13 de setembro de 2017

Proposta de Casamento..


Olá, jovem!!

Estou caminhando na releitura de Norte e Sul e, mesmo conhecendo a história eu ainda me derreto igual manteiguinha quando Mr. Thornton pede Margaret Hale em casamento. E, nem é romântico!

Elizabeth Gaskell gostava de ler Jane Austen. O décimo primeiro capítulo se chama Primeiras Impressões por que este foi o primeiro título para Orgulho e Preconceito, da senhorita Austen. E, eu não duvido que a discussão do casal de Gaskell seja mais uma forma de homenagear o casal mais famoso da literatura universal: Elizabeht Benett e Mr. Darcy.

Veja só, o pedido de casamento de Mr. Darcy foi todo atrapalhado e deixou Lizzy Benett tremendo em fúria - ainda mais depois de descobrir que seu admirador foi quem arruinou o relacionamento de sua irmã Jane e Mr. Bingley. 

Em Norte e Sul há um antagonismo entre o casal protagonista. É perceptível a adoração de Mr. Thornton por Margaret - e isso se dá pela moça ter seu temperamento forte e opiniões sólidas.
Mesmo tendo certeza do desprezo da moça por ele, John Thornton, em um  suspiro ínfimo de esperança de que o sentimento de Miss Hale tenha sofrido uma alteração, ele vai até a casa da jovem e a pede em casamento.
Eu acho tudo lindo! Mesmo durante a briga eu fico suspirando corações.. 💞

Deixo abaixo alguns trechos do pedido/rejeição de casamento:

- à caminho da casa de Margaret
Seu coração batia acelerado na expectativa da chegada de Margaret. Não podia esquecer o toque dos braços dela ao redor do seu pescoço, apesar da impaciência que sentira na ocasião. Mas agora, a lembrança daquela defesa dele em forma de abraço, parecia eletrizá-lo inteiramente – derretendo toda a sua resolução, toda a sua capacidade de autocontrole, como se fosse cera diante do fogo. Ele temia adiantar-se para recebê-la, com os braços estendidos em muda súplica para que ela se aninhasse neles (...)

- depois da recusa do pedido:
que sempre que eu me alegrar com a existência daqui para a frente, possa dizer a mim mesmo “Toda essa alegria na vida, todo esse honesto orgulho em fazer o meu trabalho no mundo, toda essa aguda consciência de existir, eu devo a ela!” E isso dobra a alegria, torna brilhante o orgulho, aguça o sentido da existência, até que eu mal saiba se é dor ou prazer, pensar que eu devo tudo isso a alguém... não, deve me ouvir, vai me ouvir... – disse ele, dando um passo adiante com firme determinação – devo tudo isso a alguém que eu amo, como não acredito que um homem já tenha amado uma mulher.
(...)
Eu sou um homem. E reivindico o direito de expressar meus sentimentos.
(...)
Uma palavra mais. A senhorita olha como se considerasse uma desonra ser amada por mim. Não pode evitar isso. Não. Se eu pudesse, a liberaria dessa desonra. Mas eu não vou, nem que possa. Eu nunca amei mulher alguma antes: minha vida foi sempre muito ocupada, meus pensamentos muito absorvidos por outras coisas. Agora eu amo e continuarei amando. Mas não tenha medo de que haja muita expressão desse sentimento da minha parte.
E por fim, a frase que ele diz à mãe dele depois que chega em casa é muito fofa:

Ninguém me ama... ninguém gosta de mim, só a senhora, mãe.

Pára tudo !!!! Eu sou apaixonada por esse homem!! Meu lado adolescente aflora de modo intenso!!
E, para frente, Margaret repensa sua atitude perante ele - ainda em negação - e como ele age com ela após esse acontecimento! É lindo! Tudo é lindo!

Omnia Vanitas.

Nenhum comentário:

O caso do cachorro ..

 Olá, esquecido leitor !   Apesar de passar muito tempo longe deste blog, tentei voltar algumas vezes mas o tempo nem sempre está do meu lad...