Emma e Frank Churchill (produção BBC Londres, 2009) |
Eu não consigo ler Emma e sentir raiva de Frank Churchill. Na verdade, em minha opinião, a leitura só se torna interessante quando ele surge na trama. Ele coloca fogo na vida pacata e sem sal de Highbury.
Frank Churchill e seu corte de cabelo urgente em Londres - que outro personagem arrumaria uma desculpa tão tola e singular para comprar o presente de sua amada?
Frank Churchill nunca será um canalha como Willoughby (Razão e Sensibilidade), Wickham (Orgulho e Preconceito), Crawford (Mansfield Park), Elliot (Persuasão) ... John Thorpe é um idiota e não um vilão em A Abadia de Northanger.
Frank Churchill é só um cara apaixonado que se atrapalha na hora de disfarçar e guardar o segredo de amar sua musa.
Ele é divertido, envolvente, inteligente (na medida de um garoto de 24 anos), sociável e com uma vontade imensa para promover bailes em todos os lugares que se apresenta.
Se ele é para ser o antagonista, sinto muito, mas na minha opinião ele é o anti-antagonista. Tudo em Frank Churchill é divertido e envolvente. E, mesmo Emma descobre esse espírito alegre no jovem cavalheiro e não se deixa envolver por seus galanteios espontâneos e educados.
Eu gosto dele do início ao fim, mesmo com a pisada na bola que ele dá quando acontece o piquenique Box Hill.
Leitor, se um dia você tiver vontade de ler Emma, seja justo com Frank Churchill e sua paixão e, leitora, não condene o jovem cavalheiro porque sua preferência é o adorável Mr. Knightley.
Omnia Vanitas.
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