10 de dezembro de 2018

Amigo da Onça..


Olá, leitor anônimo!

Ontem, com os amigos do condomínio, rolou o último encontro do ano (no qual tive o prazer de ser cozinheira da rodada) e também, aconteceu o "Amigo da Onça".

A brincadeira foi assim: cada um poderia trazer um desapego que tivesse em casa ou comprar um "mimo" de no mínimo dez reais. E a brincadeira começou. Cada participante ganhou um número e o primeiro a começar é o número 1. Começou comigo. Para minha grandessíssima sorte, tirei esse livro do Mario Sergio Cortella. A vida tem desta coisas, sortudo leitor. 

Mas a brincadeira tem a seguinte regra. O primeiro participante tira um presente da pilha de presentes (não pode sacudir ou apalpar). O segundo pode roubar o presente do primeiro caso lhe agrade o mimo. O presente pode ser roubado até duas vezes e depois é oficialmente pertencente ao segundo e último ladrão.

Confesso que fiz uma cena lastimável para manter o presente comigo tentando infligir piedade nos outros participantes (risos). 

Por fim, fiquei com o livro e a vergonha da minha cena humilhante. Mas o livro é meu e 'tá tudo certo!

Omnia Vanitas. 💀

O que foi que eu fiz ?! ..



Neste último domingo, eu estava curtindo um descanso no sofá enquanto esperava o marido chegar do mercado, e, decidi escolher uma "coisinha leve" para distrair a atenção enquanto eu tricotava.
Foi aí que minha ruína começou.

Eu escolhi para assistir - sem intensão nenhuma de gostar - The Last Kingdom. Escolhi porque eu sabia que era baseado nos livros do Bernard Cornwell (por quem sou apaixonada). Escolhi porque eu tinha certeza que não iria gostar.. mas que ledo engano: adorei! 

Por muito tempo eu fiquei longe desta saga "As Crônicas Saxônicas" pois ela é composta por dez livros, por enquanto (o último foi publicado em 2017 - "O Portador do Fogo"). Eu sempre brinquei com os clientes do sebo quando o assunto remetia para sagas ou para Bernard Cornwell, dizendo: "Eu nem começo a ler 'Sharpe' ou 'As Crônicas Saxônicas' para não gostar e comprar todos os livros". 

Que imprudente fui em não seguir meu próprio conselho. Gostei do primeiro episódio! Tirei o livro da estante do Sebo e vou trocar pelo meu Umberto Eco que está em casa.
Logo nas primeiras cenas de Uhtred adulto eu lembrei de Thomas de Hookton mesmo não sabendo se o protagonista de "The Last Kingdom" tem a personalidade do arqueiro de "As Crônicas do Graal". 
Agora basta terminar a leitura de "A Volta de Sherlock Holmes" e começar com Bernard Cornwell.

Depois desse passo incorreto, o jeito é convencer o marido da importância de Uhtred na minha vida. 

Omnia Vanitas 💀

Uhtred (Alexander Dreymon), TheLast Kingdom, a série televisiva


23 de novembro de 2018

O outro Holmes


Olá, desconhecido leitor!

Estou lendo "As Memórias de Sherlock Holmes" e, nesta manhã, eu tive o prazer de encontrar um outro Holmes - tão excepcional quanto seu irmão mais novo.

O conto se chama O Intérprete Grego. 

Enquanto conversava com Watson, Sherlock comenta que seu irmão possui a capacidade de observação que o moradora da Baker Street; porém, em nível superior.   A declaração deixa Watson pasmado pois ele não tinha a vaga ideia de que Sherlock pudesse ter algum parente tão próximo quanto um irmão. E não bastasse isso, este irmão mais velho apresenta um grau superior ao de seu amigo. 

O diálogo dos Holmes me divertiu muitíssimo (lembre-se que o narrador é Watson):

Sentaram-se ambos no peitoril da janela do clube.
— Este é o lugar ideal para quem quiser estudar a humanidade — disse Mycroft. — Olhe para aqueles tipos magníficos! Olhe, por exemplo, para aqueles dois homens que vêm em nossa direção.
— O jogador de bilhar e o outro?
Pararam os dois em frente da janela. Algumas marcas de giz no bolso do colete eram os únicos sinais de bilhar que se podia ver num deles. O outro era um indivíduo trigueiro, muito baixo, com o chapéu puxado para trás e diversos pacotes debaixo do braço.
— Vejo que é um antigo militar — disse Sherlock.
— E que teve baixa há pouco tempo — observou o irmão.
— Serviu na Índia.
— E é um oficial não comissionado.
— Da artilharia real, suponho — disse Sherlock.
— É viúvo.
— Mas com um filho.
— Filhos, meu caro, filhos.
— Convenhamos — disse eu sorrindo —,isto é um pouco demais. 
Eu sou muito o Watson!! (risos).
Eu já sou fã de Sherlock, mas encontrar alguém com algo tão incomum quanto ele é um prazer inenarrável a um leitor apaixonado como eu. 

Omnia Vanitas

21 de novembro de 2018

Alucinada..



Olá, leitor anônimo!

Depois de terminar de ler Os Maias (leitura sensacional! Eça de Queirós), eu me diverti com Le Petit Nicolas (Sempé/Goscinny) e.. na dúvida em começar a ler a saga de Guerra dos Tronos (G.R.R. Martin), eu comecei a ler As Aventuras de Sherlock Holmes (Arthur Conan Doyle).

Eu já conhecia e li algumas histórias do personagem Sherlock Holmes; e, algumas estão aqui, inclusive: Um Estudo em Vermelho e O Signo dos Quatro e contos avulsos como O Ritual Musgrave, A Liga dos Cabeça Vermelha etc. Em todas as leituras que fiz, não lembro de estar tão animada com as histórias do detetive particular. Domingo de manhã (18nov) eu terminei a leitura de "As Aventuras de Sherlock Holmes" e, imediatamente, levantei da cama, fui até o escritório e tirei da estante "As Memórias de Sherlock Holmes" para deixar na minha cabeceira - e, antes de dormir, li o primeiro conto. Estou tão alucinada que já fico olhando para "O Cão dos Baskerville" com água na boca!! 
Isso me faz lembrar de uma frase da carta que o Capitão Wentworth escreveu: "Só por você penso e faço planos". Explico: no último feriado, ao acordar, percebi que meu marido estava saindo da cama; permaneci quieta e, assim que "ouvi" ele acomodado na sala, peguei o livro e comecei a devorar a leitura. Domingo foi a mesma coisa. Segunda-feira eu enfrentei uma fila de meia hora para embarcar no ônibus só para ter mais tempo para ler. Ontem, ele disse: eu busco você - me espera aí. Perfeito! Mais tempo disponível para ler. Loucura! Acho que Holmes é a minha cocaína (rs).  E, para minha felicidade, ontem eu fechei a coleção da Zahar (edição de luxo) ao comprar "A Volta de Sherlock Holmes". 

Estou lembrando agora que quando minha mãe leu "Um Estudo em Vermelho" ela devorou em seguida "O Signo dos Quatro" e as "As Aventuras de Sherlock Holmes". Ainda estão na casa dela "As Histórias de Sherlcok Holmes" e "O Último Adeus de Sherlock Holmes". 

É isso, leitor! Cada qual com sua loucura! 

2 de novembro de 2018

Leitura ..??..




Eu tenho problemas com anotações !! 

No início deste ano - parece que foi muito tempo atrás! - eu colei esse papel na borda da minha escrivaninha para anotar as leituras que faria durante o ano. Doce ilusão. Anotei, com esmero, as dez primeiras e depois... o caos se instalou!!

Eu não sou boa em anotar - apesar de gostar de organização, principalmente quando se trata da leitura que faço. Veja o que aconteceu, meticuloso leitor:

Até a leitura dez (se esta for leitura dez) eu tinha aqui no blog postada. Porém, eu não anotei essa leitura na minha lista física. Se você olhar na minha anotação (foto acima), há um pequeno e tímido numeral dez anotado nesta leitura fora de ordem "O Clube de Leitura de Jane Austen". 
Sabendo que a vida nunca acontece da forma que planejamos, com o tempo este episódio foi esquecido e eu segui uma numeração que achei correta. Então, a postagem número dezoito, é na verdade, a número dezenove.
Mas, antes de terminar, eu preciso explicar um fenômeno: minha mente não excluiu a leitura de "Papéis Avulsos" como a leitura doze.  O ser humano é fantástico ! 

Para futuras constatações sobre este bilhete de leitura: não estou lendo "Um Sol para Todos" do Érico Veríssimo. Eu comecei a ler, e logo no prefácio eu descobri que alguns personagens são advindos de outras obras do Veríssimo e, eu não gostaria de conhecê-los fora "de suas origens". Eu tentei ler os primeiros capítulos, mas toda vez que estes personagens apareciam eu ficava ansiosa para saber como eram antes da narrativa de Um Sol.. Então, abandonei a leitura. Eu gostei da trama, mas não consegui continuá-la visto que deixei para trás outras histórias tão significativas quanto a atual. Eu gosto de leituras com interseções (as chamadas crossover) mas quando ambas são conhecidas por mim - tudo faz mais sentido quando o quadro da trama está bem coberto.

Ainda antes no fim, se você, perspicaz leitor, percebeu os "A"s neste bilhetinho, trata-se dos livros que abandonei a leitura. Eu não gosto de praticar "o abandono", mas a vida é muito curta para ler algo que não lhe agrada (por falta substancial de conhecimento "As Montanhas da Loucura" ou por ausência de afinidade "UFO contos não identificados").

Sento somente o que tenho a declarar sobre o assunto,

Despeço-me!

25 de setembro de 2018

Determinação ..


Olá, determinado leitor! 

Como já mencionei em outra publicação, eu voltei a tricotar ! E, estou amando esta prática de brincar com agulhas. Já fiz alguns trabalhos muito bacanas; e,  no momento, estou devendo um par de sapatinhos de bebê a uma amiga e uma surpresa para outra (muita gente grávida rs).

Tricotando para muitos, pouco fiz para mim. 
Na verdade, confeccionei um casaco que não me agradou no resultado:

- primeiro, errei na largura das mangas,
- ficou um pouco "desengonçada" ao vestir.

Desmanchei tudo. E, comecei com um modelo sem receita que achei na internet (modelo abaixo):

E, hoje, ao visitar a página da pessoa, vi a postagem com o sweater pronto. Fiquei mais apaixonada ainda pela peça. 

Para mim, que sou amadora, é difícil tirar uma receita "no olho".  Fucei a internet atrás desse modelo: Robin sweater Helga Isager Birds. 
Eu cheguei a encontrar a receita - em sueco. Infelizmente, não sei sueco e ao google translate não elucidou a receita como desejo.

Busquei mais informações aleatórias, fotos que pudessem auxiliar na confecção desta peça e...voilà! Achei uma página (em inglês) de uma moça que fez este trabalho e explicou um pouco da dificuldade em tricotar a peça. Achei uma peça que foi um norte para a dúvida que eu tinha sobra as mangas (vide foto). 

Deixe-me explicar a minha ótica sobre a blusa do Tumblr (azul): eu busquei várias fotos na página Making Uselles Things sobre a confecção do sweater. Nesta busca, achei uma manga avulsa. E foi esta manga que confundiu minha cabeça pois eu achava que os pontos da manga eram retirados da borda das partes centrais (frente e costas). Foi nesta questão que o blog From de Purl Side ilustrou o que achava que deveria ser: a manga é tricotada com os pontos laterais das duas peças centrais. E mais... as duas peças (frente e costas) são tricotadas juntas para criar a manga. 
Vou precisar de uma agulha maior (rs).

Por enquanto, depois de desmanchar mais de quatro trabalho desde o fim do primeiro casaco, estou somente com esse "pedacinho" que aparece na primeira foto. É pequeno mas, ao terminar, será uma linda peça que me realizará como "tricoteira". 

Contas, desenhos, motivos de trico.. tudo friamente calculado. Chegarei ao fim deste trabalho - mesmo que leve todo o verão! 

21 de setembro de 2018

Negligência vs Ação



Que loucura, negligente leitor! 

É Setembro e eu não li nenhuma literatura em língua francesa!!

Para me redimir comigo, decidi trazer para o Sebo um aprendizado "autodidata" da língua até que eu consiga organizar minhas leituras e incluir um de língua francesa. 
Todos os dias (segunda a sábado), eu farei a leitura de no mínimo três capítulos deste livro para não deixar o vocabulário escapulir da memória! E..com o tempo, pretendo adicionar, também, a leitura de livros de literatura para aprendizado da língua - incluindo áudio. 

Setembro, leitor! Setembro!!!! 


13 de setembro de 2018

Leitura Dezoito..


Olá, leitor!

Semana passada, eu terminei a leitura de A Casa de Gelo, de Alexandre Dumas (pai).
Este livro foi uma leitura extremamente agradável. 
Quando eu comprei este livro, o fiz apenas por vaidade - era um livro do Dumas, e eu o queria na minha estante. Mas, ao terminar a leitura de À Espera de um Milagre, de Stephen King, fui até a estante e peguei este livro nas mãos. Na dúvida, perguntei ao meu marido o que eu deveria ler: A Casa de Gelo ou .. um outro livro que não lembro mais o título. Com uma sólida justificativa ele respondeu: A Casa de Gelo porque está muito frio hoje!
Decidido: Alexandre Dumas foi o escolhido.

A história conta sobre a Rússia durante a guerra russo-turca no ano de 1735 (e durou até 1739).
Este país era governado pela imperatriz Ana - filha de Ivan V e sobrinha de Pedro I (chamado de Pedro, o Grande). 
A Rússia estava sendo flagelada pela guerra - as ruas não eram seguras, o governo  estava abalado e o país sendo invadido por estrangeiros. 

Neste breve contexto, o livro conta a história de um Ministro Artemy Petrovich Volynsky- favorito da imperatriz e o duque da Curlândia Ernesto João de Biron. O primeiro era antigermânico e o outro tinha influência junto  as política do  trono. 

Entre esses dois homens houve grandes disputas. E, como toda boa rivalidade, uma mulher estava entre eles - seria a ruína de um e a ascensão do outro. 

Fiquei cativada com a trama - Dumas sempre usando personagens reais para entreter os leitores e faz da História uma marionete a seu favor.


25 de agosto de 2018

Paixão redescoberta ..


Olá, leitor .. 

Eu redescobri uma paixão antiga: tricotar! 

Quando eu era adolescente e desfrutava de todas as emoções dos treze anos, minha mãe decidiu colocar em prática minha habilidade de tricotar. 
Eu não lembro exatamente como, mas eu acabei em aulas de trico com minha amiga SKD. Lembro das nossas caminhadas até o final do bairro em direção às aulas de tricô com a dona Laura. 

Eu aprendi a tricotar com a mãe de uma amiga (CM). E, como já escrevi, não sei como fui parar nas aulas da dona Laura. 
A mãe dessa amiga tricotava casacos e mais casacos de lã e, para nos distrair, minha amiga e eu pegávamos as agulhas sobressalentes para "brincar" de tricotar. 

Foi nas aulas da dona Laura eu que aprendi a usar de forma correta as agulhas, a formar pontos, fazer cavas de casacos e blusas, barras, acrescentar ou diminuir pontos e tudo o mais que esta arte tem em si. 
Nessa época, eu lembro de ter confeccionado um casaco para mim (roxa com duas listras brancas no ventre) e um casaco infantil (que se tornou um presente para minha sobrinha mais velha).

As aulas de tricô tinham várias alunas - em sua maioria já adultas; somente SKD e eu éramos as adolescentes. Se minha memória não falha, CM também chegou a participar de algumas aulas mas, despois, desistiu. Destas aulas eu lembro de algumas situações específicas: os bolos para o café da tarde, do dia que me tranquei no galinheiro para não tomar remédio (rs) e das idas de uma das alunas ao dentista - ela sempre ia usando um batom vermelho e nós ríamos desta situação.

Mas o tempo passou, a adolescência tornou-se mais viva e as agulhas ficaram de lado. 

Durante algum tempo confeccionei alguns cachecóis e, tentei, uma luva com dedão; sendo este último um fracasso.

Porém, em Maio deste ano, eu decidi colocar as agulhas "em movimento". Assisti um vídeo sobre como fazer uma touca simples e... consegui. Sentindo-me animada novamente, comprei mais alguns novelos, aceitei várias encomendas de familiares e tricotei meias, mantas, toucas, luvas .. E ainda estou apaixonada por tudo. Busquei na casa da minha as agulhas e novelos que havia deixado para trás e agora, tenho uma bolsa só para carregar meus trabalhos em andamento e uma cesta de vime com os novelos que sobraram dos trabalhos que fiz. 
Com toda a minha animação eu descobri algumas coisas: o material é caro e o tempo é curto para querer fazer tudo o que eu quero.
Atualmente, estou fazendo uma malha leve, um cachecol (com a inscrição do Um Anel) e um par de luvas (com motivo Coruja). 
Alguns desafios foram vencidos: conseguir fazer uma touca, uma luva com um dedão perfeito e pontos vazados, aprender a costurar com agulha de tapeçaria - como sofri para aprender isso!
E, um desafio não foi vencido ainda: conseguir tricotar uma meia com dedão separado. Quem sabe, com mais prática e confiança eu saiba terminar este trabalho com louvor.

Vou deixar alguns links dos trabalhos que já fiz:

- Meias 
- Cachecol com motivo Senhor dos Anéis (ainda em produção)...

Eu estou amando todo este trabalho e pretendo fazer outras confecções e desafiar outras mais. 


P.S.: não confunda tricô com crochê 😉

Maratona ..


Olá, anônimo leitor! 

Semana passada meu marido precisou viajar à trabalho. E, desde que esta notícia chegou ao meu conhecimento, eu programei fazer "maldades" na ausência dele.

A minha "maldade" consistiu em assistir as minisséries baseadas nos livros de Jane Austen, Charlote Brontë e Elizabeth Gaskell.

Já tinha muito tempo que eu não assistia essas produções por respeito às obras originais porque sou uma pessoa um pouco confusa: misturo os livros com as minisséries e me perco ao contar as histórias.

Primeiramente, assisti Jane Eyre. Depois Orgulho e Preconceito, Emma, Miss Austen Regrets*, Razão e Sensibilidade. E, para terminar, Cranford.

E a cada capítulo, eu tinha vontade de pegar o livro e ler a história de uma só vez! Infelizmente, por falta de espaço em casa, estes livros estão na casa da minha mãe e, também, eu não abandonaria a leitura da época {À Espera de Um Milagre, Stephen King}.

Foi muito boa esta experiência extra-livro; e, por mais que eu ame Razão e Sensibilidade, eu descobri que tenho um carinho por Emma - e pelo senhor Knightley. 

Com a chegada de Setembro, chega a época de eu ler meu querido Norte e Sul, de Elizabeth Gaskell - motivo pelo qual eu não quis assistir à minissérie.

É isso aí, leitor! 
Termino esta publicação recomendando cada livro - todos valem muito a leitura! 

Omnia Vanitas 💀

* Miss Austen Regrets não é baseado em um livro, mas eu assisti, também, durante a maratona. 



4 de agosto de 2018

Voltei..


Olá, tradicional leitor!

Faz muito tempo que eu não escrevo neste blog. Em parte porque eu estava sem criatividade escrever sobre meus livros, e, em parte porque eu não estava com ânimo.

Voltei à atividade.

As postagens que eu fiz no blog do Sapo.pt estão nesta página com as respectivas datas de publicação.
As leituras concluídas estão atualizadas e a leitura atual também.

Como vê, abandonado leitor, tudo voltou ao normal.



Leitura Doze..



Publicado em 27maio18 no Sapo.pt

Olá, esquecido leitor!

Sinto muito pela ausência durante estes dias (semanas); mas eu não estava com ânimo para escrever (e nem ler). 
Explicações à parte, terminei a leitura de "Papéis Avulsos" de Machado de Assis. Eu gosto muito de ler Machado, mas nesta leitura eu não consegui me entregar por inteiro então, minha interpretação ficou comprometida. 

"Papéis Avulsos" é um livro de contos; e, no seu prefácio, Machado de Assis escreve o seguinte:
 "Avulsos são eles mas não vieram aqui como passageiros que acertam de entrar na mesma hospedaria. São pessoas de uma só família que a obrigação do pão fez sentar à mesma mesa".

O primeiro conto é o famoso "O Alienista". A sequência de contos é uma trama de pessoas loucas. Enquanto eu lia, eu me sentia Simão Bacamarte - com vontade de colocar todos no hospício.Sinto muto não escrever mais sobre o livro, eu realmente não estava sintonizada com a leitura. 


Rachel e Capitu





Publicado em 08maio18 no Sapo.pt

Olá, leitor anônimo!

Ontem à noite, enquanto eu fazia meus trabalhos domésticos, meu marido tentava me convencer à assistir algum filme. Nada do que eu ouvia me convenceu a sentar no sofá. Ele desistiu e, ao olhar para o aparelho de televisão eu vi a capa de um filme "Minha Prima Raquel". Gritei minha descoberta mas não houve parceria por mais de dez minutos - segunda-feira é um dia agitado na casa dos "do Cabo Ferreira".
Entre louça lavada, roupa na máquina, cachorro correndo.. eu assisti ao filme. Eu comecei a assistir apenas para decidir se eu deveria ou não comprar o livro. 

A tal prima Raquel é viúva do tutor de Phillip. Após o falecimento do tutor, Phillip vai ao encontro da sua prima para desmascará-la e culpá-la pela morte do marido.
Pobre Phillip. Apaixonou-se euforicamente por Raquel. Deu-lhe sua herança, as jóias da família e lhe creditou todo o amor que poderia ter em seu jovem coração. Porém, a prima não respondeu ao mesmo amor. Ele perdeu a razão sobre tudo ao redor.
Eu não contarei o desfecho do filme e anseio pela leitura desta obra de Daphne du Maurier.
O filme trouxe à minha lembrança uma obra clássica de Machado de Assis: Dom Casmurro.
Todo o ciúmes de Bentinho, suas acusações contra Capitu .. A narrativa deixa o leitor em dúvida sobre o caráter da esposa de Bentinho. Ainda é um mistério para os leitores a fidelidade de Capitu ao ciumento marido.
O mesmo eu senti sobre Raquel. Tudo nela pareceu ambiguo. O ciúmes, as dúvidas, as acusações.. Bentinho está para Phillip com Capitu está para Raquel.

Leitura Onze..


Publicado em 04maio18 no Sapo.pt

Olá, leitor!

Quando eu decidi começar a leitura de Os Catadores de Conchas, de Rosamunde Pilcher, eu pensei que seria uma leitura aconchegante. Talvez, até seja; mas não para mim. Eu precisava de um romance "água com açúcar" mas o que encontrei foi uma discussão familiar que me tirou um pouco da paz que eu tinha.
Levei a leitura adiante mesmo querendo parar. Eu precisava saber o que aconteceria com o quadro Os Catadores de Conchas e saber quem era Olívia. Meu ponto alto (e definitido para encerrar a leitura) foi a decisão tomada por Penelope para as telas e o quadro - herança de seu pai, Lawrence Stern.  
Cansei das brigas da filha Nancy e o filho Noel. O temperamento egoísta e avarento destes filhos me tiravam o sossego que eu buscava na leitura. Quanto a Danus e Antonia, fico satisfeita em saber que estarão bem, no final. Termino o livro no capítulo que narra a vida do jardineiro.

Penelope Keelling é uma mulher de 64 anos que viveu o auge da sua juventude durante a Segunda Guerra Mundial. Pai pintor e mãe francesa, sua vida foi muito alegre e expressiva - mesmo durante os anos bélicos. Mãe de três filhos: Nancy, Olívia e Noel, o trio participa da sua vida dentro da narrativa - cada qual conforme sua personalidade. E, a trama está em torno do presente de casamento deixado à Penelope, por seu pai, no dia do seu casamento com (o traste) Ambrose: o quadro Os Catadores de Conchas. O antigo pintor volta a ser reconhecido no mercado, e muitas mãos querem tomar posse desta obra.
Viagens, jardins, família, guerra, paixão .. o enredo possui vários temas; mas o trio Ambrose, Nancy e Noel azedaram minha leitura - por isso estou finalizando-a hoje. O destino do quadro foi decidido. Minha leitura chegou ao fim.

15 de abril de 2018

Leitura dez..


Olá, anônimo leitor!

Hoje, eu terminei a leitura de O clube de leitura de Jane Austen, da Karen Joy Fowler. 

Este era um livro que eu ansiei muito para que houvesse a publicação em PT. E, para celebrar com graça, foi um presente do meu marido - sem motivo algum, segundo ele, apenas porque eu merecia ganhar este livro. Que lindo! 💘

Eu já havia assistido o filme homônimo algumas vezes e o livro me deu a mesma sensação gostosa de leitura quanto o filme. 

Um clube de leitura com seis participantes; um livro da Jane Austen por mês. A vida dos personagens se cruzam com a leitura com seus enredos particulares; cada um com suas convicções, planos, sociedade - é um grupo diferenciado que durante a leitura eu me perguntei como podem conviver em amizade. E, de todos os personagens, Bernadette é quem tem as melhores histórias. 

Eu recomendo a leitura - muito fácil, ainda mais se você já conhece os seis livros de Jane Austen que permeiam esta trama. É uma leitura leve e gostosa que parece chuva com chocolate quente embaixo do cobertor. 



11 de abril de 2018

Segundo abandono.. Joana D'arc 3/3


Sinto muito, determinado leitor, mas eu abandonei a leitura de Joana D'arc de Mark Twain. 

Fiquei pela página 80 e poucos - antes de 89. Eu não consegui gostar da leitura. Quando eu li Dumas, achei que era uma história com muitas fábulas de quem foi Joana D'arc - antes das batalhas e da prisão.
Mark Twain criou uma vida cheia de fantasia para esta heroína; e alguns diálogos eu achei muito chatos: a defesa das fadas após a sua expulsão, sobre um determinado estômago puro de um suposto ladrão.

Infelizmente, minha determinação foi abalada e eu abandonei a tercei Joana D'arc. 
Ainda não decidi se vou colocá-lo à venda ou vou deixar na minha prateleira. 


8 de abril de 2018

Leitura nove .. Joana 2/3



Olá, planejado leitor!

Mais uma leitura terminada. Mais uma Joana concluída.

Esta foi a segunda leitura sobre a heroína francesa. O livro é um romance de Alexandre Dumas, Joana D'arc.

Dumas conta a história de Joana desde o seu nascimento até a sua morte. A parte da história que se  referente a morte desta personagem não há enxertos para compor a trama pois há registros que apresentam o martírio que acompanhou aquela que levou Carlos VII ao trono.
Porém, do nascimento à juventude (exceto quando esta ingressa na carreira militar), nada se sabe em como viveu Joana D'arc. Dumas, então, cria um nascimento quase messiânico para Joana:

Na noite em que nasceu Joana, a do dia de Reis de 1412 (...) uma ligeira brisa surgiu pela noite, impregnada dos suaves odores que só se respiram nos crepúsculos de maio; (...) então pareceu que uma estrela se destacou do céu e desenhando no espaço um traço luminoso, foi na casa de Jacques d'Arc.
E, ao descrever as ações e intensões desta heroína, torna-a um ser quase celestial.

Na minha opinião, somente após a prisão de Joana que a história se torna verossímil; antes disso, tudo o que se faz é preencher lacunas e adicionar frases não ditas para compor a trama. 

28 de março de 2018

Leitura oito.. Joana 1/3

"Os juízes não a querem santa. Também não a querem militar" (p.185)
Logo após a leitura de "O Clube Dumas" eu resolvi colocar em prática um projeto de leitura que planejei em 2017. E, nesta semana, eu terminei a primeira das três partes desta empresa.

Claude Bertin foi quem supervisionou este volume de Os Grandes Julgamentos da História: Joana D'arc.  Este é o quarto tomo desta coleção da editora Otto Pierre. Esta edição apresenta ilustrações da Bibliothèque National, agência Roger Viollet e uma gama bibliográfica que serviu de fonte para a composição deste livro.

Carlos V construiu com um bom território para a França. Carlos VI não soube o que fazer com este patrimônio real. Carlos VII não sabia se era apto para assumir o trono. Joana D'arc trouxe um rei para a França e a Inglaterra a queimou por bruxaria.

Joana D'arc se envolveu na luta pela França quando a Guerra dos Cem Anos estava acontecendo. A França havia perdido batalhas significativas para a Inglaterra: Crécy (1346) , Poirtiers (1356) e Azincourt (1415); e cada uma que era acrescentada tornava o território inglês maior. 
No ano de 1429 o certo a Orleans trouxe um novo ar para derrotada França. E seu líder foi Joana D'arc.

Joana D'arc foi uma camponesa que saiu da casa patriarcal e foi lutar pelo seu país. Despojou-se das roupas femininas e vestiu-se como guerreiro. Esta jovem trouxe à França vitórias e coroou um rei abatido. Depois desta glória a França a esqueceu e permitiu que sua redentora fosse queimada como bruxa pelos seus inimigos.

A igreja (inglesa) não a queria por santa, eles não aceitariam suas visões e suas profecias; mas não puderam dizer que as visões não possíveis ou estariam condenando todos os profetas bíblicos.
O controverso julgamento desta jovem lhe custou a vida quando tinha apenas dezenove anos. 
A Inglaterra juntou provas, e forjou outras tantas, para lhe condenar como bruxa; caso contrário, teriam que admitir que Deus estava contra eles. 
De todas as acusações, poucas foram comprovadas para lhe dar o veredito de culpada; portanto, culpar-lhe pelos trajes masculinos que vestia foi o que a levou à fogueira. 

A fervorosa jovem cristã pedia para que o Papa lhe soubesse o caso e, julgando ele que ela falava mentiras, aceitaria a condenação. Mas o Papa nunca foi chamado, porém, conhecia o caso de Joana. Segundo Bertin "a verdade é que toda a época foi cúmplice da condenação". Em toda a parte se sabia sobre a virgem guerreira que coroou o rei da França; porém, nem mesmos Carlos VII não se pronunciou em momento algum sobre um resgate para o seu soldado. 

Entretanto, quase vinte e cinco anos depois da morte da herege, o Papa contemporâneo, Calisto III, foi feita a reabilitação da jovem guerreira. Carlos VII se pronunciou, os guerreiros que estavam com ela também deram contribuição para o novo julgamento e, as amigas de Joana D'arc foram ouvidas. 
Apesar das declarações e louvores à jovem devota, pouco se sabe soube como ela era fisicamente; exceto a cor dos cabelos: castanhos. Nenhum esboço serviu para dar rosto àquela mulher.

A igreja lhe condenou pelas roupas de homem que vestiu;  mas a virgindade lhe tornou santa.

Você pode acreditar ou não, crédulo leitor, que Joana D'arc tinha visões e ouvia vozes dos santos; fato é que esta jovem mulher liderou batalhas - e venceu a maioria delas sem nunca ter treinado para isso. Você pode acreditar ou não, mas ela foi eloquente o suficiente para dobrar um rei a fazer  o que ela queria. Ela o corou rei de uma nação desesperada. A vida de Joana D'arc foi verdade. Seus atos são verdade. 

No ano de 1929, Joana D'arc foi canonizada. 








Novela ..

Nathalia Dill é Elisabeta Benedito em Orgulho e Paixão

Olá, noveleiro leitor! 

Eu estou achando fantástica a adaptação das obras (principais) de Jane Austen. Orgulho e Paixão é a novela das dezoito horas da emissora Rede Globo.  

Elisabeta Benedito e Darcy Williamson são personagens inspirados em Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy, respectivamente (Orgulho e Preconceito).

As irmãs da família Benedito são um misto de personagens de outros romances:

Jane - Jane Bennet: Orgulho e Preconceito
Cecília - Catherine Morland: A Abadia de Northanger
Lídia - Lídia Bennet: Orgulho e Preconceito
Mariana - Marianne Dashwood: Razão e Sentimento
Alison Steadman, Mrs Bennet, 1995.

E a mãe histérica? Ela está na trama, também; chama-se Ofélia* e é interpretada por Vera Holtz. Mas, Mrs. Bennet sempre terá a atriz Alison Steadman como o suprassumo da perfeição! É a voz dela que ouço todas as vezes que leio Orgulho e Preconceito.


A trama Global ainda apresenta Ema (Emma Woodhouse, do romance Emma); Coronel Brandão (Coronel Brandon, Razão e Sentimento); Susana (Susan, Lady Susan); Camilo Bittencourt (Mr. Bingley, Orgulho e Preconceito) etc. Todos as personagens boazinhas e vilãs (que falta faz a tia Norris!) podem ser encontradas neste link; e para saber quem é quem nos livros da senhorita Austen, basta ler - ou assistir aos filmes/minisséries.

Apesar de todos terem um pouco de Austen, a interpretação de Nathalia Dill para sua Elisabeta tem me arrebatado! Ela consegue atuar mostrando uma Eliza muito coerente com a personagem de Austen. E, outra coisa que eu gostei foram as cores das roupas de Dill; são lindas - sempre com uma cor vermelha para destacar o espírito penetrante da personagem. Eu estou adorando esta versão da sagaz Lizi Bennet. E Mr. Darcy? Thiago Lacerda é perfeito para o arrebatador Darcy!!! Os sorrisos ... aaahhh !!! 

Estou apaixonada por tudo nesta novela, incluindo a fotografia - perfeita! 

Recomendo os romances de Austen e a novela Orgulho e Paixão!

Elizabeta e Darcy (Nathalia Dill e Thiago Lacerda)




*na obra de Jane Austen os pais das irmãs Bennet não possuem nomes próprios, eles são chamados, apenas, de Mr. e Mrs. Bennet.

15 de março de 2018

Coleção..


Olá, anônimo leitor!

Depois de muito tempo e muito decidir, comprei esta edição de Os Maias, do português Eça de Queiroz. Trata-se da terceira edição, não há o ano de publicação - infelizmente - mas reza a lenda que a data gira em torno de 1904. 

Estes exemplares são velhinhos, desbotados, cheios de imperfeições e marcas; ou seja,  eles são  lindos!

12 de março de 2018

Leitura sete..


Olá, leitor anônimo!


O desafio deste mês de Março pedia uma leitura de suspense policial. 
O Clube Dumas, de Arturo Pérez-Reverte não é exatamente policial - apesar de toda a investigação que ocorre ao longo da trama; mas é um livro de suspense. 

Lucas Corso, caçador de livros, tem duas missões em suas mãos: autenticar um capítulo de Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas père; e, também, legitimar um livro que tem o poder de invocar o diabo. 

Para um caçador mercenário como Corso, a tarefa não é difícil: ele conhece os caminhos de deve seguir para concluir seu trabalho; porém, situações inexplicáveis se apresentam em sua frente depois que ambos manuscritos estão sob sua responsabilidade.

O livro aborda o mundo dos livros raros. A investigação sobre a autenticidade da publicação: desde a textura de uma folha, o impresso de uma página, o couro da capa - cada tempo, cada impressão tem a personalidade de seu tempo. Quando um bibliófilo quer ter em seu acerto um  Dante, um Cervantes ou mesmo um Dumas, tudo deve ser averiguado com muito cuidado e atenção para que nada possa gerar dúvidas quanto a veracidade do exemplar. E toda essa manobra movimento cifras financeiras altíssimas. Porém, o orgulho de expor um livro tão importante da história literária faz do seu dono um ser orgulhoso da posse que tem. 
As visitas de Lucas Corso à livreiros de coleções raras, restauradores e encadernadores de livros, bibliófilos é a descrição de lindos cenários para os amantes de livros. 

Este livro de Arturo Pérez-Reverte é um romance obscuro sobre o mundo literário de um seleto grupo de colecionadores, que com dinheiro e jogadas arriscadas, pode fazer parte.


*Choque de Cultura, canal Omeleteve.

4 de março de 2018

Leitura seis..


Fim da sexta leitura e segunda leitura do Desafio Literário
O desafio do mês de Fevereiro propôs a  leitura indicada por um amigo. 
Os Pilares da Terra foi uma indicação da minha amiga BRK. Faz quase cinco anos que este livro estava na prateleira e eu precisava de uma coragem para começar a ler - é minha primeira leitura de Ken Follett e eu não sabia se iria gostar. E esse "empurrão" do desafio literário me proporcionou a oportunidade de ler este clássico. Por se tratar de uma obra longa, eu fiz marcações de leitura para não me perder no prazo final do calendário.

Eu gostei do enredo. A história é muito bem detalhada e as personagens bem caracterizadas. Eu tinha apenas uma preocupação: Ken Follett é historiador? 
Eu tentei procurar alguma informação sobre a formação deste escritor mas não achei nada que indicasse tal cátedra. 
A minha dúvida é porque há muita informação sobre a cultura daquela época - informação detalhada de hábitos e costumes. E, comparando com as informações sobre a arquitetura da época, eu me perguntei se as atividades descristas sobre a cultura diária das personagens também tinham um fundo histórico na narrativa.

A principal preocupação na época da narrativa era a perda do domínio eclesiástico sobre reis e reinos. A função de construir tais catedrais estava ligada ao poderio eclesiástico sobre os monarcas. O próprio respeito ao "homem de Deus" deveria ser algo que levasse o homem às 'chamas do Inferno' ao tocar ou verbalizar contra tais entidades. Quanto mais poder exercessem sobre os governados e governantes mais forte se tornaria como pedra de esquina.
Na época da narrativa do livro, o conhecimento de que Deus se alegrava com este tipo de arquitetura e que, principalmente, fazia parte do indulto cristão uma atividade como construir uma catedral  para remissão dos pecados tanto de quem as construía e  daquelas que a planejavam era um pensamento comum - nem por isso correto. Pensar na prática religiosa através dos tempos - ou mesmo entender o Antigo e o Novo Testamento cristão- é algo que somente a compreensão da história poderá explicar. E, convenhamos, anônimo leitor, que a Idade Média não foi uma das melhores épocas para se conversar sobre religião.
E por falar em religião, os judeus também tinham sua conotação de "bem-afortunados" através de suas práticas de empréstimo/venda. 
Por essas e outras anotações que eu questiono se Ken Follett baseou-se somente na arquitetura histórica ou em outras culturas para representar seus personagens.

Sobre a época da narrativa, algo que chamou minha atenção foi a personalidade das mulheres. As personagens que se mantinham dentro do elenco principal eram,  em sua maioria, de caráter forte e inteligentes - justo numa Idade Média que elas eram queimadas se representassem menos que isso.

Senti falta de um final para Martha; ou eu a perdi uma parte de história.

Se irei reler? Não sei. Eu não pretendo me desfazer deste exemplar. A primeira leitura, na minha opinião, quando não arrebata o leitor de primeira é porque precisa de uma releitura para captar um pouco melhor a essência da obra. Acredito ser esse meu caso. Gostei da leitura mas talvez eu não tenha chegado ao fim desta. 




31 de janeiro de 2018

Dias Marcados..


Olá, organizado leitor.

Amanhã será o início (oficial*) da segunda leitura marcada no Desafio Literário
Neste mês, a leitura indicada é uma sugestão. Foi-me sugerido este livro do Ken Follet, Os Pilares da Terra pela minha amiga BRK. Faz já uns quatro anos que tenho esta indicação na minha prateleira. E, agora, chegou o momento. 
Por se tratar de uma leitura longa (941 páginas), eu precisei colocar metas de leitura diária para não ultrapassar os vinte e oito dias de Fevereiro. 
Haverão dias que a meta será ultrapassada e dias que não conseguirei cumpri-las; por isso, um pouco de organização não mata ninguém. 

Então, regrado leitor, sigamos este mês olhando para um alvo afim cruzarmos a linha de chegada satisfeitos por havermos cumprido o desafio de modo pleno.





*leitura iniciada em 30/1/18.


30 de janeiro de 2018

Leitura cinco..


Olá, saudoso leitor!

Fim de mais uma leitura! E, hoje, eu não vou publicar no blog porque escreverei no meu caderno (físico) de leitura. Bateu uma nostalgia em escrever. 
Mas fica a dica de leitura, Cranford de Elizabeth Gaskell. 
Notas interessantes: Gaskell foi amiga de Charlotte Brontë e Charles Dickens. Este amigo teve algumas discussões com Gaskell chegando a dizer que tinha "pena" do marido desta por ter uma mulher com o temperamento como ela. Gaskell era leitora de Jane Austen #AguentaEssaMissBronte

27 de janeiro de 2018

Leitura quatro..


Olá, nobre leitor!

Hoje, mais uma leitura foi concluída: Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. Esta edição é portuguesa, ô pá! (nada de gerúndios). E, uma das formas de escrita que eu adoro ler foi usada: mesóclise! Sou apaixonada por este pronome oblíquo átono. Simplesmente apaixonante ler um "esta noite dar-lhe-ei algo para lhe aquecer o coração" e "ter-lhe-ia fechado a porta na cara..". E outra aplicação escrita que adoro: quando o pronome oblíquo não inicia frase: "Acabaram-se as reprimendas" e "Divirtam-se, queridas". Ah.. a etiqueta escrita é linda! Sem contar que as conversas são usadas na segunda pessoa do singular (e plural). Lindo! 

Esta leitura apresentou um pouco de dificuldade para eu começar a ler: ao terminar de ler A Cor Púrpura - que é um livro muito comovente em sua narrativa, iniciada com uma descrição triste e tudo mais.. Mulherzinhas pareceu "fútil": quatro meninas sentadas perto de uma lareira a lamentar por não ganharem presentes de Natal. Tão adverso da leitura anterior.
Porém, depois da discussão de Jo e Amy, eu comecei a me interessar pela história de Alcott.

Louisa May Alcott foi uma escritora de literatura infanto-juvenil e este clássico é uma representação da sua vivência em família - as irmãs March são a representação de si e suas irmãs.

Trata-se uma novela juvenil: seis mulheres vivem um ano sozinhas - enquanto o marido está servindo na guerra americana como sacerdote. A mãe (senhora March), a empregada Hannah e as filhas do casal March: Meg, Jo, Beth e Amy estão sozinhas em casa, vivendo as dificuldades de uma sociedade em guerra.
As quatro meninas são o foco principal da narrativa; cada personalidade é um ensino a ser aprendido pois trata-se de um livro de virtudes juvenis - e as dificuldades (ou fardos) de cada menina as levam a ser uma pessoa melhor.
O livro de cabeceira desta família é O Peregrino de John Bunyan - clássico da literatura cristã. Os ensinamentos do livro e a fé do casal March em Deus fazem parte do ensinamento virtuoso das filhas.

O título, na tradução, parece um pouco tolo, visto que mulherzinha é um sinônimo de fraqueza neste mundo machista; porém, na história, as jovens March precisam se portarem como pequenas mulheres, ou seja, devem pegar para si os deveres da uma vida adulta em um momento cívico crítico e com uma situação financeira precária que ajudará a moldar o caráter das meninas.

E, ao terminar a leitura, percebe-se que há um "Q" de continuação. E, realmente há; estes são o livros (que vou procurar para compor meu acervo):

1) Mulherzinhas
2) Boas Esposas
3) Um colégio diferente
4) A Rapaziada de Jô

Despeço-me aqui! Até a próxima leitoras, raparigas e rapazes!



21 de janeiro de 2018

Leitura três..



Querido leitor,

Eu conheci este livro da Alice Walker no início da minha juventude. E, depois de lê-lo, ao assistir o filme eu estava em prantos na primeira cena de Celie com Nettie.


A história conta a vida de duas irmãs que vivem vidas opostas: enquanto Celie vive conforme lhe designam, Nettie procura por uma vida melhor.
Ao se separar de Celie, Nettie promete lhe escrever sempre: infelizmente a irmã não recebeu nenhuma carta da sua irmã. 

A vida de Celie é triste: é estuprada pelo pai, seus dois únicos filhos são levados para a adoção, ela é dada em casamente ao um homem que não lhe trata melhor que seu pai, em sua nova casa ela é maltratada pelos filhos do marido que a reconhecem como uma pessoa com autoridade sobre elas. Mas ainda assim, Celie vive; ela espera receber notícias de sua irmã e enquanto isso escreve para Deus sobre seu cotidiano.

Aos poucos, ela recebe um tratamento humano de uma pessoa inesperada. Este amparo promove um novo olhar para a protagonista. 

Este é um livro triste, com uma história triste que sofre racismo e machismo em um grau alto e intolerável. Trata-se de uma narrativa com esteriótipos que comove em cada página; é uma história com personagens que são um exemplo de força e superação. 

Em meio a este sofrimento há uma cena que me faz rir junto com os personagens:
Bom, o Grady falou, tentando trazer a luz. Uma mulher num consegui um homem, se as pessoa falam.A Docí olhou pra mim e a gente riu. Aí a gente começou a dar e dar risada. Então a Tampinha começou a rir. Depois a Sofia. A gente quase morreu de rir.A Docí falou, Eles num são dimais? A gente falou hum, hum, e batemo na mesa, e limpamo a água dos olhoHarpo falou pra Tampinha, Fica quieta, Tampinha, ele falou. Dá má sorte rir de homem.Ela falou, Tá bem. Ela sentou reta, ingulindo a respiração, tentando num mexer a boca.Ele olhou pra Sofia. Ela olhou e riu na cara dele. Eu já tive minha má sorte, ela falou. Eu já tive o bastante pra poder rir o resto da minha vida.
Termino por aqui, querido leitor. Recomendo com muita segurança a leitura desta obra.

Omnia Vanitas. 💀

O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...