Cena do filme Não Me Abandone Jamais |
Acabei de chorar.
Há algum tempo que um filme não provoca em mim essa tristeza.
O filme se chama Não Me Abandone Jamais, baseado no livro (publicado em 2005) de Kazuo Ishiguro, escritor nipo-britânico. Talvez, assim como eu, você nunca tenha ouvido/lido alguma coisa sobre ele, mas fato é que ele não novato na área. Seu primeiro livro foi publicado em 1982 (Uma Pálida Visão dos Montes), mas sua obra aclamada é Os Despojos do Dia e, ganhou um prêmio literário em 1989.
Sobre o livro homônimo, esta é a sinopse:
Kathy H. tem 31 anos e está prestes a encerrar sua carreira de cuidadora. Enquanto isso, ela relembra o tempo que passou em Hailsham, um internato inglês que dá grande ênfase às atividades artísticas e conta, entre várias outras amenidades, com bosques, um lago povoado de marrecos, uma horta e gramados impecavelmente aparados. No entanto, esse internato idílico esconde uma terrível verdade. 'Não me abandone jamais' reflete, através da ficção científica, a questão da existência humana.
Kathy, Tommy e Ruth compartilham a infância e o início da juventude sob de teto do internato Hailsham. E eles conhecem o destino que lhes aguarda - e esta conclusão é inevitável.
Mas o espectador assiste com a esperança de que haja uma mudança, que aja uma reação, uma rebelião; que haja uma luta pela vida - para que esta se torne mais completa e tenha um significado maior.
Eu torci, até o último segundo da cena final; e não suportei a passividade perante o destino destes personagens - perceber a condescência perante a conclusão. Conclusão. Sem esperança. Sem sonhos. Sem sentimento.
Mas o que sabemos sobre viver?
Nenhum comentário:
Postar um comentário