Mais um leitura terminada!
Neste domingo eu tive uma folguinha: marido assistindo futebol na televisão é sinônimo de tempo livre para leitura/estudo.
Na minha nova "Meta de Leitura" tenho três livros de Jules Verne; um deles me entreteu no domingo, Le Tour du Monde en 80 Jours. Foi uma leitura em français facile no nível A2.
Verne é muito divertido em seus textos - mesmo sendo uma iniciante eu já estou contagiada por ele!
A história é sobre o inglês Phileas Fogg - um homem fleumático e calculista; e seu gosto por aventura parece não condizer com sua tranquila personalidade. Adorador de jogo de cartas e horários marcados, o enigmático Philleas Fogg faz uma aposta com seus quatros colegas de jogo: dar a volta ao mundo em apenas 80 dias.
A história é fantástica pelo ponto da vista da época: viagens de navio e trem são a coqueluche do que há de melhor para se viajar em 1872 - já que as estradas de ferro foram o que havia de mais rápido (visto que antes de fazia o percurso à cavalo e charrete - se o viajante tivesse uma boa posta esperando pela troca, obviamente a viagem seria um pouco mais "ligeira"). Porém, nada se comparava a viajar de trem. Leia o disse o escritor sobre a velocidade e o tempo ganho em viajar de trem:
"Quand Phileas Fogg prend le train à San Francisco pour traverser toute l'Amerique de l'oust vers l'est, cette ligne de chemin de fer vient d'être finie. Elle a trois mille sept cent quatre-vint-six miles anglais, c'est-à-dire à peu près 6 000 kilomètres. Avant, il fallait six mois pour aller de New York à San Francisco; avec cette nouvelle ligne de chemin de fer, on met sept jours".
E o término do Canal do Suez também é uma outra facilidade. No plano de viagem de Mr. Fogg, o trajeto por mar também mostra uma "agilidade":
De Londres à Suez, par le train e t par le bateau - 7 jours
De Suez à Bombay, par le bateau - 13 jours"
Rapidez!
Jules Verne, para escrever esta obra, conversou com companhias marítimas para saber a projeção/horários de viagem, assim como os mapas para as estradas de ferro para conhecer os horários da França, Grã-Bretanha, América e Índia. Tudo isso ele escreveu sem nunca ter passado por esses lugares.
Apesar de escrever sobre a modernidade contemporânea, ainda há uma viagem que fizeram sobre o lombo de um elefante!
Outra situação comum na época de Jules Verne eram as publicações de folhetins: este livro, antes de ser livro, foi publicado em jornal; os leitores acompanharam, ávidos, o trajeto deste sério aventureiro.
Outra coisa que é fácil de notar nesta leitura, tudo o dinheiro paga. Todas as pessoas que impedem o trajeto de Phileas Fogg são "conquistadas" por uma boa soma de dinheiro. Esse é um dos motivos para o viajante não perder a calma durante o percurso: tudo tem um preço (alto).
Por mais que a aposta ganha renderia uma boa soma monetária para Phileas Fogg, ele se aventurou pelo simples desejo de se aventurar!
Há muitas passagens no livro que me fizeram rir: Passepartout, o empregado do rico inglês, também é uma figura que cativa pela carisma.
Eu recomendo, sem titubear, a leitura deste clássico. Tenho ele no meu sebo para venda, mas vou separar para levar para minha mãe ler - ela precisa se divertir com essa leitura de Jules Verne! Aposto que ela também dará um boa risada ao ler sobre a eleição do Juiz de Paz !
A próxima leitura de Verne será Vingt Mille Lieues sous Les Mers - em français facile B1. Mas antes, continuarei minha adorável leitura de Le Comte de Monte-Cristo.
É isso, amigo leitor! Eu gostaria de ter feito esta publicação toda em francês, mas como estou fora do curso de francês e "deficiente" em alguém para corrigir meus textos ... eis a publicação "mista".
Omnia Vanitas.