19 de maio de 2016

Cui bono..?*



Desde o dia que meu marido e eu decidimos nos unir em matrimônio, eu dei um aviso muito importante para nossa convivência doméstica: os trabalhos de casa serão divididos. 
E ele aceitou. Então, por não possuir dotes domésticos adequados à minha exigência de organização e limpeza, aos poucos ele está "entrando nos eixos". 
Há três tarefas que ele deve desempenhar - fora algumas que ele faz em caráter extraordinário:

- Guardar a própria roupa limpa
- Recolher o lixo do banheiro e da cozinha e
- Lavar a louça

(atividades acessórias, não extraordinárias)
- Estender a própria toalha de banho
- Colocar a roupa suja no cesto

Ontem, por exemplo, ao chegarmos em casa do trabalho, ele tinha a tarefa de lavar a louça. Como uma criança que faz manhã e quer barganha, eu fiz um trato com ele. É o seguinte:

"Lavo a louça de hoje, quinta e sexta-feira se eu puder comprar alguns livros que quero".
Ele analisou a proposta, consultou nossa contabilidade doméstica e a própria vontade de se ver livre desta atividade caseira...e eu possuo três novos livros na minha estante:

- Du Coté de Chez Swann (Marcel Proust)
- L'Exposition Coloniale (Erik Orsenna)
- Le Château des Carpathes (Jules Verne)



Omnia Vanitas


*quem se beneficia?


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