4 de abril de 2020

Leitura doze..


Olá, enclausurado leitor!

Iniciei a leitura da saga Memórias de um Médico, de Alexandre Dumas. São quinze volumes no total, começando com a chegada de Maria Antonieta à França até a sua morte em 1793.
A saga é dividida em cinco partes:

- José Balsamo (4 volumes)
- O Colar da Rainha (2 volumes)
- Angelo Pitou (2 volumes)
- A Condessa de Charny (5 volumes)
- O Cavaleiro da Casa Vermelha (2 volumes)

Esta minha edição foi impressa em 1935, contém ilustrações e foi impressa pela W.M. Jackson Inc.

José Balsamo, volume um, inicia sua narrativa no místico Monte-Trovão (Zugspitze, se eu não estiver errada) com um desconhecido que irá receber sua iniciação na mística e secreta sociedade maçônica.
Desta reunião surge a ideia de exterminar as monarquias do mundo. E a primeira delas será a francesa, e o protagonista desta tarefa será José Balsamo - um alquimista (pelo que entendi até agora).

O segundo cenário será na casa do barão de Taverney. Balsamo para lá se dirige depois de um revés que lhe atinge o caminho. Neste castelo, Balsamo usa suas influências místicas para entreter os moradores e descobrir os planos que trazem a delfina Maria Antonieta à França. Logo a chegada da infanta, Balsamo sai de cena.

A viagem da futura rainha se mostra movimentada e repleta de obstáculos para aqueles querem concluí-la com pressa. 

Antes da chegada de Maria Antonieta, Dumas nos mostra toda a agitação que se passa no palácio do rei Luís XV. Chega a ser cômico o quanto o rei está cercado de pessoas que lhes trazem problemas pessoais em uma sequência de cenas muito rápida. 
A condessa de Du Barry, a favorita do rei, lhe traz toda a indignação de seu irmão ter sido atacado por um soldado do rei; o neto, futuro Luiz XVI, traz ao avô a inquietação de seu soldado ter sido atacado pelo irmão da favorita; o duque Choiseul contrapor a entrada da favorita na corte e o infortúnio que o irmão desta causou ao delfim.
Em seguida, seu filha Luísa - a única virtuosa das quatro que moram com ele no palácio - também lhe pede atenção para dele se despedir antes de ir morar em um convento. E este é um dos melhores diálogos deste primeiro volume, infelizmente ele é  longo e, talvez, eu faça uma postagem exclusiva para ele - eu escrevi, talvez. 
Assim como descreve o neto de Luís XV como um fã da arte da relojoaria, apresenta as outras três filhas (Adelaide, Vitória e Sofia)  como simplórias, ambiciosas e cheias de vícios maliciosos.

O restante da narrativa descreve as artimanhas de Du Barry para tentar sua entrada à sociedade real, além do passe livre que tem para a cama do rei. 

A narrativa é muito dumasiana: diálogos curtos e rápidos com descrição longa de personagens em capítulo introdutórios. 
A história é simples e rápida e, também, envolvente.
E, para lembrar, Alexandre Dumas usa as personagens históricas para compor seus romances sem ter como obrigação ser coerente com os fatos históricos. 

Adorei a primeira parte de José Balsamo - que terminou com um café passado pelo próprio rei. 


Omnia Vanitas. 💀

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