22 de maio de 2015

Senhorita Bates

"Mas ela é tão divertida, extremamente divertida! Gosto muito de ouvir a Srta. Bates falar" (F.C.)

Faço minhas as palavras de Frank Churchill, é adorável ouvir a senhorita Bates falar (apesar de eu possuir somente o benefício de ler as falas desta senhorita).

A senhorita Bates não é apenas "senhorita Bates"; ela possui um nome, porém, eu não o grifei na minha leitura e perdi a oportunidade de lhe dizer, anônimo leitor, o nome de batismo desta simpática personagem. 
Ela é adorável. Consegue falar sobre diversos assuntos e com pessoas diferentes ao mesmo tempo! Ela sempre elogia a todos, indiferente do caráter. Sempre simpática e prestativa e incapaz de ofender alguém. Apaixonada pela sua sobrinha, pode enumerar por horas todas as qualidades da misteriosa Jane Fairfax. 
Infelizmente, há um momento que o coração desta adorável personagem é ofendido: no piquenique em Box Hill. Mas, na minha opinião, tudo deu errado nesse fatídico piquenique; e, para tristeza de quem tem carinho pela adorável senhorita Bates, seu caráter é ofendido justamente pela protagonista: Emma.  

Porém, todos os personagens gostam da pobre família Bates. Apesar de viverem humildes em Surry, nunca lhes falta alguém para olhar pela velha e pela senhora e senhorita Bates. As maçãs de Mr. Knightley estão sempre à disposição das Bates, o açougueiro e o padeiro também zelam por essas duas solitárias mulheres. Mesmo Emma conhece a carência financeira desta pobre família e beneficia a elas com um corte de carne da produção de sua fazenda. 

Talvez, sirva de exemplo para os leitores estes dois pontos que enumero na vida das Bates:
- elogiar sem olhar o demérito que uma pessoa (buscando sempre o melhor que há naqueles que nos cercam)
- dividir nossos bens com aqueles que sabemos que precisam de ajuda, mesmo que não sejam todos simpáticos e adoráveis como a senhorita Bates.

Para terminar, deixo uma fala desta adorável solteirona, que ocupa meia página do livro para dar um simples recado (rs).

- Jane, Jane, querida Jane! Onde está? Olhe, eis aqui seu xale. A senhora Weston diz que por favor ponha seu xale. Diz que tem medo que haja corrente de ar no corredor, embora se tenha feito todo o possível para procurar... Uma porta foi pregada! Uma quantidade de placa de metal... Querida Jane, tem que lhe pôr isso Senhor Churchill... OH, que amável é você! Muito obrigado por lhe ajudar... Muito agradecida! Que baile mais delicioso!, verdade? Sim, querida, como já te havia dito, saí um momento para ir a casa e ajudar a vovó a deitar-se... e tornei em seguida, e ninguém me sentiu falta de... Fui-me sem dizer uma palavra a ninguém, como já te disse que o faria. A vovó se encontra muito bem, passou uma noite encantadora com o senhor Woodhouse; estiveram conversando muito e jogaram gamão... antes de que se fora serviram o chá ali mesmo, com bolachas, maçãs assadas e veio; em algumas partidas teve uma sorte louca; e me tem feito muitas perguntas sobre ti, se lhe divertia e com quem dançava. «OH!», hei-lhe dito eu, «não posso adivinhar o que vai a fazer Jane; quando eu me fui estava dançando com o senhor George Otway; amanhã ela mesma lhe contará isso tudo; seu primeiro casal foi o senhor Elton, mas não sei quem será a próxima, talvez o senhor William Cox». Por Deus, OH, que amável é você! De veras não prefere dar o braço a nenhuma outra senhora? Não sou uma inválida... OH, é você tão amável! Vá, Jane em um braço e eu no outro! Alto, alto, não vamos tão às pressas que vem a senhora Elton! Querida senhora Elton, que elegante está você! Rendas tão lindas! Agora entraremos todos detrás de você, que é a rainha da festa... Bom, já estamos no corredor. Dois degraus, Jane, cuidado com os dois degraus. OH, não, só há um! Bom, pois eu estava convencida de que havia dois. Que estranho! Eu estava segura de que havia dois e só há um... OH! Nunca se tinha visto nada igual em comodidade e em distinção... Velas por toda parte! Estava-te falando da vovó, Jane... Só teve uma pequena decepção... As maçãs assadas e as bolachas eram excelentes, sabe?; mas para começar serviram um delicioso fricasé de moelas de vitela com aspargos, e o bom do senhor Woodhouse opinou que os aspargos não estavam bem fervidos e fez que os voltassem a levar. Mas, claro, a vovó não há nada que goste tanto como as moelas de vitela com aspargos... ou seja que ficou um pouco decepcionada... mas o que acordamos foi que não o diríamos a ninguém para que não chegue para ouvidos da querida senhorita Woodhouse, que se levaria um desgosto se o soubesse... Vá! Isso sim que é...! Estou deslumbrada! Nunca tivesse podido imaginar...! Que elegância e que luxo...! Não tinha visto nada parecido desde... Bom, e onde nos sentamos? Onde nos sentamos? Em qualquer lugar, com tal de que Jane não tenha corrente de ar. me dá igual me sentar em um sítio ou em outro. Ah! Me aconselha você este lugar? Bom, então senhor Churchill... só que me parece muito bom... mas, enfim, como você queira... O que você mande nesta casa não pode estar mal feito. Jane, querida, como vamos lembrar nos depois nem da metade dos pratos para contar-lhe a vovó? E sopa também! Santo Céu! Não teriam que me haver servido tão logo... mas cheira tão maravilhosamente que não posso resistir a tentação de prová-la.

Omnia Vanitas.

19 de maio de 2015

Anti-antagonista ..

Emma e Frank Churchill (produção BBC Londres, 2009)


Eu não consigo ler Emma e sentir raiva de Frank Churchill. Na verdade, em minha opinião, a leitura só se torna interessante quando ele surge na trama. Ele coloca fogo na vida pacata e sem sal de Highbury. 
Frank Churchill e seu corte de cabelo urgente em Londres - que outro personagem arrumaria uma desculpa tão tola e singular para comprar o presente de sua amada? 
Frank Churchill nunca será um canalha como Willoughby (Razão e Sensibilidade), Wickham (Orgulho e Preconceito), Crawford (Mansfield Park), Elliot (Persuasão) ... John Thorpe é um idiota e não um vilão em A Abadia de Northanger
Frank Churchill é só um cara apaixonado que se atrapalha na hora de disfarçar e guardar o segredo  de amar sua musa. 
Ele é divertido, envolvente, inteligente (na medida de um garoto de 24 anos), sociável e com uma vontade imensa para promover bailes em todos os lugares que se apresenta.

Se ele é para ser o antagonista, sinto muito, mas na minha opinião ele é o anti-antagonista. Tudo em Frank Churchill é divertido e envolvente. E, mesmo Emma descobre esse espírito alegre no jovem cavalheiro e não se deixa envolver por seus galanteios espontâneos e educados. 

Eu gosto dele do início ao fim, mesmo com a pisada na bola que ele dá quando acontece o piquenique Box Hill. 

Leitor, se um dia você tiver vontade de ler Emma, seja justo com Frank Churchill e sua paixão e, leitora, não condene o jovem cavalheiro  porque sua preferência é o adorável Mr. Knightley.

Omnia Vanitas.

18 de maio de 2015

Presentes ..


Sexta-feira, ao chegar em casa, tive a grata surpresa de encontrar um presente para mim: um livro do Stephen King que minha amiga de Floripa teve o carinho de enviar à mim! Eu adorei o presente! Adorei a delicadeza de ela lembrar de uma das minhas várias paixões literárias. Ainda não está encapado, mas está na prateleira com os outros "Kings" que eu ainda não li. E, como todos os outros livros, não vejo a hora de ter um tempo para ler e curtir cada página avançada!

No sábado, depois de ajudar uma irmã, eu fui fazer algumas coisas que havia em uma lista de "obrigações": comprar amendoim de chocolate, pagar um livro, pagar minha irmã, sacar dinheiro etc. Então lembrei que eu tenho uma amiga que também gosta de Stephen King. E, como eu devia um presente de aniversário para ela, fiquei matutando sobre qual livro comprar. Pensei em "Christine", "O Iluminado", "It"...mas, no final, acabei comprando "Misery: Louca Obsessão". Eu  tenho esse livro, mas a minha publicação se chama "Angústia". Eu concordo com um blogueiro que certa vez escreveu que "nunca um título foi tão bem traduzido como 'Angústia'", pois é isso mesmo o que o leitor sente ao ler este livro: angústia. É uma ansiedade louca de ajudar Paul Sheldon a escapar da loucura de Annie Wilkes. A cada tentativa, a cada ideia do personagem, eu sofri a angústia de vê-lo falhar. E, uma curiosidade sobre a senhorita Wilkes: ela tem toda a coleção de Somerset Maugham na sua biblioteca. #Sinitro

Portanto, esse foi meu presente para uma amiga. E ela adorou. Quando eu disse o quanto o livro é bom, a resposta dela foi: "Stephen King é sempre bom!". Eu nem vou escrever mais nada! A frase dela cala qualquer comentário.

Omnia Vanitas.

13 de maio de 2015

Saudade ..

W.Somerset Maugham durante suas férias (em um ano qualquer).

É impossível não sentir saudade dele. Noventa por cento das minhas férias foram na companhia dele, pelo menos, dos livros dele. 
William Somerset Maugham é meu xodó desde 2012 (quando li O Véu Pintado). E, nestas férias, eu não desgrudei dele. Acho que estou sentindo falta daquele período de férias quando eu ficava deitada na varanda de casa com a Costelinha e lendo Maugham. Ele tem sabor de férias. Ler Maugham é como dar à vida um sabor agradável depois de tantos azedos experimentados. A simplicidade e a sabedoria com que ele descreve a alma humana sempre me encantam: seja em um homem culto ou em um selvagem ... Maugham conhece tão bem a personalidade de nossa raça que nenhum dos seus personagens são descartáveis. 
E hoje eu estou com muita saudade dele e de ficar de pernas para o ar lendo seus livros. Mas não posso. Posso só escrever sobre minha vontade e sentir falta do tempo que passei com ele. Talvez eu compre mais um livro dele para não perdê-lo de vista.. enquanto não posso matar meu desejo de lê-lo sossegadamente.

7 de maio de 2015

Jane Austen..

Este ano, a partir de Fevereiro, eu me propus a ler as seis obras acabadas de Jane Austen. No momento, estou na quarta leitura, Emma - que comemora seu bicentenário de publicação neste ano.

Eu adoro ver essa ousadia e ironia de Austen. Ela é simplesmente fantástica. E, como uma mulher dotada de ótimo senso de humor, ela declara sobre si mesma e suas obras:
"Creio que posso me jactar de ser, com toda a vaidade possível, a mais ignorante e mal-informada mulher que jamais teve a audácia de se tornar autora".

Nas obras de Jane Austen é fácil identificar como ela ousa ser autêntica em seu próprio tempo. E, por ser essa sua mais marcante característica, seus livros tinham mais saída e sofriam, como viés, tantas críticas severas.
Em Emma é fácil identificar o que não agradava ao leitor (masculino, claro):
"Uma mulher não tem que se casar como um homem simplesmente porque ele a pede em casamento, nem porque ele gosta dela e lhe escreve uma carta tolerável"
Eu não sei você, leitor anônimo, mas para minha compreensão, eu fico admirada que o livro tenha sido publicado. Ela mostra o quanto uma mulher deve depender apenas de seus sentimentos e não apenas do que um homem sente por ela. Na época de Austen isso é muito perigoso para "moças" lerem. A autora dá as mulheres uma autonomia que não lhes era permitido. Mostra-lhes um caminho alternativo para a vida, que, em hipótese alguma, deveria ser cogitado.
Ainda em Emma, quando a protagonista conversa com o senhor Knightley ela expressa sua opinião sobre pedidos de casamento:
"Os homens sempre imaginam que as mulheres devem estar prontas para aceitar o primeiro que as peça [em casamento]"
 E, mais uma vez, com sua amicíssima Harriet, ela choca a amiga ao declarar que escolheu ficar solteira.
O grande drama e a sacada de Jane Austen é a seguinte: Emma é rica. Mulheres se casavam para obter um marido que as sustentassem e lhes dessem herdeiros. Uma solteira era vista como uma mulher triste e abandonada e com pouca chance de se relacionar bem em uma sociedade. Harriet ainda cita o exemplo da Senhorita Bates (que é solteira na trama de Emma). Porém, a protagonista responderá que a diferença entre ela e a senhorita em comparação não pode ser medida. Ela, Emma, é rica. Ninguém acha uma solteira rica, triste. (rs).
Em defesa das solteiras pobres (como eu - rs) eu respondo à jovem Emma que o problema da senhorita Bates não está no fato de ela ser pobre, mas, ignorante. A senhorita Bates não tem a estima de mulher bem sucedida porque lhe falta um caráter mais sério, culto e polido. A senhorita Bates é aquele tipo de pessoa que você suporta ter por perto mesmo sabe que vai ouvir dela somente comentários frívolos. Mesmo assim, a senhorita Bates é respeitada em sua sociedade (e tolerada por educação).

Então, querido leitor, o que tenho a dizer é que Jane Austen mostra que a mulher deve ter domínio de sua própria vida e não deixar-se levar por aquilo que um tradicionalismo roga. E, mais uma vez, eu me despeço de uma publicação dando louvores à Jane Austen e sua ousadia ao escrever contra tantas regras vazias e sem sentido.

Seja dona de si! Seja coerente com sua maneira de pensar! Viva Jane Austen!

Omnia Vanitas. 


  

6 de maio de 2015

Amizades..

Minissérie da BBC de Londres (2010) Emma - Jane Austen

Hoje, enquanto eu me equilibrava dentro do ônibus para ler, um comentário do Sr. Knightly sobre Emma me chamou a atenção. A propósito, minha atual leitura é Emma, de Jane Austen (1815).

Conversando com a senhora Weston, o querido Sr. Knightly protestava contra a amizade de Harriet Smith e a moradora de Hartfield. Para ele, Emma não deveria se relacionar com Harriet por um motivo muito simples:

"Acredito que ela é a pior espécie de companhia que Emma poderia ter. Não sabe nada e pensa que Emma sabe tudo. É uma bajuladora em todos os sentidos e pior ainda, porque bajula sem intenção, sem interesse. Como será possível para Emma acreditar que ainda tem muito a aprender, com Harriet apresentando-se diante dela com sua inferioridade deliciosa?"

Então, eu parei por um instante e pensei sobre minhas amizades. Claro que nenhuma delas me bajula no estilo Harriet, mas eu pensava sobre "o que eu estou fazendo por elas?". Será que estou sendo amiga o suficiente? Será que consigo mostrar algo bom para elas? Será que não estou sendo egoísta com o meu tempo? Será que estou dando o conselho certo na hora certa?

Em Emma,  a protagonista, quando se trata de amizades, está solitária. Sua única amiga, a senhorita Taylor, casou-se e tornou-se a Sra. Weston. E, mesmo morando à menos de um quilômetro de Hartfield, a estrutura da amizade muda - não o sentimento.
Depois da sra. Weston, o Sr. Knigthly é o companheiro da jovem Emma, mas ainda não é jovem o suficiente para acompanhá-la em seus delírios juvenis.
Na pequena sociedade de Highbury, Emma está sozinha. Mesmo com a chegada do peculiar Frank Churchill e a enigmática senhorita Jane Fairfax, ela continua sem alguém para ser de ombro amigo.

E você, leitor anônimo, o que está fazendo pelas suas amizades?

Omnia Vanitas.

5 de maio de 2015

Mesmas linhas..


Ainda sobre o filme de domingo "A Casa do Lago" há uma cena que eu gosto muito - e está bem no início da trama. 
Kate está conversando com sua mãe sobre o livro que está lendo "Crime e Castigo" do Dostka, e faz este comentário:

"Quando seu pai passou dessa para melhor, foi difícil. Ainda é. Guardando seus livros, é como se ele estivesse comigo, de alguma forma. Sabendo que ele esteve, uma vez, nas mesmas páginas lendo as mesmas palavras".
Sempre que assisto esse filme, eu gosto de ouvi-la comentar sobre esta leitura de "Crime e Castigo". E é assim mesmo. 
Sou compradora adepta de livros usados. Pouquíssimos livros novos compõem minha biblioteca. 
Gosto do prazer de saber que outra pessoa folheou aquelas páginas. Gosto de ler as dedicatórias que algumas trazem, observar o ano e pensar o que o antigo dono pensou ao ler o que eu estou lendo. E fica melhor ainda quando a pessoa deixa algum marcador de página, flor, bilhete, selo ... É como se o livro não fosse somente um objeto, fosse a continuação de uma viagem que chegou até minhas mãos.

Omnia Vanitas.


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4 de maio de 2015

A Casa do Lago..



Domingueira, resolvi assistir um filminho velho. Porque domingo tem cara de coisa velha! (rs).

O motivo de eu escolher esse filme é simples: tem Jane Austen nele! O filme mostra a espera de duas pessoas até se encontrarem. Kate é médica e Alex é arquiteto. Ela está em 2006. Ele em 2004. 

Em Jane Austen, mais especificamente em Persuasão, a trama também está na espera de Anne Elliot e Frederick Wentwort. Mas o tempo-espaço de ambos é o mesmo, ao contrário de Kate e Alex. 

Kate era moradora da casa do lago: projetada e construída pelo pai de Alex. Ao mudar-se, Kate escreve um bilhete e deixa na caixa de correio da casa, explicando o que há no sótão e as marcas de pata de cachorro no caminho para a casa. 
Alex não entende nada do que ela escreveu, pois não havia nada no sótão e nem patas de cachorro na calçada. 
Então, eles descobrem-se em tempo distantes. 

Durante toda a trama, eles trocam bilhetes (deixados na caixa de correio da casa do lago). Através destes bilhetes, eles descobrem que já estiveram no mesmo lugar em algum tempo no passado de Kate e no presente de Alex.

E quando Jane Austen entra?
Kate está na estação de trem quando esquece o livro que ganhou de presente do seu pai: Persuasão. Eu preciso "tirar o chapéu" para o pai de Kate: presentear com Austen é uma amostra de coração sensível! (rs).
Ao trocar correspondência com Alex, ela pede para que ele resgate o livro para ela. É o que ele faz. E, como bom homem criativo que é, devolve a ela o presente do pai de uma forma muito encantadora e, espero que ele tenha lido, na passagem marcante da trama de Austen: o reencontro do capitão com Anne.

Nunca houve dois corações mais abertos, nem gostos mais semelhantes, ou sentimentos mais em sintonia!

Bom, o final eu não vou revelar.. Mas eu estou estragada a semana inteira por conta da dose extra de romantismo do filme + Persuasão.

Omnia Vanitas.



O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...