9 de junho de 2019

Décima Terceira leitura..



Olá, leitor anônimo!!

Sinto muito não corresponder às leituras que faço e demorar para escrever por aqui ! Se lhe apetecer, tenho uma conta deste blog no Intagram, caso queira me acompanhar por lá! 

Minhas leituras ficaram um pouco lentas desde o mês de Abril. 
Eu não tenho por hábito ler rápido para cumprir metas de leituras; mas não gosto quando a leitura, por algum motivo atrasa. Eu sei que estão atrasadas quando eu me dedico mais a uma função e as deixo de lado. 
Como eu havia dito, a mudança trouxe alguns dias pesados de trabalho e, também, a minha dedicação ao meu quebra-cabeça não me deixou envolver muito pela última leitura (Excalibur).

Comecei a leitura de Excalibur dia onze de maio e fui terminá-la somente dia três de junho. E terminei porque tinha que terminar - eu não queria fechar trinta dias com um mesmo livro. Portanto, as últimas páginas foram lidas sem muita paixão.

Algumas passagens me deixaram presa na leitura. A segunda parte do livro teve seus altos e baixos. Cornwell descreveu (muito) sobre como era a vida em um cerco de batalha. Eu achei que havia detalhes demais - mas talvez seja somente eu. 
Os detalhes de como foram negociadas as tentativas de "paz", como a vida em um lugar pode tornar a existência efêmera - uma diarreia pode matar metade de um pelotão aquartelado em um terreno úmido e pantanoso. 
Mas, quando Artur chega a escuridão se torna dia. 

Como eu gostei muito do segundo livro - além de ele conter a história de Tristão e Isolda. Gostei de ler um Artur mais "pistola" e menos misericordioso com todos - principalmente com os filhos gêmeos dele (ô cria de choca!).

Porém, o livro três tem suas delícias: Lancelot vai para a batalha e Derfel o encontra. O caso de como Derfel perdeu a sua mão também é muito boa e de como se tornou cristão. Merlin também é fantástico neste livro. E claro, Artur é sem igual.
Eu ainda não me perdoou por gosta de Guinevere!

Quero terminar com um trecho que gostei muito de ler -  e o li para meu marido que também gostou dele:
"A parede de escudos se rompe e a morte governa, e assim matamos até termos os braços cansados demais para levantar uma espada, e quando a matança terminou vimo-nos num  pântano de sangue (...). Procuramos amigos vivos e os abraçamos, vimos amigos mortos e choramos por eles. Conhecemos o delírio da vitória absoluta, compartilhamos as lágrimas e o riso, e alguns homens, cansados como estavam,  dançavam de pura alegria (...). Porque tínhamos vencido. Tínhamos transformado os campos junto ao rio num matadouro. Tínhamos salvado e realizado o sonho de Artur. Éramos os reis da matança e os senhores dos mortos, e uivávamos nosso triunfo sangrento para o céu.
Porque o poder dos saxões estava partido".
E essa batalha - e as outras que existiram nestes três livros - era travada para manter o inimigo interno e externo fora das terras britânicas; mas a maior de todas as batalhas era feita pela fé. O cristianismo crescente sufocava o druidismo. Na verdade, a fé cristã matou (literalmente) qualquer um que se opusesse a ela. Era a ordem de Deus que a Britânia ficasse livre da religião pagã para que Cristo pudesse voltar para terra e torná-la um lugar de paz - mas para isso era preciso se livrar de todos os pagãos. E os pagãos mataram quantos cristãos (e pagãos) puderam para trazer os deuses primevos para sua terra - que era abençoada antes da chegada dos inimigos e, principalmente, antes dos cristãos chegarem. 

Eu gostei muito destra trilogia - e foi ela, até agora, a leitura mais pesada que fiz de um livro de Bernard Cornwell. A história é muito antiga, muitos lugares e nomes (o que deixa o leitor um pouco tonto no primeiro livro). A história é diferente daquelas que já li em A Busca do Graal e muito diferente de Crônicas Saxônicas.  Mas ainda é boa, ainda é Cornwell.

Omnia Vanitas 💀




Nenhum comentário:

O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...