7 de junho de 2013

A tal da Virgindade..




Estava lendo algumas reportagens na internet, especificamente, na Globo.com. Eu não assisto, com afinco, as novelas. Acho que a última foi "Lado a Lado", porém, sem uma assiduidade marcada.
Bom, a nova novela das vinte de uma, na Rede Globo, chama-se "Amor à Vida". Esses dias, vi uma chamada no site desta novela, algo relacionado à virgindade de uma das personagens. A personagem se chama Perséfone (na mitologia ela casou com Hades, forçada porém, diz a lenda, que ela acabou aceitando-o como marido depois que Deméter -seu pai- quis resgatá-la).
Ela é uma enfermeira, beirando os 40 anos, que ainda não teve relação sexual com nenhum homem. Ao que parece, ela anseia por isso, mas possui "requisitos" - ou os possuía - para que se entregasse ao ato sexual.

O que me deixou indignada é como é tratada a virgindade de Perséfone:

Para quem vem acompanhando as peripécias de Perséfone (Fabiana Karla) para resolver o seu maior problema, a virgindade, aí vai uma pérola: todos já sabem que a enfermeira está atrás de Daniel (Rodrigo Andrade) para que ele a ajude com isso e parece que o fisioterapeuta está disposto a resolver tudo, isso depois de ela dizer que tem um montão de cerveja para ele no apê dela!
Oi? Desde quando "virgindade" é problema? Que cultura é essa que impõe à alguém a necessidade de se envolver sexualmente com outra pessoa para que seja tratada como "normal"?

Eu fui virgem até os meus 24 anos. E nunca vi problema nenhum em ser virgem! Eu achava até divertido "escandalizar" algumas pessoas com essa situação. Eu brincava com minha irmã número 5, dizendo que eu iria bater o recorde dela (que não teve relação sexual até 20 anos). Claro que há o desejo, o libido que, por vezes, parece gritar à plenos pulmões; porém, na minha criação - e não a condeno - eu fui levada por princípios que fizeram com que eu me relacionasse somente nessa idade. E, sem querer frustar meu parceiro, eu poderia ter esperado mais um tempo até ter a primeira relação. Minha visão mudou muito desde aquele dia até hoje.
Atualmente, é tão comum ver adolescentes se relacionando sexualmente, com naturalidade. Algo semelhante à: "um mês namorando, então DEVEMOS transar". Sexo vai além do contato físico. A falta de preparo psicológico para lidar com essa situação é grande. Quantos adolescentes ficam pais e, como consequência, poucos conseguem educar seus filhos com a dignidade necessária: alimentação diária de qualidade, moradia, saúde, escolaridade etc. São pais precoces que não estão preparados para essa função. Os adultos, atualmente, não estão, imaginem, então, os mais jovens e inexperientes.

Podem me chamar de careta e retrógrada, fiquem à vontade, mas, para mim, sexo vai muito além de um simples contato de pele. Há sentimentos envolvidos. São poucos os que possuem discernimento para sair de um relacionamento sem mágoas. Pouquíssimos. O problema não está no sexo, está em relacionar-se com o outro. Sexo é a melhor parte, concordo, mas não é o que garante bons frutos na relação.
Pense comigo, porque se entregar à alguém que não irá respeitar-lhe, cuidar e amar-lhe. Não, eu não li Jane Austen excessivamente. Porém, eu acredito que minha liberdade está em não escolher fazer sexo com outra pessoa porque meus princípios me guiam para isso.
Que liberdade opressora é essa que quer me obrigar a transar para ser "livre"!! Que ditadura é essa que me diz que eu preciso ter vários parceiros para ser vista como "livre"!! De onde tiraram esse absurdo??
Eu quero ser respeitada como mulher, mas não é por isso que vou me relacionar sexualmente a torto e a direito. Quem disse que só poderei ganhar respeito desta forma?
Sou cristã, livre para escolher as minhas atitudes. Eu sigo à Cristo - ninguém me impôs isso, eu escolhi aceitar o sacrifício vicário de Jesus. Eu vivo mediante essa fé. Podem me achar carola, medíocre, ignorante, o que for. São vocês, não sou eu que pensa isso sobre mim. Tenho formação acadêmica, leitura suficiente e fé para discernir o que é bom ou não para mim. Não venham com aquele papo tolo que todo crente é burro!
Sou mulher para escolher se quero ou não ter relação sexual. Assumo minhas atitudes, quer gostem ou não.  Aceito o sacrifício que cada escolha traz.

Omnia Vanitas.


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