3 de agosto de 2019

Marcas de um livro..

Olá, leitor!

Alguns livros são como marcas em nossa vida: seja pela história que trouxeram consigo ou marcas que fizeram naquele momento. E, sem querer, Persuasão tornou-se um livro com marcas muito singulares na minha vida.

Esta semana, na conta do meu Instagram, eu fiz a leitura da carta do Capitão Wentworth para Anne Elliot. 

Ontem, meu marido de presenteou uma nova edição do livro Persuasão de Jane Austen. (foto acima).

E, então, comecei a pensar nas leituras que já fiz deste livro e, todas as vezes, aconteceram situações únicas na minha vida. 
Se for paciente, continue lendo.

A primeira e segunda leituras aconteceram no ano de 2012:

- XXIII.II.MMXII à XXIII.II.MMXII

Eu ganhei esse livro da minha amiga GLN no Natal anterior. Em Fevereiro de dois mil e doze, eu precisei fazer uma cirurgia de apêndice. Tudo foi muito rápido: passei mal durante a madrugada de quinta-feira; sexta-feira fui internada e no domingo eu fui para a mesa cirurgia. E, graças a Deus, a recuperação foi um sucesso. 
Lembro-me que na sexta-feira, depois de a médica dar o diagnóstico, ela me pediu para trocar de roupa e levar o básico para irmos ao hospital. E, junto com meus documentos pessoais, celular e tals, eu peguei a leitura daquele momento: Persuasão (da editora Martin Claret).
Uma passagem marcante daquela leitura foi a seguinte frase: 
"Um quarto de doente muitas vezes pode valer tanto quanto muitos livros". (livro 2 capítulo 5)*
No final do ano de 2012, eu fiquei com vontade de reler o livro - pois na primeira leitura eu estava imersa nos livros de Alexandre Dumas (a trilogia Os Três Mosqueteiros) que percebi que havia perdido uma ótima leitura.

- XIX.XII.MMXII à XXX.XII.MMXII

Nesta época do ano, meu irmão vem visitar meus pais. Ele havia começado a tatuar novamente, e fizemos um arranjo financeiro que resultou na minha tatuagem no braço esquerdo. Eu escolhi tatuar lírios - pois uma das capas do livro Persuasão tem como imagem alguns lírios. E assim foi.


Passou poucos anos para eu voltar a ler este livro póstumo de Jane Austen.  E a época também teve um significado marcante:

- XVII.IV.MMXV à II.V.MMXV

Foi nesta terceira leitura que eu conheci meu marido. Lembro que eu tirei uma foto minha lendo o livro - e ele diz que é a foto preferida que ele tem de mim. 💖
Lembro, também, que ele assistiu ao filme Persuasão, estrelado pela Sally Hawkins como Anne Elliot, e o Capitão Wentworth foi o papel de Rupert Perry-Jones (o primeiro personagem masculino que é loiro) somente para saber sobre o que eu estava lendo.
Nossos planos de casamento aconteceram rápido e Persuasão ficou com marca tão significativa que o modelo de convite de casamento foi impresso com a seguinte frase:
"Não somos tão jovens a ponto de nos irritar por uma bobagem, enganar pelos acasos de qualquer instante e a ponto de brincar descuidadamente como nossa própria felicidade"**
A última leitura foi quando já estávamos morando longe do Sebo.

- XXII.IX.MMXVII à XXIX.IXX.MMXVII

Foi nesse ano que mudamos de apertamento pela terceira vez. Eu sempre brinco com ele que para cada ano de casamento teremos um apartamento novo. E, estamos caminhando para o quarto ano de casados e morando no quarto apartamento diferente! E eu tenho uma nova edição de Persuasão!









* Eu estava lendo a edição da Martin Claret, mas a citação nesta postagem é da editora Zahar. Mais informações neste link.

** Como mencionado, a edição da MC tem alguns equívocos de tradução, a frase no convite de casamento era esta:
"Não somos crianças para nos irritarmos caprichosamente ou sermos iludidos pelos equívocos do momento, brincando levianamente com a nossa própria felicidade.”



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