2 de abril de 2017

Décima primeira leitura..


Olá, leitor!!

Fim da décima-primeira leitura.
A primeira leitura que fiz deste clássico, aconteceu no período 8 à 24 de junho de 2012. Idas e vindas de ônibus do trabalho, leitura em casa e  no trabalho e, incluindo o filme e notas sobre jolly roger.
E, nesta leitura eu pensava: "Tom Sawyer adoraria estar nessa aventura".

A história é narrada em primeira pessoa; James Hawkins (Jim) é o primeiro narrador e o doutor David Livesey foi o segundo narrador (dos capítulos 16 à 18).

Quando Billy Bones chega no "Almirante Bewbon" para se hospedar a rotina de Jim Hawkings sofreu uma mudança.

Da costumeira e quieta freguesia, o "Capitão" trouxe barulho e medo... e um mapa com a localização do tesouro que o Capitão Flint enterrou em uma ilha.

Esta é uma história muito boa para ensinar sobre "organização".
O dono do navio, Trelawney, compôs a sua equipe de maneira leviana. Uma das frases que eu mais gosto no filme é quando o capitão o navio diz que não confia na tripulação porque não a conhece.
E foi isso que o senhor Trelawney fez. Ele confiou em pessoas que não conhecia, permitiu que o navio zarpasse mesmo sabendo que havia boatos entre os marujos de que havia um mapa indicando um tesouro.

Eu tenho dois capítulos preferidos e um capítulo que eu não entendo como eu começa e termina.
Começarei com "O que ouvi no barril de maçãs" e "Peças de Oito".
"O que ouvi.." é quando a aventura começa. Depois dos burburinhos no navio, Jim procura por uma maçã para comer antes de ir dormir; mas escorregar para dentro do barril e ouvir todo o plano de John Silver, o churrasqueiro do navio, para roubar o tesouro e matar os responsáveis: o doutor Livesey, o capitão Smollet e o conde Trelawney - e todos os marujos que estivessem contra os amotinados.

"Peças de oito" é a volta de Jim ao grupo - porém, não o grupo que ele esperava encontrar. No entanto não é isso que me fascina neste capítulo, mas o fato de o menino do barril estar mais ousado na fala depois de passar por situações perigosas.  Eis a fala dele para John Silver:
Pois bem, não sou tão tolo que não saiba com o que é que posso contar. Se o pior ficar ainda pior, pouco me interessa. Já vi muita gente morrer desde que ando com vocês. Mas há uma ou duas coisas que tenho de lhes dizer – comecei, cada vez mais exaltado –, e a primeira é esta. Aqui estão vocês, numa triste situação, navio perdido, tesouro perdido, homens perdidos, o negócio foi todo ao charco, e se querem saber, quem fez tudo fui eu! Estava metido no barril das maçãs na noite que avistamos terra, e ouvi-te a ti, John, e a ti, Dick Johnson, e ao Hands, que está agora no fundo do mar, e fui contar tudo o que vocês disseram logo naquela hora. E a escuna, fui eu que lhe cortei o cabo, e fui eu que matei os homens que lá deixaram, e fui eu,que a levei para onde nunca mais a tornam a ver, nenhum de vós. É a minha vez de rir, dirigi a coisa toda desde o princípio, já não me metem mais medo do que uma mosca. Matem-me, se lhes apetecer, ou poupem-me. Mas só digo uma coisa, e mais nada, se me pouparem, o que lá vai lá vai, e quando forem julgados por pirataria farei tudo para vos defender. Agora escolham. Matem mais um, sem ganhar nada com isso, ou então poupem-me e fiquem com uma testemunha para vos livrar da forca. 
 Os capítulos que não entendo são, justamente, aqueles que narram a cena de Jim roubando o navio Hispaniola. Duas leituras, duas incompreensões. Os capítulos descrevem muitas manobras náuticas e eu me perco bem "facinho" entre uma virada do leme para outro.

E, pode parecer nobre ir buscar um tesouro; parece nobre tirar das mãos dos bandidos o ouro que roubaram das mãos de outros. Porém..
Era o tesouro do Flint que tão longe viéramos procurar, e que já custara a vida a dezessete tripulantes do Hispaniola. E quantas não teria custado no conjunto, quanto sangue e tristezas, quantos navios metidos a pique, homens valentes postos na prancha de olhos vendados, tiros de canhão, vergonhas, mentiras e crueldades, tantas que talvez não haja homem vivo capaz de contar. Aliás ainda restavam três naquela ilha – o Silver, o velho Morgan e o Ben Gunn –, dos que haviam participado naqueles crimes, cada um esperando em vão ter a sua parte na recompensa.
Dinheiro sujo, em curtas palavras.

O livro é muito bom! A aventura é fascinante. Um adolescente de pensamentos rápidos, atitude ousada - agindo conforme pensa saber ser certo, não fugindo do perigo. Jim Hawkins é assim! Quero que meus filhos sejam assim.

Omnia Vanitas

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