25 de abril de 2017

Acrescentados a lista..



Olá, anônimo leitor.

Veja só, mais dois livros para minha lista de livros não lidos. Trata-se do número 4 e o número 30 da coleção editada pela Otto Pierre: Os Grandes Romances Históricos.
Deixe-me nomear a você, curioso leitor:

Número 4: Crônica do Reino de Carlos IX (Prosper Mérimée) e A Filha do Capitão (Alexander Puchkine)
La Chronique du temps de Charles IX - Novela sobre as dissidências religiosas entre protestantes (à altura conhecidos como huguenotes) e católicos, culminando em guerra civil na França do início do século XVI, cujo ponto máximo fora o conhecido massacre de S. Bartolomeu, em 1572.
Sobre a autoridade: Era filho único de Leonor Merimée e Anne-Louise Merimée na Paris de Napoleão. Seu pai era pintor e professor de desenho, o que influenciou o filho a primeiro estudar no Liceu Imperial. Deixou o Liceu para fazer Direito, formando-se em 1823.Também aprendeu latim, grego, italiano, espanhol, inglês, e russo. Foi o primeiro a traduzir obras literárias russas para o francês. Ocupou diversos cargos públicos, em todos eles destacando-se pelo bom desempenho de seus deveres. Foi nomeado (1830) Inspetor dos Monumentos Históricos, revelando-se um arqueólogo nato, combinando suas habilidades lingüísticas, uma notável avaliação histórica e sincero devotamento às artes, desenho e arquitetura. Neste mister, seus relatórios vieram muitas vezes a merecer publicação, e destaque em sua produção, ao largo da literária. A ele se deve, em boa parte, a conservação do rico legado cultural, do qual tanto se orgulha o povo francês. Neste mesmo ano conheceu e auxiliou a Condessa de Montijo, espanhola. Quando a filha dela tornou-se a Imperatriz Eugénie, da França, em 1853, Mérimée foi honrado com o cargo de senador.Prosper Mérimée morreu em Cannes, França e ali foi sepultado no Cimetière du Grand Jas.
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A Filha do Capitão: Painel da vida do povo russo no século XVIII e da grande revolta popular que, nesta época, no longínquo Volga, quase abalou o trono imperial de Catarina a Grande, A Filha do Capitão é uma obra em que a força de um escritor de gênio faz da evocação de fatos e lances históricos uma vivida atualidade ficcional, capaz de reatualizar-se, em qualquer tempo e em qualquer língua, na imaginação do leitor.
Sobre a autoridade: Aleksandr Sierguéievitch Púchkin (ou Alexander Pushkin, em forma anglicizada) nasceu em Moscou, em 1799. Sua obra, que abarca diversos gêneros literários, foi decisiva para a consolidação da língua literária russa e sua influência se faz notar em todos os escritores russos de sua geração e das posteriores. Púchkin foi pioneiro no uso do discurso vernacular em seus poemas e peças teatrais, criando um estilo de narrativa que misturava drama, romance e sátira associada com a literatura russa. O romance em versos Ievguêni Oniéguin é considerado sua obra-prima. Púchkin morreu em 1837, vítima de um duelo.

Número 30: O Emigrado (Grabriel Sénac de Meilhan)
Il est français, beau, noble, blessé. Elle est allemande, belle, noble, mariée. Elle le recueille dans son château au bord du Rhin, il la sauve d'un incendie. Ils ne pouvaient pas ne pas s'aimer. Sous la plume de Sénac de Meilhan, fils d'un médecin du roi, grand serviteur de l'Etat monarchique, l'anecdote sentimentale devient le révélateur des tensions et des contradictions dans une Europe bouleversée par la Révolution. Car " tout est vraisemblable, et tout est romanesque, dans la Révolution de la France ". Des aristocrates en exil sont contraints au travail manuel, certains sont gagnés par les valeurs nouvelles du mérite personnel et par le refus du classicisme à la française. Les frontières idéologiques et les lignes de partage politique sont déplacées par ce roman, publié à Hambourg en 1797, qui voudrait être le substitut d'une histoire de l'émigration. L Emigré, ce sont ces royalistes qui ont fui une France à feu et à sang, mais aussi tous les exilés qui, loin de chez eux, sont à la recherche de leur identité.
Sobre a autoridade: Second fils de Jean-Baptiste Sénac, premier médecin du roi depuis 1752 — et, à ce titre, anobli — et de Marie-Thérèse Tanet, d’une famille de marchands de Gironde, il suit à partir de 1756 des études de droit et correspond avec Voltaire, qui lui écrit, le 4 juillet : « Faites de la prose ou des vers, Monsieur, donnez-vous à la philosophie ou aux affaires, vous réussirez à tout ce que vous entreprendrez. » Avocat au Parlement de Paris en 1762, il obtient une charge de conseiller au Grand Conseil, émanation du Conseil du Roi, et entame une brillante carrière administrative, grâce à de solides appuis à la cour, notamment de Choiseul, dont il fréquente la sœur, la comtesse de Tess. Sénac de Meilhan est admis aux salons de la duchesse de Gramont et de Madame de Pompadour, et se lie avec Madame de Créquy. Il achète une charge de maître des requêtes au conseil d’État en 1763 et devient successivement intendant de la Guadeloupe en 1763 – où il ne se rend pas –, des îles de France (Maurice) et de Bourbon (La Réunion) en 1764, La Rochelle en 1766, Provence en 1773, Valenciennes, puis brièvement intendant de la guerre et des armées auprès du comte de Saint-Germain en 1775. En 1765, il obtient le privilège des « entrées dans la chambre du roi » et se marie avec Louise Victoire Marchant de Varennes (morte en 1789), fille d’un trésorier-payeur des rentes de l’Hôtel de ville. Le roi et la famille royale signent le contrat. Installé rue Saint-Louis, dans le Marais, le couple a deux enfants. Espérant devenir contrôleur général des finances vers 1785, il est déçu par la nomination de Necker. Dans ses Considérations sur le luxe et les richesses (1787), il réfute l’essai du Genevois, De l’administration des finances de la France, opposant à sa logique financière une logique sociale, et se montre un opposant amer. En 1786-1787, il avait déjà publié les Mémoires d’Anne de Gonzague, princesse Palatine, apocryphes. Suivent d’autres Considérations sur l’Esprit et les Mœurs (1788) et un petit conte oriental les Deux cousins (1790). En juin 1790, il émigre et séjourne à Londres, puis Aix-la-Chapelle et Rome. Un temps évoqué comme ambassadeur à Venise, il obtient finalement de Catherine II l’autorisation de se rendre à la cour de Russie. Passant par Vienne et Varsovie, où il rencontre Stanislas Auguste Poniatowski, il séjourne en 1791 à Saint-Pétersbourg, où l’impératrice lui alloue une pension et songe à lui confier un poste politique ou une charge d’historiographe. Toutefois, leurs relations se dégradent ; Catherine écrit à Grimm : « En général, je n’ai guère vu d’homme qui ait su moins ici que lui ». Quittant la Russie, il passe par Jassy, en Moldavie, où il rencontre Potemkine, puis par Varsovie et Prague. En 1792, il compose une Défense de Louis XVI. Invité au château de Rheinsberg par le prince Henri de Prusse, frère cadet de Frédéric II, il entreprend la rédaction du roman L’Émigré. Il est également accueilli par le duc de Brunswick. En 1794, il s’installe à Hambourg, où il rencontre Klopstock. En 1795, il fait paraître Du gouvernement des mœurs et des conditions en France avant la Révolution à Hambourg, ainsi que deux volumes de ses Œuvres philosophiques et littéraires. Grâce à l’intervention du prince de Ligne, avec lequel il se lie d’amitié, il obtient de s’installer à Vienne. En 1797 paraît à Brunswick son roman épistolaire, l’Émigré. En 1801, son fils cadet, resté en France, tente de le faire rayer de la liste des émigrés. Il est autorisé à s’installer chez son fils, place Vendôme. Le 7 janvier 1802, son fils cadet meurt, à l’âge de 31 ans ; Sénac retourne à Vienne. Alexandre Ier rétablit sa pension, qui avait été annulée par Paul Ier, mais il meurt à Vienne. Il est également l’auteur Du gouvernement, des mœurs et des conditions en France avant Ia Révolution, avec les caractères des principaux personnages du règne de Louis XVI, réédité en partie en 1813 sous le titre Portraits et caractères. On lui attribue aussi un poème lubrique en six chants, publié en 1778 de manière anonyme, La Foutromanie. Son fils aîné, Philippe, se marie en 1827 avec une russe et prend le nom de Philippe Gavrilovitch Demilhian. Il meurt à Kiev en 1846.

As informações destes livros foram tiradas da internet das páginas Skoob e Wikipédia. 
Sinto muito, mas o livro 30 eu achei em francês - e não tive vontade de traduzir (rs).

E, agora, eles irão para minha prateleira esperando pelo dia da leitura.


22 de abril de 2017

Décima terceira leitura..


Lá se foi mais uma leitura.

Quando meu marido escolheu a série Backtröm para assistir, eu fiquei com um pouco de receio. Porém, a série se mostrou bem interessante e engraçada. A postura do policial protagonista e os personagens que compunham o organismo policial - incluindo o meio-irmão do mesmo são peculiares.

A narrativa de Leif G.W. Persson de "Linda, como no caso do assassinato de Linda" não me deixou tão interessada na investigação do policial Backström. Quando as primeiras páginas foram lidas, eu percebi que precisava terminar a leitura em uma semana, ou arrastaria mês adentro para terminar o texto. 

Os detalhes do caso do assassinato de Linda e fatos, na minha opinião, ficaram fora do contexto da narrativa: notas de jornal no caso de plantações de morango, sonhos de um policial sobre sua infância e outros pontos que não estavam ligados ao caso e, uma avalanche de teste de DNA. 

Após a prisão do assassino, o interregatório foi relevante porém, não conclusivo.
Eu não entendi a intensão do autor na obra, talvez eu precise me focar apenas nos casos de Conan Doyle.

Esta será a única leitura deste texto de Persson.


14 de abril de 2017

Décima segunda leitura..



Uma recomendação antes de começar: nunca, ao ficar bêbado, entre em uma embarcação e vá navegar.

Eu gostei desta leitura, mas não haverá uma segunda vez para Aventuras de Arthur Gordon Pym de Edgar Allan Poe. 
A minha publicação é de MXMLXVII, da edição Biblioteca Idade de Ouro número 731. A "falecida" Cosac & Nayfi lançou uma nova edição - e custa muito caro e entrou para a lista de "raro". Com essa afirmação, não quero garantir que não há mais publicações atuais, apenas que esta edição de luxo da C&N não será mais impressa - o que é uma pena.

A história de Arthur Gordon Pym foi parar nas mãos de Edgar Allan Poe, segundo conta prefácio, para que fosse narrada como ficção. Como foi bem aceita, o restante da narrativa foi impressa para o periódico que Poe trabalhava. 
Edgar Allan Poe se põe na história.

Narrado em primeira pessoa, Pym expõe sua aventura junto a um navio que sofreu embuste dos marujos, a recuperação do assalto, o canibalismo dos membros à deriva, a salvação e novamente, da perdição da nova tripulação.

Se você, leitor, espera encontrar nesta Narrativa alguma coisa de Poe que lembre as histórias de horror que são conhecidas deste americano, esqueça. A única mensão "mais ou menos" acontece quando os sobreviventes do naufrágio encontram um brigue tripulado por cadáveres. 

Quando se trata de navegações, todo marinheiro tem algo para escrever sobre a fauna local e sobre as ilhas desconhecidas habitadas por humanos "selvagens". 

A leitura não foi muito do meu agrado, com isso, não afirmo que seja ruim, apenas que não me aguçou a imaginação. Há partes muito interessantes e, uma delas, quero deixar registrado que o esconderijo de Pym:

Meu companheiro mostrou-me depois que um dos lados do caixote podia ser removido à
vontade. Fê-lo correr para um lado e exibiu o interior, o que muito me agradou. Um colchão de uma das camas da cabine cobria por inteiro o fundo do caixote em que se continham quase todos os artigos de simples conforto que puderam ser amontoados em tão pequeno recinto, fornecendo-me, ao mesmo tempo, espaço suficiente para acomodar-me, tanto sentado como deitado de comprido. Entre outras coisas, havia alguns livros, penas, tinta, papel, três cobertores, uma grande bilha cheia de água, um barrilzinho de biscoitos de água e sal, três ou quatro imensas salsichas bolonhesas, um enorme presunto, um pernil frio de carneiro assado, e meia dúzia de garrafas de licores e remédios. Imediatamente tomei posse de meu pequeno apartamento, com tais sentimentos de satisfação que, acredito, nenhum monarca experimentou maiores ao entrar num palácio novo. Augusto então ensinou-me a maneira de afastar o lado aberto do caixote e depois, levando a vela até perto do forro, mostrou-me um pedaço de corda
trançada e escura estendendo-se nele. Ela — disse — prolongava-se do meu esconderijo
através de todas as necessárias voltas por entre os trastes até um prego cravado no forro do porão, mesmo por baixo do alçapão que levava ao camarote dele. Por meio dessa eu poderia facilmente sair dali, sem que ele me guiasse, no que qualquer inesperado acidente tornasse tal passo necessário. Despediu-se, em seguida, deixando-me a lanterna, bem como suficiente provisão de velas e fósforos, e prometendo visitar-me logo que o pudesse fazer sem ser observado. Era o dia 17 de junho.

E, ainda tenho uma pergunta sobre um personagem: onde ficou Tigre?

Recomendo a leitura, mas à mim será apenas esta; o livro irá para venda no Sebo.

Omnia Vanitas.

10 de abril de 2017

Glossário Náutico..


Olá, marítimo leitor!!

Ainda estou a ler o livro de Edgar Allan Poe, Aventuras de Arthur Gordon Pym; e, por se tratar de mais um leitura em alto-mar, eu resolvi recolher algumas informações sobre o vocabulário que é encontrado neste tipo de literatura pois não é muito fácil entender que é a vela bujarrona, mas, é fácil distinguir o leme ou a vela. Há quem saiba o que bombordo e estibordo e, também, àqueles que sabem o que significa capitão, imediado, marujo, bucaneiro etc.

Para lhe dar um norte, oferece de modo expontâneo e gratuíto, um glossário náutico* que poderá lhe servir - caso ocarra a leitura de algum clássico marítimo! Lê-se:

ADRIÇA: corda ou cabo grasso usado para içar uma vela, verga ou uma bandeira; À ESPIA: redobque de um navio por meio de cabos amarrados à embarcação; BARLAVENTO: direção de onde sopra o vento. Bordo do navio que está voltado para essa direção; BIGOTA: peça arredondada com orifícios para dar passagem às adriças; BRANDY: aguardente inglesa à base de frutas; BOMBORDO: parte à esquerda do navio, quando se olha da popa para a proa; BUCANEIRO: os antigos piratas da Jamaica alimentavam-se em boa parte de nozes-pecan, e por isso foram chamados de pecaneiros; com o tempo o termo transformou-se em bucaneiros; o mesmo que piratas ou flibusteiros; às vezes, também chamados corsários; BUJARRONA: vela triangular que se iça à proa de um veleiro; CABESTRANTE: máquina de eixo vertical usada para suspender a âncora. içar as velas etc.; CASTELO DA PROA: parte mais elevada à frente do convés dos antigos veleiros que contém os beliches dos marinheiros comum; CARANGUEJA: vela longa e oblíqua em relação à linha do horizonte, destinada a sustentar uma vela latina; CONTRAMESTRE: o mais graduado dos marinheiros, que ajuda ou substitiu o imediato; CORÁCULA: pequeno barco formado pela cobertura de uma armação de vime com pele ou couro, usado pelos bretões antigos (...); ESCOTILHA: abertura em um navio que põe em comunicação a coberta, o convés e o porão; ESCUNA: veleiro pequeno de um ou dois mastros; ESTIBORDO: parte que fica à direita do navio quando se olha da popa para a proa;  FRAGATA: veleiro de três mastros da Marinha da Guerra; GÁVEA: plataforma circular no alto de um mastro; GRUMETE: praça inferior da Marinha, que faz a limpeza e ajuda nos trabalhos mais inferiores (...); LUGRE: pequeno veleiro, estreito na traseira e largo na parte dianteira; MEZENA: a vela mais próxima da popa do navio, envergada na carangueja do mastro da ré em caso de mau tempo; POPA:  a parte traseira do navio; PREAMAR: maré alta; PROA: parte dianteira do navio; QUERENA: parte do casco do navio que fica submersa (...) onde, algumas vezes, se acumula água do mar ou salsugem;  QUILHA: preça comprida de madeira que passa por baixo e ao longo de todo o fundo do veleiro e na qual se apóiam todas as outras peças (...) "Passar pela quilha" significava amarrar a pessoa a ser castigada a duas cordas, depois empurrando pela amurada do barco, puxá-la por uma das cordas apenas, sustentando-a pela outra; SALSUGEM: água que se acumula no porão ou em outras partes do navio; SOTAVENTO: direção oposta àquela em que sopra o vento; bordo do navio voltado apra esse lado; TIMOREIRO: o marinheiro (ou outra pessoa) que pilota o navio por meio do timão ou roda do leme. Nos antigos veleiros, o timoreiro era um marinheiro graduado logo abaixo do contramestre; TOMBADILHO: a cobertura de madeira da parte ais elevada de um veleiro, que vai do mastro da mezena até a popa; pode ser usado como sinônimo de convés. VERGA: barra de madeira grossa, atravessada transversalmente em um mastro e a que se prende uma vela de navio (...).

Este não é o vocabulário completo, porém um pouco que pode elucidar e retificar alguns termos.

Omnia Vanitas

*glossário retirado do livro A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, publicado pela editora L&PM no ano de 2010.

2 de abril de 2017

Décima primeira leitura..


Olá, leitor!!

Fim da décima-primeira leitura.
A primeira leitura que fiz deste clássico, aconteceu no período 8 à 24 de junho de 2012. Idas e vindas de ônibus do trabalho, leitura em casa e  no trabalho e, incluindo o filme e notas sobre jolly roger.
E, nesta leitura eu pensava: "Tom Sawyer adoraria estar nessa aventura".

A história é narrada em primeira pessoa; James Hawkins (Jim) é o primeiro narrador e o doutor David Livesey foi o segundo narrador (dos capítulos 16 à 18).

Quando Billy Bones chega no "Almirante Bewbon" para se hospedar a rotina de Jim Hawkings sofreu uma mudança.

Da costumeira e quieta freguesia, o "Capitão" trouxe barulho e medo... e um mapa com a localização do tesouro que o Capitão Flint enterrou em uma ilha.

Esta é uma história muito boa para ensinar sobre "organização".
O dono do navio, Trelawney, compôs a sua equipe de maneira leviana. Uma das frases que eu mais gosto no filme é quando o capitão o navio diz que não confia na tripulação porque não a conhece.
E foi isso que o senhor Trelawney fez. Ele confiou em pessoas que não conhecia, permitiu que o navio zarpasse mesmo sabendo que havia boatos entre os marujos de que havia um mapa indicando um tesouro.

Eu tenho dois capítulos preferidos e um capítulo que eu não entendo como eu começa e termina.
Começarei com "O que ouvi no barril de maçãs" e "Peças de Oito".
"O que ouvi.." é quando a aventura começa. Depois dos burburinhos no navio, Jim procura por uma maçã para comer antes de ir dormir; mas escorregar para dentro do barril e ouvir todo o plano de John Silver, o churrasqueiro do navio, para roubar o tesouro e matar os responsáveis: o doutor Livesey, o capitão Smollet e o conde Trelawney - e todos os marujos que estivessem contra os amotinados.

"Peças de oito" é a volta de Jim ao grupo - porém, não o grupo que ele esperava encontrar. No entanto não é isso que me fascina neste capítulo, mas o fato de o menino do barril estar mais ousado na fala depois de passar por situações perigosas.  Eis a fala dele para John Silver:
Pois bem, não sou tão tolo que não saiba com o que é que posso contar. Se o pior ficar ainda pior, pouco me interessa. Já vi muita gente morrer desde que ando com vocês. Mas há uma ou duas coisas que tenho de lhes dizer – comecei, cada vez mais exaltado –, e a primeira é esta. Aqui estão vocês, numa triste situação, navio perdido, tesouro perdido, homens perdidos, o negócio foi todo ao charco, e se querem saber, quem fez tudo fui eu! Estava metido no barril das maçãs na noite que avistamos terra, e ouvi-te a ti, John, e a ti, Dick Johnson, e ao Hands, que está agora no fundo do mar, e fui contar tudo o que vocês disseram logo naquela hora. E a escuna, fui eu que lhe cortei o cabo, e fui eu que matei os homens que lá deixaram, e fui eu,que a levei para onde nunca mais a tornam a ver, nenhum de vós. É a minha vez de rir, dirigi a coisa toda desde o princípio, já não me metem mais medo do que uma mosca. Matem-me, se lhes apetecer, ou poupem-me. Mas só digo uma coisa, e mais nada, se me pouparem, o que lá vai lá vai, e quando forem julgados por pirataria farei tudo para vos defender. Agora escolham. Matem mais um, sem ganhar nada com isso, ou então poupem-me e fiquem com uma testemunha para vos livrar da forca. 
 Os capítulos que não entendo são, justamente, aqueles que narram a cena de Jim roubando o navio Hispaniola. Duas leituras, duas incompreensões. Os capítulos descrevem muitas manobras náuticas e eu me perco bem "facinho" entre uma virada do leme para outro.

E, pode parecer nobre ir buscar um tesouro; parece nobre tirar das mãos dos bandidos o ouro que roubaram das mãos de outros. Porém..
Era o tesouro do Flint que tão longe viéramos procurar, e que já custara a vida a dezessete tripulantes do Hispaniola. E quantas não teria custado no conjunto, quanto sangue e tristezas, quantos navios metidos a pique, homens valentes postos na prancha de olhos vendados, tiros de canhão, vergonhas, mentiras e crueldades, tantas que talvez não haja homem vivo capaz de contar. Aliás ainda restavam três naquela ilha – o Silver, o velho Morgan e o Ben Gunn –, dos que haviam participado naqueles crimes, cada um esperando em vão ter a sua parte na recompensa.
Dinheiro sujo, em curtas palavras.

O livro é muito bom! A aventura é fascinante. Um adolescente de pensamentos rápidos, atitude ousada - agindo conforme pensa saber ser certo, não fugindo do perigo. Jim Hawkins é assim! Quero que meus filhos sejam assim.

Omnia Vanitas

O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...