28 de novembro de 2016

Férias..


No próximo final de semana, eu estarei visitando meus pais. Além de matar a saudade da família e dos amigos, vou aproveitar para trazer alguns livros para meu projeto de releitura em 2017. E, como estarei levando alguns livros que estão em nossa casa, vou aproveitar e ler mais um Maugham para contar na bagagem.

Eu adotei o hábito de ler Maugham durante as minhas férias do  trabalho. Sendo que agora sou dona do próprio negócio, entrar em gozo de férias é algo fora da realidade atual. Então, para manter meu gosto, vou ler Maugham agora - já que a maioria das escolas estão em férias. 

O título original é Cosmopolitans, mas a tradução para o português é 29 Histórias.
Assim como em Ah King, são histórias que Maugham escreveu durante suas viagens, neste caso, para a China. Ele não quis mexer muito nos contos para não perder o valor do momento em que foram escritas. Estou ansiosa para ler. 
As histórias de Somerset Maugham tem uma simplicidade na forma que são criadas que me permitem voar até uma praia retirada nos mares do sul, cruzar uma ponte pensil com um equilíbrio vascilante e sentar em uma poltrona para ouvir a história de algum habitante de tal lugar perdido no tempo. 

E haverá mais Maugham em 2017 pois ele está na minha lista de releituras - o problema é escolher quais reler! ;)

17 de novembro de 2016

Nostalgia..


O que lhe traz nostalgia, saudoso leitor?

Eu visitei minha mãe no último final de semana e, mais uma vez, entrei no meu escritório e vi meus livros; todos lindos e, alguns, esperando por 2017.
Subi no braço do sofá para alcançar as prateleiras e peguei alguns para folhear. Tão lindos. Quanta saudade dos dias que eu os li. A maioria está significativamente cravado em minhas recordações:

- Misery, em um janeiro quente, na varanda da casa dos meus pais. Tantos chás gelados para aplacar o calor do verão insano. Noites e dias, dias úteis e finais de semanas, todos tão deliciosos. Ou quando li Desespero e chorei copiosas lágrimas no final da leitura (I João 4:8). As madrugadas lendo IT, A Coisa.

- Histórias dos Mares do Sul, do meu amado Maugham. Cada história enchendo meu coração de alegria e paz. Ah King durante uma virada de ano ao lado da minha cachorrinha, a Costelinha.

- O dezembro que reli O Hobbit e vim rindo no ônibus porque Bilbo chegou na casa de Beor. As noites de chuva de Setembro quando li O Senhor dos Anéis.

Essa é a magia dos livros sobre mim: ao primeiro toque ou no primeiro olhar, eu recordo o momento feliz que passei na (re)leitura dele.

Omnia Vanitas

16 de novembro de 2016

O tempo passa..



Olá, leitor anônimo!

Como você já sabe, estou relendo uma obra clássica de Alexandre Dumas (père) em francês integral. O crescimento não é o desejado, mas estou batalhando para chegar até o meu objetivo de leitura, ou seja, ler sem utilizar as "muletas" que utilizo atualmente. Tudo é questão de dedicação e tempo.
E é sobre a segunda questão que quero escrever hoje.

É comum ler livros onde o tempo é algo inerente para a solução da trama. Em O Conde de Monte Cristo não é diferente; o tempo é de maneira excepcional necessário.

Na primeira parte o protagonista Edmond Dantès é um jovem de 19 anos (1815), em pleno vigor de sonhos e saúde e completamente ignorante da maldade que o cerca. O jovem julga que ninguém pode lhe invejar nada pois ele não possuía algo que alguém pudesse desejar. Ledo engano; e quem mostrará as joias que Dantès dispunha e, também, desvendará a maldade da alma humana ao jovem injustiçado,  será o abade Faria - personagem real usado na trama de Dumas.

A segunda linha significativa de tempo é quando Edmond é "sepultado" no cemitério do Castelo de If, ou seja, jogado no mar. Após passar dias à deriva numa ilha deserta, ele encontra Jacopo - muito produtivo no filme de 2002 e pouco à dizer na narrativa, Dantès está no ano de 1829. Seja místico ou não, o fugitivo contava a idade de 33 anos. 

Não se passou muito meses até que Dantès se viu livre do antigo visual carcerário e vestiu algo mais contemporâneo para 1829. Depois disso, ele foi atrás de pessoas que foram significativas para rumar as decisões do jovem milionário. 
Caderousse, seu antigo senhorio, foi a primeira visita: buscou com ele informações sobre cada um que participou do complô contra si. A segunda pessoa foi seu antigo patrão, Monsieur Morrel - motivo de várias lágrimas durante os capítulos que discorrem sobre a vida atual do mercador.

A terceira passagem de tempo relevante é o ano de 1838. Este período é o mais interessante de todos pois é quando a vingança é posta andamento - literalmente. Durante o período entre 1829 e 1838, Dantès busca conhecer os passos dos seus inimigos, como agiram durante o período que o protagonista esteve na prisão. 
1838 começa na Itália, durante o Carnaval, com dois personagens completamente desconhecidos da trama, exceto pelo sobrenome de um deles.. 





11 de novembro de 2016

10 de novembro de 2016

Leitora procura..



Há muito tempo eu procuro uma parceria na leitura. 
As tentativas de ler e discutir um livro com pessoas que liam o mesmo que eu li no mesmo tempo/espaço não foram bem sucedidas!
A esperança ainda permanece!

Alguém, neste vasto mundo cibernético, que busque uma leitura séria e diálogos contundentes, por favor, entre em contato comigo através deste blog.

Omnia Vanitas.

Receita Literária ..


Chegou para mim, no sebo, um livro do Umberto Eco que foi minha primeira leitura do italiano: O Cemitério de Praga. Eu adorei ler este livro, cheio de tramas, traições e história. E, logo no início da leitura, há esta receita que eu sempre fico ensaiando em fazer. 
Já que este livro chegou em minhas mãos novamente, quero compartilhar a receita com você, glutão leitor!

Segue:
*(...) Por exemplo, umas Côtes de Veau Foyot:
carne com ao menos quatro centímetros de espessura, porção para dois, claro, duas cebolas de tamanho médio, 50 gramas de miolo de pão, 75 de gruyère ralado, 50 de manteiga; esfarela-se e torra-se o miolo até o transformar em farinha de rosca, que será misturada com o gruyère; depois se descascam e picam as cebolas, derretem-se 40 gramas de manteiga numa panelinha, enquanto em outra refogam-se suavemente as cebolas com a manteiga restante; cobre-se o fundo de um prato com metade das cebolas, tempera-se com sal e pimenta a carne, que é colocada no prato e guarnecida lateralmente com o restante das cebolas, envolve-se tudo com uma primeira camada de farinha de rosca e queijo, fazendo a carne aderir bem ao fundo do prato, deixando escorrer a manteiga derretida e esmagando levemente com a mão; coloca-se outra camada de farinha de rosca e queijo até formar uma espécie de cúpula e acrescentando manteiga derretida; borrifa-se tudo com vinho branco e caldo, sem ultrapassar a metade da altura da carne.
Coloca-se o prato no forno por cerca de meia hora, continuando a molhar com o vinho e o caldo. Acompanhar com couve-flor sautée.
 Exige um pouco de tempo, mas os prazeres da cozinha começam antes dos prazeres do palato, e preparar significa pregustar, como eu estava fazendo, ainda me espreguiçando na cama.

A receita não está completa, falta uma especificação aqui e outra ali, e eu não me darei o trabalho de buscar a receita integral, pois faria isso somente com os acessos de internet - que é algo muito volátil. Então, salivante leitor, busque a receita que mais lhe agradar deste prato e experimente esta joia da culinária literária.





*ECO, Umberto. O Cemitério de Praga. 5ªed. Record, 2011.

7 de novembro de 2016

Blá-blá-blá e afundou..


Deixe-me lhe contar uma coisa sobre minhas habilidades náuticas: inexistentes.

Eu não sei absolutamente nada sobre navegação. Meu senso de direção (sobre tudo) se limita a saber o que direto-esquerdo-frente-trás e só. Acaba aqui.

Por eu estar lendo um clássico que tem a navegação marítima como pano de fundo {Dantés era o imediato do Pharao}, é inevitável que surja narrativa sobre como o navio era conduzido. Seja em língua portuguesa ou em língua francesa, tudo o que eu me dou ao trabalho de entender é: blá-blá-blá e afundou. Simples assim. "Estibordo", "bombordo", proa, ... convés eu sei o que é. Então, hoje, enquanto lia meu querido romance de Alexandre Dumas, esta parte da narrativa foi totalmente ignorada por mim; segue:

— Range à prendre deux ris dans les huniers ! cria le capitaine ; largue les boulines, brasse au vent, amène les huniers, pèse les palanquins sur les vergues !
— Ce n’était pas assez dans ces parages-là, dit l’Anglais ; j’aurais pris quatre ris et je me serais débarrassé de la misaine.


Então, minha compreensão é que houve uma manobra náutica feita pelos empregados do senhor Morrel para salvar o navio: solte não sei o que, jogue sei lá onde, puxe o treco, baixe o troço .. e daí Edmond Dantés, o inglês na cena, diz que faria isso ou aquilo.
Totalmente inútil para mim buscar compreensão em palavras que, mesmo em português, são um assombro para minha mente sem rota.

Eu sei que quando minha leitura de Moby Dick chegar, muitas manobras marítimas serão mandarim para mim! Por mais que eu goste de ler e buscar conhecimento, ...tudo tem um limite! 

Omnia Vanitas.

6 de novembro de 2016

A Lista de Adelita


Voltei!

E estou com uma dúvida cruelíssima! Que livros ler em 2017?

No ano que vem, eu me comprometi a ler todos os livros que eu já li (e tenho); ou seja, 2017 será um ano de releituras. Será maravilhoso poder ler os livros que me encantaram .. mas, QUE LIVROS DEVO ESCOLHER??

Vou ler Maugham: mas que livros de Maugham devo ler? Amo todos que li: O Véu Pintado, O Fio da Navalha, Ah King, Histórias dos Mares do Sul ..nossa! Tudo de Maugham eu amo!

E Stephen King? Meu primeiro livro foi O Cemitério, adorei Desespero, Cujo, O Iluminado, A Coisa, Misery .. tudo!

E Tolkien? O Hobbit, Silmarillion ou a trilogia do Anel? Todos? E Contos Inacabados, Mestre Gil de Ham, Roverandom..??

E as irmãs Brontë? E Jane Austen?

E ainda tem Dostoièvski, Melville, e ainda tem a literatura brasileira: Machado de Assis, José de Alencar, Rachel de Queirós, Aluísio Azevedo e .. e.. tantos livros e apenas 365 dias. Que injusto! Que cruel!

Sem contar que não posso deixar minhas leituras em francês paradas para não retroceder .. então, ou releio tudo o que li em francês ou terei problemas em mantes o vocabulário que aprendi até agora!

A vida é cruel com leitores compulsivos e ansiosos!

Omnia Vanitas!

O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...