Livro um
Livro dois
Livro três
Livro quatro
Olá, leitor anônimo!!
Que prazer ter concluído esta primeira parte da saga Memórias de um Médico! Esta coleção estava mais de cinco anos na minha estante para a primeira leitura. E, desde a compra desta coleção foi algo muito especial para mim.
Deixe-me contar:
Eu tinha o plano de fazer um projeto de leitura livre no bairro que eu morava com meus pais; apenas um plano, quando uma amiga leu e levou à frente o projeto. Ela conseguiu vários patrocínios, bateu em várias portas para conseguir tudo o precisava para montar uma caixa para abrigar os livros. Depois, fomos buscar quem nos ajudaria com livros gratuitos para encher a caixinha. Visitamos alguns lugares que poderiam fornecer alguma doação para o projeto e, entre esses lugares, estava o sebo que eu amo visitar em Joinville - O Sebo Livraria. Foi lá que encontrei, sem ter procurado por ele na ocasião: foi na conversa informal com a dona do sebo sobre adaptações cinematográficas que cheguei a comentar sobre a saga e...ela tinha ! Não coleção completa, faltavam dois volumes que seriam muito fáceis de achar na internet ! E foi minha amiga que pagou para mim 😜 ..pois eu não tinha dinheiro na hora.
Ano passado eu fiz um "stories" no Instagram* para comemorar o nascimento de Maria Antonieta pois a saga começa com a chegada dela na França para se casar com o Delfim (futuro Luíz XVI) e, me cobrei essa leitura pois era um crime ter passado tanto tempo para começar a lê-la. E, em Dezembro/19 eu trouxe a primeira parte para casa e jurei que começaria essa coletânea.
Neste ano, em março, foi obrigatório o recolhimento social por conta do COVID-19, então decidi começar a leitura desta obra de Dumas. Um dos motivo principais era não levar esses livros para minhas viagens de transporte urbano para não danificar mais a capa e páginas. Missão cumprida.
A leitura de todos os volumes foi muito agradável. Dumas (e Maquet) souberam compor uma trama que não deixou a leitura massante. Cada personagem foi bem aprofundada. Esta leitura me lembrou muito outras duas leituras: O Conde de Monte-Cristo (pela trama construída em lugares diferentes que se unem em determinada parte da narrativa) e O Visconde de Bragelonne por todas as tramas palacianas - o que me deixou com muita vontade de reler a trilogia de Os Três Mosqueteiros.
Os romances de Alexandre Dumas são em sua maioria históricos. As suas personagens são reais mas o autor lhes dá atitudes que ele decide que servem para a sua obra. Ele não teve a intensão de tomar a história ao pé da letra, mas se utilizou dela para compor a sua realidade. Portanto, a maior parte de seus personagem foram emprestados da história sem intensão de serem reais.
A corte francesa de Luíz XV está toda lá: a amante Du Barry, o marechal Richelieu - sim, mais um Richelieu, as filhas, o delfim, a nora Maria Antonieta... e o homem que dá nome a saga: Giuseppe Giovanni Battista Vincenzo Pietro Antonio Matteo Balsamo. José Balsamo.
Eu desconhecia totalmente esta personagem histórica. Ele foi tudo o que o Balsamo de Dumas é: maçom, alquimista, ocultista, feiticeiro, curandeiro - deve até jogar no bicho!
É com Balsamo que a trama inicia lá no livro um. Ele é o médico cuja memória é escrita.
O verdadeiro Balsamo, Giuseppe tinha uma real Lorenza - mas dela não procurei muito, visto que ela já deixou a trama. Giuseppe foi caçado pela inquisição e, teve um mestre que lhe ensinou sobre alquimia quando o rapaz tinha apenas dezessete anos. Giuseppe também atende pela alcunha de Alessandro, conde de Cagliostro e há alguns livros publicados sobre ele e o seu julgamento durante a Revolução Francesa.
Balsamo é respeitado até hoje como ocultista. Suas últimas palavras antes de morrer foram:
Tradução: "Sou um cavaleiro errante. Não sou de nenhuma época ou lugar, fora do tempo e do espaço, meu ser espiritual vive sua existência eterna e, se imergindo em meu pensamento, volto ao longo dos tempos, se forçar meu espírito a uma maneira de existência longe do que você percebe, eu me torno o que eu desejo".
Nisso Dumas e Maquet acertaram: o José Balsamo da trama fictícia é um viajante além do tempo.
Omnia Vanitas.
*Salvo na pasta "Alexandre Dumas".
Eu desconhecia totalmente esta personagem histórica. Ele foi tudo o que o Balsamo de Dumas é: maçom, alquimista, ocultista, feiticeiro, curandeiro - deve até jogar no bicho!
É com Balsamo que a trama inicia lá no livro um. Ele é o médico cuja memória é escrita.
O verdadeiro Balsamo, Giuseppe tinha uma real Lorenza - mas dela não procurei muito, visto que ela já deixou a trama. Giuseppe foi caçado pela inquisição e, teve um mestre que lhe ensinou sobre alquimia quando o rapaz tinha apenas dezessete anos. Giuseppe também atende pela alcunha de Alessandro, conde de Cagliostro e há alguns livros publicados sobre ele e o seu julgamento durante a Revolução Francesa.
Balsamo é respeitado até hoje como ocultista. Suas últimas palavras antes de morrer foram:
“Sono un cavaliere errante. Non sono di alcuna epoca né di alcun luogo, al di fuori del tempo e dello spazio, il mio essere spirituale vive la sua eterna esistenza e, se immergendomi nel mio pensiero risalgo il corso delle età, se distendo il mio spirito verso un modo d’esistenza lontano da quello che voi percepite, divengo colui che desidero."
Tradução: "Sou um cavaleiro errante. Não sou de nenhuma época ou lugar, fora do tempo e do espaço, meu ser espiritual vive sua existência eterna e, se imergindo em meu pensamento, volto ao longo dos tempos, se forçar meu espírito a uma maneira de existência longe do que você percebe, eu me torno o que eu desejo".
Nisso Dumas e Maquet acertaram: o José Balsamo da trama fictícia é um viajante além do tempo.
Omnia Vanitas.
*Salvo na pasta "Alexandre Dumas".
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