25 de agosto de 2018

Paixão redescoberta ..


Olá, leitor .. 

Eu redescobri uma paixão antiga: tricotar! 

Quando eu era adolescente e desfrutava de todas as emoções dos treze anos, minha mãe decidiu colocar em prática minha habilidade de tricotar. 
Eu não lembro exatamente como, mas eu acabei em aulas de trico com minha amiga SKD. Lembro das nossas caminhadas até o final do bairro em direção às aulas de tricô com a dona Laura. 

Eu aprendi a tricotar com a mãe de uma amiga (CM). E, como já escrevi, não sei como fui parar nas aulas da dona Laura. 
A mãe dessa amiga tricotava casacos e mais casacos de lã e, para nos distrair, minha amiga e eu pegávamos as agulhas sobressalentes para "brincar" de tricotar. 

Foi nas aulas da dona Laura eu que aprendi a usar de forma correta as agulhas, a formar pontos, fazer cavas de casacos e blusas, barras, acrescentar ou diminuir pontos e tudo o mais que esta arte tem em si. 
Nessa época, eu lembro de ter confeccionado um casaco para mim (roxa com duas listras brancas no ventre) e um casaco infantil (que se tornou um presente para minha sobrinha mais velha).

As aulas de tricô tinham várias alunas - em sua maioria já adultas; somente SKD e eu éramos as adolescentes. Se minha memória não falha, CM também chegou a participar de algumas aulas mas, despois, desistiu. Destas aulas eu lembro de algumas situações específicas: os bolos para o café da tarde, do dia que me tranquei no galinheiro para não tomar remédio (rs) e das idas de uma das alunas ao dentista - ela sempre ia usando um batom vermelho e nós ríamos desta situação.

Mas o tempo passou, a adolescência tornou-se mais viva e as agulhas ficaram de lado. 

Durante algum tempo confeccionei alguns cachecóis e, tentei, uma luva com dedão; sendo este último um fracasso.

Porém, em Maio deste ano, eu decidi colocar as agulhas "em movimento". Assisti um vídeo sobre como fazer uma touca simples e... consegui. Sentindo-me animada novamente, comprei mais alguns novelos, aceitei várias encomendas de familiares e tricotei meias, mantas, toucas, luvas .. E ainda estou apaixonada por tudo. Busquei na casa da minha as agulhas e novelos que havia deixado para trás e agora, tenho uma bolsa só para carregar meus trabalhos em andamento e uma cesta de vime com os novelos que sobraram dos trabalhos que fiz. 
Com toda a minha animação eu descobri algumas coisas: o material é caro e o tempo é curto para querer fazer tudo o que eu quero.
Atualmente, estou fazendo uma malha leve, um cachecol (com a inscrição do Um Anel) e um par de luvas (com motivo Coruja). 
Alguns desafios foram vencidos: conseguir fazer uma touca, uma luva com um dedão perfeito e pontos vazados, aprender a costurar com agulha de tapeçaria - como sofri para aprender isso!
E, um desafio não foi vencido ainda: conseguir tricotar uma meia com dedão separado. Quem sabe, com mais prática e confiança eu saiba terminar este trabalho com louvor.

Vou deixar alguns links dos trabalhos que já fiz:

- Meias 
- Cachecol com motivo Senhor dos Anéis (ainda em produção)...

Eu estou amando todo este trabalho e pretendo fazer outras confecções e desafiar outras mais. 


P.S.: não confunda tricô com crochê 😉

Maratona ..


Olá, anônimo leitor! 

Semana passada meu marido precisou viajar à trabalho. E, desde que esta notícia chegou ao meu conhecimento, eu programei fazer "maldades" na ausência dele.

A minha "maldade" consistiu em assistir as minisséries baseadas nos livros de Jane Austen, Charlote Brontë e Elizabeth Gaskell.

Já tinha muito tempo que eu não assistia essas produções por respeito às obras originais porque sou uma pessoa um pouco confusa: misturo os livros com as minisséries e me perco ao contar as histórias.

Primeiramente, assisti Jane Eyre. Depois Orgulho e Preconceito, Emma, Miss Austen Regrets*, Razão e Sensibilidade. E, para terminar, Cranford.

E a cada capítulo, eu tinha vontade de pegar o livro e ler a história de uma só vez! Infelizmente, por falta de espaço em casa, estes livros estão na casa da minha mãe e, também, eu não abandonaria a leitura da época {À Espera de Um Milagre, Stephen King}.

Foi muito boa esta experiência extra-livro; e, por mais que eu ame Razão e Sensibilidade, eu descobri que tenho um carinho por Emma - e pelo senhor Knightley. 

Com a chegada de Setembro, chega a época de eu ler meu querido Norte e Sul, de Elizabeth Gaskell - motivo pelo qual eu não quis assistir à minissérie.

É isso aí, leitor! 
Termino esta publicação recomendando cada livro - todos valem muito a leitura! 

Omnia Vanitas 💀

* Miss Austen Regrets não é baseado em um livro, mas eu assisti, também, durante a maratona. 



4 de agosto de 2018

Voltei..


Olá, tradicional leitor!

Faz muito tempo que eu não escrevo neste blog. Em parte porque eu estava sem criatividade escrever sobre meus livros, e, em parte porque eu não estava com ânimo.

Voltei à atividade.

As postagens que eu fiz no blog do Sapo.pt estão nesta página com as respectivas datas de publicação.
As leituras concluídas estão atualizadas e a leitura atual também.

Como vê, abandonado leitor, tudo voltou ao normal.



Leitura Doze..



Publicado em 27maio18 no Sapo.pt

Olá, esquecido leitor!

Sinto muito pela ausência durante estes dias (semanas); mas eu não estava com ânimo para escrever (e nem ler). 
Explicações à parte, terminei a leitura de "Papéis Avulsos" de Machado de Assis. Eu gosto muito de ler Machado, mas nesta leitura eu não consegui me entregar por inteiro então, minha interpretação ficou comprometida. 

"Papéis Avulsos" é um livro de contos; e, no seu prefácio, Machado de Assis escreve o seguinte:
 "Avulsos são eles mas não vieram aqui como passageiros que acertam de entrar na mesma hospedaria. São pessoas de uma só família que a obrigação do pão fez sentar à mesma mesa".

O primeiro conto é o famoso "O Alienista". A sequência de contos é uma trama de pessoas loucas. Enquanto eu lia, eu me sentia Simão Bacamarte - com vontade de colocar todos no hospício.Sinto muto não escrever mais sobre o livro, eu realmente não estava sintonizada com a leitura. 


Rachel e Capitu





Publicado em 08maio18 no Sapo.pt

Olá, leitor anônimo!

Ontem à noite, enquanto eu fazia meus trabalhos domésticos, meu marido tentava me convencer à assistir algum filme. Nada do que eu ouvia me convenceu a sentar no sofá. Ele desistiu e, ao olhar para o aparelho de televisão eu vi a capa de um filme "Minha Prima Raquel". Gritei minha descoberta mas não houve parceria por mais de dez minutos - segunda-feira é um dia agitado na casa dos "do Cabo Ferreira".
Entre louça lavada, roupa na máquina, cachorro correndo.. eu assisti ao filme. Eu comecei a assistir apenas para decidir se eu deveria ou não comprar o livro. 

A tal prima Raquel é viúva do tutor de Phillip. Após o falecimento do tutor, Phillip vai ao encontro da sua prima para desmascará-la e culpá-la pela morte do marido.
Pobre Phillip. Apaixonou-se euforicamente por Raquel. Deu-lhe sua herança, as jóias da família e lhe creditou todo o amor que poderia ter em seu jovem coração. Porém, a prima não respondeu ao mesmo amor. Ele perdeu a razão sobre tudo ao redor.
Eu não contarei o desfecho do filme e anseio pela leitura desta obra de Daphne du Maurier.
O filme trouxe à minha lembrança uma obra clássica de Machado de Assis: Dom Casmurro.
Todo o ciúmes de Bentinho, suas acusações contra Capitu .. A narrativa deixa o leitor em dúvida sobre o caráter da esposa de Bentinho. Ainda é um mistério para os leitores a fidelidade de Capitu ao ciumento marido.
O mesmo eu senti sobre Raquel. Tudo nela pareceu ambiguo. O ciúmes, as dúvidas, as acusações.. Bentinho está para Phillip com Capitu está para Raquel.

Leitura Onze..


Publicado em 04maio18 no Sapo.pt

Olá, leitor!

Quando eu decidi começar a leitura de Os Catadores de Conchas, de Rosamunde Pilcher, eu pensei que seria uma leitura aconchegante. Talvez, até seja; mas não para mim. Eu precisava de um romance "água com açúcar" mas o que encontrei foi uma discussão familiar que me tirou um pouco da paz que eu tinha.
Levei a leitura adiante mesmo querendo parar. Eu precisava saber o que aconteceria com o quadro Os Catadores de Conchas e saber quem era Olívia. Meu ponto alto (e definitido para encerrar a leitura) foi a decisão tomada por Penelope para as telas e o quadro - herança de seu pai, Lawrence Stern.  
Cansei das brigas da filha Nancy e o filho Noel. O temperamento egoísta e avarento destes filhos me tiravam o sossego que eu buscava na leitura. Quanto a Danus e Antonia, fico satisfeita em saber que estarão bem, no final. Termino o livro no capítulo que narra a vida do jardineiro.

Penelope Keelling é uma mulher de 64 anos que viveu o auge da sua juventude durante a Segunda Guerra Mundial. Pai pintor e mãe francesa, sua vida foi muito alegre e expressiva - mesmo durante os anos bélicos. Mãe de três filhos: Nancy, Olívia e Noel, o trio participa da sua vida dentro da narrativa - cada qual conforme sua personalidade. E, a trama está em torno do presente de casamento deixado à Penelope, por seu pai, no dia do seu casamento com (o traste) Ambrose: o quadro Os Catadores de Conchas. O antigo pintor volta a ser reconhecido no mercado, e muitas mãos querem tomar posse desta obra.
Viagens, jardins, família, guerra, paixão .. o enredo possui vários temas; mas o trio Ambrose, Nancy e Noel azedaram minha leitura - por isso estou finalizando-a hoje. O destino do quadro foi decidido. Minha leitura chegou ao fim.

O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...