Olá, atrasado leitor!
Terminei esta leitura de Oliver Twist no mês de Novembro, mas, infelizmente, meu tempo disponível foi somente hoje!
E, talvez, eu tenha coisas demais para escrever e faça, por isso, duas publicações.
Como já escrevi anteriormente, eu fiz marcações em partes da leitura, e será sobre elas que escreverei neste primeiro momento.
Primeiramente, separei o livro em quatro partes.
- do capítulo I ao VII, Oliver Twist está no ambiente do asilo e sua sociedade está em torno desta casa. É nesse período que o protagonista chora muito. Nestes primeiros seis capítulo ele foi às lágrimas nove vezes - incluindo o choro de nascimento. Outra curiosidade que observei foi que Oliver poucas vezes interage nas cenas. Sua participação é quase de coadjuvante da história. As pessoas em volta são descritas, conversam, riem... E Oliver permanece em silêncio ou em choro.
- do capítulo VIII ao XXVII, Oliver muda de cidade por não aguentar a injustiça proferida àquela que ele ama. Seus novos amigos, apesar da reputação não tão ilibada quanto a dos outros que conheceu antes, dão ao menino um lugar para morar e comida.
Nesta parte da trama a identidade de quem seria Oliver Twist é apresentada ao leitor. E, a amizade que outrora era valiosa para o menino, nesta altura, o põe em apuros.
- do capítulo XXVIII ao XXXVII, a história muda de cenário novamente e Oliver conhece pessoas que realmente o podem ajudar - e, talvez, desvendar um pouco de quem pode ser esse jovem órfão. A ajuda virá de uma pessoa inesperada.
- do capítulo XXXVIII ao LIII - eu não escreverei sobre os pontos relevantes para não atrapalhar a leitura de alguém, apenas quero deixar registrado que o tom da narrativa, para mim, mudou de modo significativo. A ironia marcante do início da narrativa fica de lado ao longo da trama, e a maneira como os acontecimentos finais foram descritos me deixou um pouco assustada; pois aquela história que parecia suave se tornou pesada. Mas adorei cada capítulo.
Eu escrevi algumas anotações na borda das folhas, mas infelizmente não conseguirei transmitir tudo o que gostaria pois o texto ficaria extenso demais. Apenas, permita-me, considerado leitor, algumas observações:
- a descrição de um enterro (na primeira parte) é triste. A morte ainda consegue ser mais miserável que própria vida.
- a fidelidade das crianças a Fagin (o velho judeu) é tão sincera que mesmo quando estão no cadafalso com sua vida ao fim não o traem. Existe uma lavagem cerebral, algumas vezes sutil em outras amedrontadora que leva as crianças a crerem que não poderão/poderiam ser outra coisa.
- Charles Dickens debocha abertamente dos filósofos e seus pensamentos tão fora da realidade das pessoas que não estão no seu círculo de pensadores, e disso faz isso - com grifo meu - no capítulo XIII para descrever como Dawkins e Bates fogem quando Oliver é levado à prisão.
- sobre a prisão, há a descrição de três tipos de pessoas que frequentam a cadeia inglesa: "um delinquente miserável, descalço, que havida sido preso por tocar flauta"; "...um vagabundo de sessenta e cinco anos que estava preso (...) por esmolar nas ruas e não fazer nada para ganhar a vida" e "na cela seguinte encontrava-se outro homem, o qual se achava preso por vender caçarolas de estanho sem licença, com o que fazia alguma coisa para ganhar a vida, mas em detrimento do Tesouro Público" (cap.XIII).
Leitor anônimo, terminarei esta primeira postagem aqui - para não alongar muito o texto.
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