Olá, anônimo leitor!
Fim de mais uma releitura!
Sei que fiquei devendo os apontamentos de Emma, mas preferi permanecer com o que já havia escrito sobre a leitura.
E, agora, Mansfield Park.
Antes, deixe-me contar minhas memórias de leitura com este livro. Primeiramente, ele é um presente de Natal de uma amicíssima minha; e a frase que ela usou ao presentear-me foi: Eu não sabia o que comprar, então comprei um livro da Jane Austen.
Naquela época eu tinha apenas os livros Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade e eu estava numa vibe de clássicos históricos - esta é a justificativa para ela não saber se eu iria gostar de ganhar um livro da Jane Austen. Eu parei a leitura de O Corcunda de Notre Dame e mergulhei em Mansfield Park. A minha resposta para o presente foi: Eu estava com muita vontade de ler Jane Austen!
Ainda nesta primeira leitura, que aconteceu no verão de 2003, eu estava voltando do trabalho e uma chuva torrencial caiu sobre a cidade. Joinville, a cidade que eu habitava, tem um rio no centro do município que, seja com a subida da maré ou com chuvas constantes - ou a junção destas situações - o terminal de ônibus central fica inundado. E foi isso que aconteceu naquela chuva.
Para meu alívio, encontrei um banco, cruzei as pernas e fiquei lendo por volta de três horas e, a passagem que marcou este dia foi quando Mr. Crawford afirmou que gostaria de se tornar clérigo. Eu ri sozinha - rodeada por água suja de enchente.
E, a segunda leitura eu a recordação que foi quando estava lendo Mansfield Park que eu fui mergulhar em um domingo com outros amigos. Foi um ótimo dia.
Continuando agora com as impressões de leitura.
Antes, deixe-me contar minhas memórias de leitura com este livro. Primeiramente, ele é um presente de Natal de uma amicíssima minha; e a frase que ela usou ao presentear-me foi: Eu não sabia o que comprar, então comprei um livro da Jane Austen.
Naquela época eu tinha apenas os livros Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade e eu estava numa vibe de clássicos históricos - esta é a justificativa para ela não saber se eu iria gostar de ganhar um livro da Jane Austen. Eu parei a leitura de O Corcunda de Notre Dame e mergulhei em Mansfield Park. A minha resposta para o presente foi: Eu estava com muita vontade de ler Jane Austen!
Ainda nesta primeira leitura, que aconteceu no verão de 2003, eu estava voltando do trabalho e uma chuva torrencial caiu sobre a cidade. Joinville, a cidade que eu habitava, tem um rio no centro do município que, seja com a subida da maré ou com chuvas constantes - ou a junção destas situações - o terminal de ônibus central fica inundado. E foi isso que aconteceu naquela chuva.
Para meu alívio, encontrei um banco, cruzei as pernas e fiquei lendo por volta de três horas e, a passagem que marcou este dia foi quando Mr. Crawford afirmou que gostaria de se tornar clérigo. Eu ri sozinha - rodeada por água suja de enchente.
E, a segunda leitura eu a recordação que foi quando estava lendo Mansfield Park que eu fui mergulhar em um domingo com outros amigos. Foi um ótimo dia.
Continuando agora com as impressões de leitura.
É incrível como nenhum personagem consegue me cativar. Na maioria das vezes, eu tenho vontade de bater em todos. Pais negligentes, filhos negligentes, vizinhos negligentes, tios negligentes - a tia Norris é uma bruxa... e a protagonista é muito pacífica. Ler Mansfield Park depois de ler Emma talvez não me ajudou a gostar do caráter silencioso de Fanny Price. Mesmo que eu leia Orgulho e Preconceito antes, os créditos para Fanny não aumentam. Mas não posso culpá-la.
Enquanto as demais heroínas são donas de sua própria vida, a senhorita Price é uma órfã de pais vivos que mora de favor na casa dos parentes abastados e que poucas vezes sentiu-se querida em seu meio.
Mas nem tudo está perdido. O que a falta de habilidade em discursar tem de menor, a capacidade de observar e refletir e permanecer é marcante em Fanny. Suas conclusões são ponderadas de maneira exemplar, mesmo quando vai contra os seus desejos: como achar civilidade e redenção em Mr. Crawford.. e meio minuto a mais a salvou de uma premeditada tragédia. E essa é a única parte do caráter de Fanny que me atraia: ela pensa, ela sabe utilizar o tempo que tem para saber onde estar e como avaliar. Prudente em suas reflexões e ações e não tardia em exprimir o que pensa de maneira a ser compreendida.
O contrapé da personalidade desta heroína é que ela não se vê com grande valor. A saúde dela é frágil - é a única protagonista de Austen que tem essa fraqueza. Ela não reconhece o seu valor - sempre está tirando o mérito que tem perante os outros por ser pobre; em contraponto, ela sabia que o caráter dos outros membros era mau - e, nem assim, ela se achava superior.
Eu não quero qualificá-la com a necessidade de ser arrogante em si, mas um pouquinho de amor-próprio não faria mal.
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