24 de fevereiro de 2020

Leitura oito..



Olá, indeciso leitor!

Ainda não sei se gosto deste livro. 

Quando peguei esse livro na estante, logo achei que seria uma dessas história arrebatadores de Aluisio Azevedo. Enganei-me. 

Primeiramente, esta história se passa em Paris, no século XVII. Péssimo! 
Em segundo lugar, eu não achei os personagens cativantes ou bem envolvidos na trama. O enredo parece pular de um lugar para outro sem muito sentido. Personagens são deixados para trás sem motivo aparente. 

E a trama é a seguinte: um órfão é deixado na porta de um seminário e, um padre que buscava por sua remissão de uma vida libertina, encontrou no menino a sua absolvição.
Angelo, este é o nome do órfão, foi criado para se tornar um eclesiástico perfeito, sem mácula ou qualquer tipo de vício que o pudesse tirar a virtude - incluindo a sua virgindade. 
O garoto teve pouco convívio social, morou durante muito tempo dentro de uma espécie de sótão e só conversava com pessoas que não poderiam tirá-lo do caminho de fé traçado pelo seu "pai", Ozéas.

E, para mim, só os nomes já começaram errado. França com Angelo e Ozéas não me cativaram. 

A ideia do menino viver no clausuro para tentar criar um homem sem vícios, bacana! Mas, sem aviso prévio, levá-lo para uma grande multidão ouvir  a sua primeira pregação e, ainda assim, levar todos às lágrimas - achei forçado.
E a paixão repentina pela cortesã que - só e olhar - enche o rapaz de amor puro e sincero. Não comprei a ideia. 

E esta foi a primeira parte.

A segunda parte mostra o jovem Angelo vivendo sozinho, pensando em Alzira - que se muda para a região onde o jovem e virtuoso padre mora. O segundo encontro deste casal é surreal e até anima um pouco o desenrolar da segunda parte quando o jovem padreco tem lá os seus sonhos. Mas ainda assim é uma história sem muito atrativo. 

Assim como em O Seminarista, de Bernardo Guimarães, o jovem toma a sua decisão entre a vida eclesiástica ou a  vida com Alzira. 
Mas algumas pontas ficam abertas.

Como já mencionei, depois de ler O Cortiço e O Mulato, ficou muito difícil engolir A Mortalha de Alzira como uma obra de Aluisio Azevedo. 

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