1 de março de 2017

Sétima leitura..



Maugham é muito bom!

Este livro foi minha primeira leitura de Somersert Maugham. Eu assisti ao filme baseado no livro e, arrebatada, comprei o livro.

Comecei a reler ontem e, hoje pela manhã consegui terminar. Diferente da primeira leitura, não foi com lágrimas que o livro voltou para a estante, mas ainda assim fiquei apaixonada. 

Dois seres humanos diferentes casaram-se. Eu sei que a máxima popular diz que os opostos se atraem, mas Walter e Kitty estavam longe fazer jus ao ditado. 
Ela casou com desespero e ele pela beleza dela.

A psicologia de ambos não era atraente entre si. Ela odiava o silêncio casmurro dele e ele esforçava-se para gostar das futilidades dela.

Logo, veio a traição.

Mimada e apaixonada por si, Kitty não conseguia amar ninguém, exceto o amante - o único a quem se entregou integral. 

Walter, que antes cobria de pétalas o chão que Kitty caminhava, agora lhe denotava indiferença. E ambos aceitaram a infelicidade conjugal em Mein-tan-fu.

O melhor do livro é a mudança gradual da personalidade da esposa. 
Vivendo em meio ao vírus da cólera e totalmente longe de todas as opções fúteis de diversão, Kitty volta-se para uma realidade transformadora: a morte.
Parecendo jogarem o macabro jogo de "quem morrerá primeiro", ela é aceita em um orfanato de freiras francesas e lá descobre ser útil - algo que nunca havia sido em sua vida.
A morte, a miséria, o sacrifício pelo próximo, tornaram a esposa de Walter Fane um ser humano melhor que buscava se ajustar na sociedade caótica de Mein-tan-fu. 

As descobertas que faz sobre si, o casamento, o amante e, principalmente, sobre a morte, transformam Kitty por completo.

Depois de tantas experiências e reflexões, ela decidiu tornar a vida útil, não somente para si, mas ao próximo.


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