7 de novembro de 2017

Vigésima sexta leitura..


Ler Orgulho e Preconceito é sempre um grande prazer.

Os personagens são cativante: tolos, alegres, presunçosos ... e cheios de orgulho e preconceito.

Talvez, algumas pessoas encarem este livro como um romance açucarado e com um ícone masculino que leva os leitores ao delírio. Porém, Jane Austen tocou em pontos fortes da sua época: a presença substancial da mulher, a questão financeira como ponto importante nos relacionamentos conjugais, a importância títulos hereditários etc.
A sagacidade de Elizabeth Bennet ao negar o pedido de casamento do primo, o direito a hereditariedade somente dos homens, a questão do casamento por conveniência e outros pontos que foram vividos pela escritora são  colocados neste romance. Talvez seja irrelevante para o leitor deste século ler sobre estes temas; mas eu discordo. Os personagens, ao contrário do que alguns filmes homônimos podem passar, estão além do mocinho e da mocinha, além da função de chegar ao casamento como meta.
Os personagens são atuais em suas personalidades: é fácil você reconhecer Elizabeth Bennet, Mr. e Mrs. Bennet, Mr. Collins, Mary, Jane, Lady Catherine e outros como vivendo em nosso meio.
E, se for para refletir sobre o casamento: nos dias de hoje o que mais é cobrado de um ser humano é um relacionamento afetivo com o próximo. Casamento - ou use a nomenclatura que preferir - é um tema muito atual e, encontrar um consorte é, no fundo, o que todo mundo mais quer - se não, você é Mary Bennet - e ainda sim tem seu papel no romance.

Julgar um romance como algo somente para um determinado grupo é incoerente quando o leitor não está aberto para uma leitura real do romance.

Mas o mais saboroso do romance, para mim, é a ironia que Jane Austen utiliza em seus romances. É uma comédia da vida privada que nos remete ao nosso próprio ridículo.

Omnia Vanitas. 💀



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