27 de janeiro de 2018

Leitura quatro..


Olá, nobre leitor!

Hoje, mais uma leitura foi concluída: Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. Esta edição é portuguesa, ô pá! (nada de gerúndios). E, uma das formas de escrita que eu adoro ler foi usada: mesóclise! Sou apaixonada por este pronome oblíquo átono. Simplesmente apaixonante ler um "esta noite dar-lhe-ei algo para lhe aquecer o coração" e "ter-lhe-ia fechado a porta na cara..". E outra aplicação escrita que adoro: quando o pronome oblíquo não inicia frase: "Acabaram-se as reprimendas" e "Divirtam-se, queridas". Ah.. a etiqueta escrita é linda! Sem contar que as conversas são usadas na segunda pessoa do singular (e plural). Lindo! 

Esta leitura apresentou um pouco de dificuldade para eu começar a ler: ao terminar de ler A Cor Púrpura - que é um livro muito comovente em sua narrativa, iniciada com uma descrição triste e tudo mais.. Mulherzinhas pareceu "fútil": quatro meninas sentadas perto de uma lareira a lamentar por não ganharem presentes de Natal. Tão adverso da leitura anterior.
Porém, depois da discussão de Jo e Amy, eu comecei a me interessar pela história de Alcott.

Louisa May Alcott foi uma escritora de literatura infanto-juvenil e este clássico é uma representação da sua vivência em família - as irmãs March são a representação de si e suas irmãs.

Trata-se uma novela juvenil: seis mulheres vivem um ano sozinhas - enquanto o marido está servindo na guerra americana como sacerdote. A mãe (senhora March), a empregada Hannah e as filhas do casal March: Meg, Jo, Beth e Amy estão sozinhas em casa, vivendo as dificuldades de uma sociedade em guerra.
As quatro meninas são o foco principal da narrativa; cada personalidade é um ensino a ser aprendido pois trata-se de um livro de virtudes juvenis - e as dificuldades (ou fardos) de cada menina as levam a ser uma pessoa melhor.
O livro de cabeceira desta família é O Peregrino de John Bunyan - clássico da literatura cristã. Os ensinamentos do livro e a fé do casal March em Deus fazem parte do ensinamento virtuoso das filhas.

O título, na tradução, parece um pouco tolo, visto que mulherzinha é um sinônimo de fraqueza neste mundo machista; porém, na história, as jovens March precisam se portarem como pequenas mulheres, ou seja, devem pegar para si os deveres da uma vida adulta em um momento cívico crítico e com uma situação financeira precária que ajudará a moldar o caráter das meninas.

E, ao terminar a leitura, percebe-se que há um "Q" de continuação. E, realmente há; estes são o livros (que vou procurar para compor meu acervo):

1) Mulherzinhas
2) Boas Esposas
3) Um colégio diferente
4) A Rapaziada de Jô

Despeço-me aqui! Até a próxima leitoras, raparigas e rapazes!



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