefinidamente.

Somos nós também, eternamente ligados por ações e criações que façamos.


Vanitas Vanitatum et Omnia Vanitas.

1 de agosto de 2012

Moby Dick..

Desde que li Moby Dick, de Herman Melville, fico sensibilizada quando leio algo sobre baleias.
Estava fuçando a net e encontrei essa reportagem reportagem sobre uma jubarte que foi encontrada, infelizmente, morta, dentro de uma piscina natural na Austrália.

Vanitas Vanitatum!


O  corpo de uma baleia jubarte morta foi parar dentro de uma piscina oceânica em Newport Beach (Sydney, Austrália). Agentes ambientais tiveram que remover parte da cerca da piscina para que a carcaça da baleia, de mais de 11 metros e 30 toneladas, possa flutuar e seguir mais facilmente de volta ao mar com a alta da maré. 

 Acredita-se que a baleia tenha morrido há pelo menos três
dias.
"Era uma grande pilha de geleia. Você não conseguia ver a cabeça e o rabo", disse ao "Sydney Morning Herald" Steve Messenger, que estava visitando a região, que atrai muitos surfistas.





O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...