Estava fuçando a net, como sempre, e vejam só a reportagem que encontrei no Facebook - através da página Imagens Históricas.
Essa reportagem me lembrou que preciso comprar e ler O Médico e o Monstro(Robert Louis Stevenson) - sem querer ofender a figura de Mordrake.
Hoje, dia 31 de dezembro de 2012, último dia deste ano, essa reportagem vem muito a calhar. Como não lembrar do deus Jano que possui, segundo o mito grego, uma face voltada para o futuro e outra para o passado. É este mesmo deus que originou o nome do primeiro mês do nosso calendário.
Uma pequena observação que encontrei no blog de Jorge Carrano:
O nome janeiro, dado ao primeiro mês do ano, tem origem em Jano, ou, em latim, Janus, deus romano, simbolizado com duas faces, uma voltada para o passado e outra voltada para o futuro.
Por decisão de Julio Cesar, o imperador, foi fixado o dia 1º de janeiro, como o primeiro do ano. Este era, também, o dia consagrado ao deus Jano.
No mundo ocidental, comemora-se o réveillon do verbo réveiller, (que significa despertar), celebrando o fim de um ano e o início de outro, chamado de Ano Novo.
Outro homem de duas faces que não esquecemos tão fácil, é o Duas Caras do comic Batman - tive o prazer de conhecê-lo no filme "Batman, O Cavaleiro das Trevas" (ótimo filme - como esquecer da magnífica interpretação de Heath Ledger). Originalmente, o Duas Caras foi baseado na rainha nórdica Hela, que também possui duas personalidades: boa e outra má, óbvio.
Bom, chega de referências, ou ficarei aqui a manhã inteira postando. Voltemos à Edward Mordrake, o real.
Eis o que diz a reportagem na fan page:
Edward Mordrake, o homem com duas faces, no século 19.
Edward Mordrake era um herdeiro de um título de nobreza do século XIX, na Inglaterra, considerado um talentoso e brilhante músico. A história completa desse sujeito foi perdida no decorrer do tempo, pois seu caso ocorreu no início da história médica. O inglês sofria de uma anomalia conhecida como Craniopagus Parasiticus.
Ele tinha uma face extra na parte de trás de sua cabeça. Essa face ocupava uma parte menor do crânio e exibia sinais de inteligência, contudo, dizia-se que essa face apresentava intenções malignas. O próprio Mordake relatava que havia situações em que ele estava triste e sua face de trás ficava rindo como se estivesse zombando de seus sentimentos. Foi dito também que seus olhos acompanhavam o movimento das pessoas ao redor e seus lábios constantemente faziam barulhos assustadores. Embora nenhuma voz fosse compreensível, Edward jurou que muitas vezes ele era mantido acordado durante a noite por conta dos sussurros de ódio de sua face gêmea maligna (como passou a chamá-la) e dos murmúrios macabros.
Os relatos sobre a vida de Mordake apontam que ele tentou suicidar-se diversas vezes, depois que seus médicos desistiram de fazer a remoção cirúrgica de sua segunda face, pois a cirurgia seria fatal. Desesperado, cometeu suicídio aos 23 anos de idade. Existem duas versões sobre a morte de Edward, uma com veneno e outra com um tiro em um dos olhos da sua outra face.
Em ambas as versões, Edward deixou para trás uma carta pedindo que a "face demoníaca" fosse destruída de sua cabeça, antes de seu sepultamento, para que ele não continuasse a ouvir seus terríveis sussurros no túmulo. Ele viveu em completo isolamento, recusando-se às visitas, até mesmo dos membros da sua família. Ainda na carta, ele queria que fosse enterrado em um lugar deserto, sem pedra ou legenda para marcar seu túmulo.
Fonte: Livro Anomalies and Curiosities of Medicine.
Autor do post: Diego Vieira