4 de março de 2018

Leitura seis..


Fim da sexta leitura e segunda leitura do Desafio Literário
O desafio do mês de Fevereiro propôs a  leitura indicada por um amigo. 
Os Pilares da Terra foi uma indicação da minha amiga BRK. Faz quase cinco anos que este livro estava na prateleira e eu precisava de uma coragem para começar a ler - é minha primeira leitura de Ken Follett e eu não sabia se iria gostar. E esse "empurrão" do desafio literário me proporcionou a oportunidade de ler este clássico. Por se tratar de uma obra longa, eu fiz marcações de leitura para não me perder no prazo final do calendário.

Eu gostei do enredo. A história é muito bem detalhada e as personagens bem caracterizadas. Eu tinha apenas uma preocupação: Ken Follett é historiador? 
Eu tentei procurar alguma informação sobre a formação deste escritor mas não achei nada que indicasse tal cátedra. 
A minha dúvida é porque há muita informação sobre a cultura daquela época - informação detalhada de hábitos e costumes. E, comparando com as informações sobre a arquitetura da época, eu me perguntei se as atividades descristas sobre a cultura diária das personagens também tinham um fundo histórico na narrativa.

A principal preocupação na época da narrativa era a perda do domínio eclesiástico sobre reis e reinos. A função de construir tais catedrais estava ligada ao poderio eclesiástico sobre os monarcas. O próprio respeito ao "homem de Deus" deveria ser algo que levasse o homem às 'chamas do Inferno' ao tocar ou verbalizar contra tais entidades. Quanto mais poder exercessem sobre os governados e governantes mais forte se tornaria como pedra de esquina.
Na época da narrativa do livro, o conhecimento de que Deus se alegrava com este tipo de arquitetura e que, principalmente, fazia parte do indulto cristão uma atividade como construir uma catedral  para remissão dos pecados tanto de quem as construía e  daquelas que a planejavam era um pensamento comum - nem por isso correto. Pensar na prática religiosa através dos tempos - ou mesmo entender o Antigo e o Novo Testamento cristão- é algo que somente a compreensão da história poderá explicar. E, convenhamos, anônimo leitor, que a Idade Média não foi uma das melhores épocas para se conversar sobre religião.
E por falar em religião, os judeus também tinham sua conotação de "bem-afortunados" através de suas práticas de empréstimo/venda. 
Por essas e outras anotações que eu questiono se Ken Follett baseou-se somente na arquitetura histórica ou em outras culturas para representar seus personagens.

Sobre a época da narrativa, algo que chamou minha atenção foi a personalidade das mulheres. As personagens que se mantinham dentro do elenco principal eram,  em sua maioria, de caráter forte e inteligentes - justo numa Idade Média que elas eram queimadas se representassem menos que isso.

Senti falta de um final para Martha; ou eu a perdi uma parte de história.

Se irei reler? Não sei. Eu não pretendo me desfazer deste exemplar. A primeira leitura, na minha opinião, quando não arrebata o leitor de primeira é porque precisa de uma releitura para captar um pouco melhor a essência da obra. Acredito ser esse meu caso. Gostei da leitura mas talvez eu não tenha chegado ao fim desta. 




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