Olá, indeciso leitor!
Ainda não sei se gosto deste livro.
Quando peguei esse livro na estante, logo achei que seria uma dessas história arrebatadores de Aluisio Azevedo. Enganei-me.
Primeiramente, esta história se passa em Paris, no século XVII. Péssimo!
Em segundo lugar, eu não achei os personagens cativantes ou bem envolvidos na trama. O enredo parece pular de um lugar para outro sem muito sentido. Personagens são deixados para trás sem motivo aparente.
E a trama é a seguinte: um órfão é deixado na porta de um seminário e, um padre que buscava por sua remissão de uma vida libertina, encontrou no menino a sua absolvição.
Angelo, este é o nome do órfão, foi criado para se tornar um eclesiástico perfeito, sem mácula ou qualquer tipo de vício que o pudesse tirar a virtude - incluindo a sua virgindade.
O garoto teve pouco convívio social, morou durante muito tempo dentro de uma espécie de sótão e só conversava com pessoas que não poderiam tirá-lo do caminho de fé traçado pelo seu "pai", Ozéas.
E, para mim, só os nomes já começaram errado. França com Angelo e Ozéas não me cativaram.
A ideia do menino viver no clausuro para tentar criar um homem sem vícios, bacana! Mas, sem aviso prévio, levá-lo para uma grande multidão ouvir a sua primeira pregação e, ainda assim, levar todos às lágrimas - achei forçado.
E a paixão repentina pela cortesã que - só e olhar - enche o rapaz de amor puro e sincero. Não comprei a ideia.
E esta foi a primeira parte.
A segunda parte mostra o jovem Angelo vivendo sozinho, pensando em Alzira - que se muda para a região onde o jovem e virtuoso padre mora. O segundo encontro deste casal é surreal e até anima um pouco o desenrolar da segunda parte quando o jovem padreco tem lá os seus sonhos. Mas ainda assim é uma história sem muito atrativo.
Assim como em O Seminarista, de Bernardo Guimarães, o jovem toma a sua decisão entre a vida eclesiástica ou a vida com Alzira.
Mas algumas pontas ficam abertas.
Como já mencionei, depois de ler O Cortiço e O Mulato, ficou muito difícil engolir A Mortalha de Alzira como uma obra de Aluisio Azevedo.
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