25 de novembro de 2017

Thelma e Louise..



Olá, novamente, leitor! 

Deixe-me escrever agora sobre este filme que eu nunca havia assistido e, agora, já o assisti duas vezes: Thelma e Louise.

Eu achei fantástica esta história. 

Duas mulheres decidem passar o final-de-semana longe dos seus companheiros: Thelma vive um casamento e Louise um namoro e ambas estão frustradas com seus respectivos parceiros. 
Malas prontas, selfie tirada e pé-na-estrada! 

Primeira parada: um bar para relaxar antes de seguir viagem. E foi aí que tudo começou a sair do plano original. 
Thelma é assediada e quase estuprada. Louise, em defesa e em fúria, atira no canalha e o ditocujo morre. 

Agora é uma corrida para fugir da Lei. Caminho: México... e Brad Pitty no caminho.

Eu gosto deste filme porque ele não é um drama melabobo de duas mulheres que choram a sorte durante a trama. Claro que há o desespero pelo ocorrido, mas um plano é colocado em prática e assim segue. A amizade muito bem desenhada - para o meu gosto; não existe choramingo sobre isso ou aquilo. Há discussões, palavras grosseiras dos momentos insanos - evento superado e o plano segue em frente! A amizade continua sem drama. E, quando tudo dá errado de novo: um novo plano é feito.

Depois de se despojarem da maioria das coisas, a vestimenta, também, é alterada. Thelma esquece os vestidos rosas e Louise de se manter maquiada. A estrada muda o ponto de vista: pressa e discrição são urgentes. 

E o final? Eu adorei! Nada poderei ser como antes - e não deveria ser. 


Vigésima oitava leitura..


Olá, leitor anônimo!

Ontem, eu terminei mais uma leitura.  Já fazia algum tempo que eu precisava colocar meu francês em andamento. E, por pura negligência, fiquei dois meses sem uma leitura substancial da língua - o que atrasa todo meu processo de aprendizagem do idioma. Mais..voilà! Comecei a leitura do livro de Sempé e Goscinny Joachim a des ennuis: une aventure du petit Nicolas ! Foi a primeira leitura deste volume. E, ao procurar algo sobre o livro na internet, descobri que este não é mais o título original; ao encontrar um coffret com sete livros contendo catorze aventuras do pequeno Nicolau { C'est chouette!! ... malheureusement, le coffret n'est pas publié là!  😭 } neste coffret o livro "Joachim a .." foi substituído por "Le Petit Nicolas a des ennuis" - e o primeiro capítulo continua sendo o primeiro título do livro. 
Realmente, quando eu comprei esse livro, imaginei que seriam histórias sobre o Joachim - com algumas participações do Nicolas. Porém, o contrário é o correto. Joachim aparece tanto quanto os outros amigos de Nicolas. 

Neste enredo o problema começa com Joachim ganhando um irmão. Todos se assustam com a vinda de um novo membro na família do amigo, e entendem quais serão os sacrifícios que o pobre Joachim deverá fazer por causa do irmãozinho. 
Depois deste primeiro susto, as aventuras são fora deste foco - e tão divertidas quanto a primeira! 

Quando aluguei o primeiro livro sobre este personagem (La Rentrée du Petit Nicolas), a bibliotecária me avisou que os outros livros não eram tão engraçados quanto este. Anônimo leitor, ela esta enganada. Li apenas dois livros depois do primeiro, e ambos me deixaram tão satisfeita quanto a primeira leitura! Nicolas e seus amigos são muito divertidos e cheios de manha. Impossível não se divertir com essa turma. 
Há edições traduzidas para o português, e eu recomendo à você, leitor. É uma leitura bem descontraída que leve quem o lê às lembranças das brincadeiras da infância e as traquinagens. Dê-se o prazer de conhecer le petit Nicolas..







23 de novembro de 2017

Le Petit Nicolas .. le film


A primeira vez que ouvi sobre este menino foi em uma aula de francês, quando eu morava em Joinville e escudava na Aliança Francesa. 

Com a mudança de cidade, eu descobri uma biblioteca francesa que tinha alguns livros deste personagem. E, desde a primeira leitura, eu me apaixonei pelo menino.

Nicolas e seus amigos estão sensacionais neste filme de 2010. 
A trama é composta de aventuras de diferentes livros: como eu tenho apenas três leituras - identifiquei "La Rentrée du Petit Nicolas" e "Joachim a des Ennuis" (leitura atual). Eu, também, li "Les Vacances du Petit Nicolas" mas não houve nenhuma referência sobre este livro (que eu tenha notado).

Tudo no filme é encantador, minha única frustração foi encontrar o filme apenas na versão dublada. Adoraria ouvir essas figurinhas na língua materna.

Como já escrevi, o enredo engloba alguns livros mas a história é muito bem encaixada; e uma das minha cenas preferidas de "La Rentrée.." é encenada. "Les Invincibles" se encontrarão em um terreno baldio para uma reunião e a palavra secreta deve ser dita: "Courage Indomptable" e claro que o Clotaire esquece a senha e o "porteiro" é Alceste (e sua fome).{versão do livro}. Infelizmente, no filme, Alceste n'était mager pas son petit pain au chocolat.
Apesar do meu personagem preferido ser o Alceste (depois do Nicolas, é claro), eu comecei a gostar muito do Clotaire.

O filme conta que Nicolas sente que seus pais o querem longe, depois da suposta gravidez da sua mãe. O enredo está em torno do que fazer para evitar que ele seja banido de casa.
Muita confusão, gritaria, manha e risada garantida quando a turma está reunida para ajudar o pequeno Nicolau! 

Recomendo, e ainda quero assistir este filme na língua original (e um dia, sem legenda em PT).

15 de novembro de 2017

Vigésima sétima leitura..


Olá, leitor anônimo!
Fim de mais uma leitura! E fim, também, dos clássicos de Jane Austen - este ano. 
Terminei com o primeiro livro publicado desta inglesa renomada: Razão e Sentimento (ou Sensibilidade, como queira).

Este é o meu livro preferido da Jane Austen. Mesmo que Orgulho e Preconceito me roube mais suspiros, este é o meu xodó.

O enredo conta a história conforme o site da Saraiva.com :
As irmãs vivem em uma sociedade rígida, e ambas tentam sobreviver a esse mundo cheio de regras e injustiças. Tanto a sensível e sensata Elinor como a romântica e impetuosa Marianne se veem fadadas a aceitar um destino infeliz por não possuírem fortuna nem influências, obrigadas a viver em um mundo dominado por dinheiro e interesse. As duas personagens passam por um processo intenso de aprendizagem, mesclando a razão com os sentimentos em busca por um final feliz.
Enquanto Marianne vive os arroubos sentimentais de todo gênero, Elinor é a sensata das três irmãs - sim, ainda há Margaret, mas ela é apenas um personagem.

Sendo Elinor a minha personagem preferida, deixe-me granjear mais elogios para esta protagonista.
Entre as mulheres símbolos dos seis romances (completos e publicados) de Jane Austen, Elinor Dashwood é a heroína que não precisa ser remendada para completar o final de trama. Enquanto Elizabeth Bennet precisa sofrer com seu preconceito em relação a Mr. Darcy, Emma precisa corrigir sua atitude para ser completa, Catherine precisa superar suas desilusões e Anne - até mesmo Anne Elliot precisou rever seu conceito para não se deixar guiar pelos outros; Elinor Dashwood permaneceu Elinor do início ao fim da trama.
Talvez, atento leitor, você tenha percebido que não citei Fanny Price - ela poderia rivalizar com a mais velha das Dashwood, mas eu não sou admiradora do seu temperamento tímido e sem atitude (mas louvo sua persistência em manter-se firme ao seus ideias).

Elinor é uma mulher muito moderna - até para os dias atuais. Ela mantém seu bom senso acima de tudo. Sofre sem fazer drama. Aconselha na hora que é necessário e analisa as palavras para não ser equivocada. Ela é perfeita.
Há uma passagem - das muitas - que citam o caráter de Elinor:
E tudo isso aconteceu numa época em que, como você sabe muito bem, não era esse meu único desgosto. Se me acha capaz de alguma vez ter sentido... Certamente deve supor que sofri então. A tranquilidade que consigo ter agora para analisar o assunto, a consolação que estou desejosa de me conceder, foram o efeito de constantes e dolorosos esforços... que não brotaram espontaneamente... que não ocorreram desde o início para aliviar meus sentimentos... Não, Marianne! Naquela época, se eu não tivesse sujeita ao silêncio, talvez nada me tivesse impedido... nem mesmo o respeito que devo aos meus amigos mais caros... demonstrar abertamente o quanto eu era infeliz.
Este autocontrole que eu gosto em Elinor. Saber ponderar, estar em silêncio e pensar com justeza no ocorrido; medir o quanto pode-se ofender a felicidade de alguém impondo a própria infelicidade ou vice e versa. Existe nesta personagem uma atitude de meditar antes de expor um assunto importante que pode alterar um círculo social. Pouco pensa-se no poder real de uma palavra mal colocada; fala-se em arrepender-se do que foi dito, mas pouca alteração há neste comportamento. 
Atualmente, tudo é jogado na internet: pouco é medido antes de ocupar a grande rede; pois não parece correto segurar uma emoção - todos tem saber: sofrer ou ser feliz - tudo precisa ser mostrado e compartilhado com tantas outras pessoas que não sabemos o quanto pode ser perigoso o resultado final.  A intimidade não é preservada. 
Somos todos Marianne. 

10 de novembro de 2017

Chesapeake Shores..


Olá, leitor anônimo!

Estou aqui para escrever sobre uma série que estou assistindo: Chesapeake Shores
Trata-se de uma família, os O'brien, que moram na cidade homônima. 
Pais divorciados, cinco filhos (três mulheres e dois rapazes), sogra, filhas, amores partidos e outros problemas pessoais, filho rebelde, filha bem sucedida etc e tal. Para o meu gosto é uma série muito água-com-açúçar, com diálogos bobos e clichês - muitas vezes me pego virando os olhos quando ouço uma delas, os personagens não me cativam ..., mas ainda assim eu gosto de assistir. 

Chesepeake Shores é uma cidade pequena e muito linda. Tem uma panificadora tradicional, uma livraria encantadora ❤, a casa da família tem um jardim lindo, na casa da mãe há uma estante de livros que me deixa apaixonada, a pousa da filha mais nova é perfeita, a casa da filha escritora é um sonho de uma noite de verão - e com uma máquina de datilografia. 
Por essas razões eu assisto esta série. A séria me faz lembrar dos livros da Rosamunde Pilcher que eu lia durante a faculdade de Letras (eram meu escape); as paisagens escocesas me faziam viajar e me apaixonar em cada página. Ainda guardo um exemplar, minha primeira compra Flores na Chuva - um livro de contos; e, O Dia das Amoras Pretas é o meu preferido.

Chesapeake Shore está na segunda temporada na Netflix e...eu adoro (apesar..).


7 de novembro de 2017

Vigésima sexta leitura..


Ler Orgulho e Preconceito é sempre um grande prazer.

Os personagens são cativante: tolos, alegres, presunçosos ... e cheios de orgulho e preconceito.

Talvez, algumas pessoas encarem este livro como um romance açucarado e com um ícone masculino que leva os leitores ao delírio. Porém, Jane Austen tocou em pontos fortes da sua época: a presença substancial da mulher, a questão financeira como ponto importante nos relacionamentos conjugais, a importância títulos hereditários etc.
A sagacidade de Elizabeth Bennet ao negar o pedido de casamento do primo, o direito a hereditariedade somente dos homens, a questão do casamento por conveniência e outros pontos que foram vividos pela escritora são  colocados neste romance. Talvez seja irrelevante para o leitor deste século ler sobre estes temas; mas eu discordo. Os personagens, ao contrário do que alguns filmes homônimos podem passar, estão além do mocinho e da mocinha, além da função de chegar ao casamento como meta.
Os personagens são atuais em suas personalidades: é fácil você reconhecer Elizabeth Bennet, Mr. e Mrs. Bennet, Mr. Collins, Mary, Jane, Lady Catherine e outros como vivendo em nosso meio.
E, se for para refletir sobre o casamento: nos dias de hoje o que mais é cobrado de um ser humano é um relacionamento afetivo com o próximo. Casamento - ou use a nomenclatura que preferir - é um tema muito atual e, encontrar um consorte é, no fundo, o que todo mundo mais quer - se não, você é Mary Bennet - e ainda sim tem seu papel no romance.

Julgar um romance como algo somente para um determinado grupo é incoerente quando o leitor não está aberto para uma leitura real do romance.

Mas o mais saboroso do romance, para mim, é a ironia que Jane Austen utiliza em seus romances. É uma comédia da vida privada que nos remete ao nosso próprio ridículo.

Omnia Vanitas. 💀



O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...