28 de junho de 2019

Velha Infância..



Olá, leitor anônimo!

Esta semana eu fiz uma operação bancária no meu porquinho e comprei alguns livros para ler em Outubro. A primeira a chegar foi a encomenda dos livros da Heidi, de Johanna Spyri.

Talvez muitas meninas da minha idade (rs) não conheçam Heidi mas conheçam Pollyana da Eleanor H. Poter. Eu nunca li Pollyana - isso mudará em Outubro; mas fui apaixonada pelas histórias de Heidi. Assim como Pollyana, Heidi tem a sua versão "moça". Deixei para Outubro demais explicações sobre a obra e sua autora.

Conheci os livros de Heidi durante a sexta série (do segundo grau, sou da velha-escola). Como reprovei no sexto ano, não sei se foi na minha primeira temporada ou na segunda desta classe que comecei a ler a história desta famosa personagem de Johanna Spyri. Mas eu lembro que foi uma época boa para minha leitura: a professora Sussana (de Língua Portuguesa) nos deixava uma aula livre (45 minutos) para leitura. 

Heidi foi uma das leituras que me prenderam. Uma menina que foi morar no campo, dormia em um sótão ...tudo para mim foi apaixonante (vide A Filha do Papai Pelerine) Eu lembro que foi com Heidi que criei a imagem que a casa dos meus tios (onde não havia eletricidade) era um lugar lindo para viver. Criei mil fantasias de como seria eu estar morando lá - e elas me embalaram até aos dezoito anos de idade. 

Certa vez, no ano passado, meu marido precisou viajar e eu fiquei alguns dias sozinha. E, nesta solitude, eu escolhi alguns filmes (que ele jamais assistiria comigo) para assistir. Entre eles, escolhi Heidi. 
Desde lá eu estava procurando a edição que li na adolescência. Infelizmente, não tenho (ainda) uma boa lembrança da capa, então, com uma promoção de cinquenta por cento do valor, eu comprei estas duas edições lindas! 

Contando os dias para chegar Outubro! 

Veja a lista de outros livros que estão na lista de leitura para o mês das crianças.

Ainda faltam duas encomendas para chegar. Conforme serão entregues, eu estarei postando sobre eles.

23 de junho de 2019

Décima quinta leitura..

"Deus é maior que os Estados Unidos, e, se o governo entrar em conflito com os céus,
nós nos mobilizaremos  pela bandeira do Paraíso" John Taylor, 4 de janeiro de 1880.

Olá, leitor!

Uma leitura sensacional! 

Confesso que eu nunca tinha lido nenhum livro do Krakauer (apesar de ter mais um exemplar na minha estante: Na Natureza Selvagem - o xuxu de muitos leitores).

Confesso que foi sem querer a escolha de um livro que trata sobre religião depois de ler "As Pupilas do Senhor Reitor".

Pela Bandeira do Paraíso não é um romance, este é um livro documental. Jon Krakauer cresceu convivendo entre mórmons e, como todo expectador passivo, a grama do vizinho parece mais verde. Ao escolher o tema sobre os mórmons, sua intenção era relatar a história desta seita nascida nos Estados Unidos. Porém, após várias leituras, ficou difícil deixar de lado a violência, os estupros e a fé que vive no âmago da comunidade mórmon. 
Depois de investir em várias leituras, visitar várias pessoas que viveram ou vivem dentro de uma comunidade de fé mórmon, Jon Krakauer descreve a gênese desta seita: desde Joseph Smith até chegar nos irmãos Ron e Dan Lafferty.

Dia 24 de julho é um dia festivo para os mórmons. Nesta data, em 1847, Brigham Young chega ao Vale do Lago Salgado com a caravana de fiéis depois de serem expulsos de Navoo. Esta data é festejada com alegria e festa pela comunidade mórmon - muitos cruzam cidades para chegar ao local sagrado.

No dia 24 de julho de 1984, Ron Lafferty decide que é o dia ele precisa cumprir a profecia dada a ele por Deus:  a remoção através do sangue derramado para as quatro pessoas responsáveis pelo seu divórcio. A sua primeira remoção foi a esposa de seu irmão mais novo (Tom): Brenda Lafferty e, por consequência a filha do casal, Erica - de apenas quinze meses. 

O nascimento da seita, a brutalidade, racismo, machismo e loucuras de uma fé para chegar ao Paraíso através de chavinas, espancamentos e estupros de menores compõem a literatura mórmon através de líderes fanáticos que comandaram - e comandam milhões. 

Pela Bandeira do Paraíso é uma leitura ímpar.

21 de junho de 2019

Programação para Outubro..



Olá, adiantado leitor !! 

Acho que não resta dúvidas quanto a minha paixão por literatura infanto-juvenil. Esta é a categoria que eu adoro cadastrar aqui no Sebo do Portuga. E, na última quarta-feira (19/06), eu estava deitada na praia, lendo, e tive uma ideia: dedicar o mês de Outubro para as leituras da minha adolescência! E, acredite, já tenho uma lista de livros que não podem faltar:

- Verde Vale (Urda Alice Klueger)
- As Brumas Dançam sob o Espelho das Águas (Urda Alice Klueger)
- Dom Quixote para as Criança (Monteiro Lobato)
- Diário de um Adolescente Hipocondríaco (Aidan Macfalane; Ann Mcpherson)
- A Filha do Papai Pelerine (Maria Gripe)
- Pântano de Sangue (Pedro Bandeira) - preciso encontrar uma edição.

entre outros.

Pretendo incluir alguns clássicos infantis que ainda não li:

- Pollyana (Eleanor H. Porter)
- Descanse em paz, meu amor (Pedro Bandeira)
- O Único Amor de Ana Maria (Isa Silveira Leal)

Outros em Francês

- a continuação das aventuras du Petit Nicolas (Sempé/Goscinny)
- Le Journal d'Anne-Marie (Michel Quois) - li durante meus treze anos a edição em português "O Diário de Ana Maria"
- um livro da série francesa "Fantômette" (Georges Chaulet) ..

Eu sei que até Outubro muitas mudanças podem ser feitas nesta lista (provavelmente para aumentá-la)!
Conto os dias para mês Dez chegar logo! 😍

9 de junho de 2019

Décima Quarta leitura ..


Olá, leitor anônimo!!

Em um dia, duas publicações. Isso que dá deixar acumular postagens! Vamos lá! 

Minha décima quarta leitura foi uma surpresa muitíssimo agradável! Trata-se da obra de Júlio Diniz "As Pupilas do Senhor Reitor". 

Este meu exemplar é um xuxuzinho lindo! Publicado em 1923, 24ª edição, publicado em Lisboa pela editora J. Rodrigues & C.ª; e, tem aquelas páginas amarelas que eu amo e a fonte da letra é perfeita (nem muito pequena, nem muito grande). Uma das coisas que me encanta na escrita clássica (e, principalmente, na portuguesa) é o uso da mesóclise. Adoro! Sou apaixonada por um "vê-lo-ei", "amar-te-ia" .. são deliciosos de ler! 
Este livro não é todo estranho para mim pois eu já assisti alguns capítulos - há muitíssimo tempo atrás, a novela homônima que foi produzida pelo Sistema Brasileiro de Televisão - SBT (de 6 de dezembro de 1994 até 08 de julho de 1995 - obrigada Google!). 

Nesta obra, a primeira que leio deste autor*, duas irmãs são as protagonistas da trama. Margarida e Clara. Duas órfãs, meia-irmãs, que são tuteladas de reitor da aldeia. 
O caráter das irmãs me lembrou muito outras duas meia-irmãs: Elinor e Marianne Dashwood. Sendo a primeira (de ambas as histórias) a mais sensata e a mais nova a mais afetiva de ambas. 

Ao par destas duas moças, Margarida e Clara, estão seus amantes: Pedro e Daniel. E eu gostei de Pedro desde a primeira descrição. Ele não é muito explorado na obra, exceto quando é preciso se referi-lo como noivo de Clara, irmão de Daniel e filho mais de velho de José das Dornas. O trio principal, para mim, é Margarida, Daniel e Clara.
Por se tratar de uma "crônica da aldeia" os personagens são bem simplórios - mas muito divertidos.
Eu gosto muito de romances interioranos; é um charme que não consigo explicar. 

A trama principal se inicia quando Daniel volta do Porto para clinicar na aldeia onde moram seu pai e seu irmão (a única família que ele tem no local - fora aqueles que moram na "cidade").  Como foi para o Porto ainda menino, Daniel adquiriu os modos e a malícia da sociedade que viveu. Ao chegar na terra madre, esqueceu-se que por lá vive-se de outro jeito e, primordialmente, esqueceu-se de cuidar para que boa fama das moças fosse resguardada dos seus modos "mundanos". Muita confusão ele causa para as duas irmãs e para o reitor, em consequência. 

Apesar de simples, a trama envolve de uma maneira muito atraente; o que tornou a minha leitura rápida sem que eu percebesse isso acontecer. 

Lá no Skoob este livro ficou classificado com cinco estrelas e favoritado. Sem dúvidas, farei outra releitura da obra.













*Júlio Dinis é o pseudônimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho

Décima Terceira leitura..



Olá, leitor anônimo!!

Sinto muito não corresponder às leituras que faço e demorar para escrever por aqui ! Se lhe apetecer, tenho uma conta deste blog no Intagram, caso queira me acompanhar por lá! 

Minhas leituras ficaram um pouco lentas desde o mês de Abril. 
Eu não tenho por hábito ler rápido para cumprir metas de leituras; mas não gosto quando a leitura, por algum motivo atrasa. Eu sei que estão atrasadas quando eu me dedico mais a uma função e as deixo de lado. 
Como eu havia dito, a mudança trouxe alguns dias pesados de trabalho e, também, a minha dedicação ao meu quebra-cabeça não me deixou envolver muito pela última leitura (Excalibur).

Comecei a leitura de Excalibur dia onze de maio e fui terminá-la somente dia três de junho. E terminei porque tinha que terminar - eu não queria fechar trinta dias com um mesmo livro. Portanto, as últimas páginas foram lidas sem muita paixão.

Algumas passagens me deixaram presa na leitura. A segunda parte do livro teve seus altos e baixos. Cornwell descreveu (muito) sobre como era a vida em um cerco de batalha. Eu achei que havia detalhes demais - mas talvez seja somente eu. 
Os detalhes de como foram negociadas as tentativas de "paz", como a vida em um lugar pode tornar a existência efêmera - uma diarreia pode matar metade de um pelotão aquartelado em um terreno úmido e pantanoso. 
Mas, quando Artur chega a escuridão se torna dia. 

Como eu gostei muito do segundo livro - além de ele conter a história de Tristão e Isolda. Gostei de ler um Artur mais "pistola" e menos misericordioso com todos - principalmente com os filhos gêmeos dele (ô cria de choca!).

Porém, o livro três tem suas delícias: Lancelot vai para a batalha e Derfel o encontra. O caso de como Derfel perdeu a sua mão também é muito boa e de como se tornou cristão. Merlin também é fantástico neste livro. E claro, Artur é sem igual.
Eu ainda não me perdoou por gosta de Guinevere!

Quero terminar com um trecho que gostei muito de ler -  e o li para meu marido que também gostou dele:
"A parede de escudos se rompe e a morte governa, e assim matamos até termos os braços cansados demais para levantar uma espada, e quando a matança terminou vimo-nos num  pântano de sangue (...). Procuramos amigos vivos e os abraçamos, vimos amigos mortos e choramos por eles. Conhecemos o delírio da vitória absoluta, compartilhamos as lágrimas e o riso, e alguns homens, cansados como estavam,  dançavam de pura alegria (...). Porque tínhamos vencido. Tínhamos transformado os campos junto ao rio num matadouro. Tínhamos salvado e realizado o sonho de Artur. Éramos os reis da matança e os senhores dos mortos, e uivávamos nosso triunfo sangrento para o céu.
Porque o poder dos saxões estava partido".
E essa batalha - e as outras que existiram nestes três livros - era travada para manter o inimigo interno e externo fora das terras britânicas; mas a maior de todas as batalhas era feita pela fé. O cristianismo crescente sufocava o druidismo. Na verdade, a fé cristã matou (literalmente) qualquer um que se opusesse a ela. Era a ordem de Deus que a Britânia ficasse livre da religião pagã para que Cristo pudesse voltar para terra e torná-la um lugar de paz - mas para isso era preciso se livrar de todos os pagãos. E os pagãos mataram quantos cristãos (e pagãos) puderam para trazer os deuses primevos para sua terra - que era abençoada antes da chegada dos inimigos e, principalmente, antes dos cristãos chegarem. 

Eu gostei muito destra trilogia - e foi ela, até agora, a leitura mais pesada que fiz de um livro de Bernard Cornwell. A história é muito antiga, muitos lugares e nomes (o que deixa o leitor um pouco tonto no primeiro livro). A história é diferente daquelas que já li em A Busca do Graal e muito diferente de Crônicas Saxônicas.  Mas ainda é boa, ainda é Cornwell.

Omnia Vanitas 💀




O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...