Saudações, aventureiro leitor!!
Em meio a mais uma mudança de endereço, encontro-me na sala vazia do antigo apartamento tendo a minha volta as últimas caixas com meus pertences mortais que habitavam este delicioso espaço na cidade de São José/SC. Mudanças ..
Fim de mais uma releitura.
1ª leitura: junho de 2003
2ª leitura: 09/08/2011 - 16/08/2011
3ª leitura: 04/11/2013 - 10/11/2013
4ª leitura: 18/06/17 - 29/06/2017
Que delícia é ler O Hobbit, do professor J.R.R. Tolkien. E, como estava em processo de mudança, todas as saudades que Bilbo Baggins (Bolseiro) sentia de sua toca, eu sinto deste espaço que estou deixando; logo, eu compreendia o quanto ele sentia saudade da sua lareira e do seu cachimbo - toda a intimidade e comodidade do seu lar.
...naquele mesmo momento sentiu o maior cansaço que lembrava já ter sentido. Estava mais uma vez pensando em sua confortável cadeira diante do fogo, na sala favorita de sua toca, e na chaleira cantando. Não pela última vez!
Não foi a última vez... Depois de ser posto em uma aventura, tirado do seu sossego e conforto, Bilbo Bolseiro se encontra em uma comitiva com treze anões e um mago para vingar, matar e recuperar o tesouro e o título que foi tirado do chefe dos anões, Thorin Escudo de Carvalho pelo fogo de um dragão chamado Smaug.
Todo leitor de Tolkien sabe que os anões são seres gananciosos e difíceis de agradar e fácies de guardar mágoa. Thorin não era exceção. Reuniu uma comitiva que lhe era familiar e rumou, junto com o ladrão que Gandalf, o mago, arrumou para ele: o senhor Bilbo Bolseiro, para recuperar o que era seu por herança.
E sobre o dragão, ele foi o menor dos problemas. Apesar das vítimas que fez, apesar do medo que causou, não foi Smaug quem precisou ser considerado uma perigo.
Como eu já escrevi, anões são gananciosos e, quando o ouro foi visto e tocado, o mais nobre coração anão - desde o velho até o jovem - se deixou levar pelo metal precioso.
Pode ser que um leitor sem experiência leia O Hobbit como uma literatura infantil - e se deixe levar pela sua narrativa clara e simples. Porém, não vou deixá-lo neste engano, interessado leitor. Este livro tem uma fantástica lição sobre poder, vingança, ganância e amizade.
Durante a aventura, o pacato hobbit - mesmo saudoso do seu lar - encontra em si coragem, raciocínio rápido e senso coletivo que o deixaram impressionado. Não era um hobbit estúpido como um Sacola-Bolseiro ou um Fossador que se deixava intimidar por novidade. Sua metade na descendência Tûk o remetia a uma classe - não bem vista - de aventureiros.
Mesmo Peter Jackson fazer do livro uma aventura com um excesso de lutas/batalhas e com personagens que não existem (e outros fora de contexto), o livro sempre será um ótimo companheiro para todos que queiram se deixar encantar pela magia de Tolkien.
Notas pessoais de leitura:
Personagem preferido: Beorn
Parte Preferida: o encontro com Beorn
Capítulo Preferido: Moscas e Aranhas
Citação preferida: "Algumas folhas caíam farfalhando para lembrá-los de que lá fora o outono se aproximava. Seus pés afundavam nas folhas mortas de outros incontáveis outonos, trazidas pelo vento dos espessos tapetes rubros da floresta para as margens da trilha".
Omnia Vanitas
Notas pessoais de leitura:
Personagem preferido: Beorn
Parte Preferida: o encontro com Beorn
Capítulo Preferido: Moscas e Aranhas
Citação preferida: "Algumas folhas caíam farfalhando para lembrá-los de que lá fora o outono se aproximava. Seus pés afundavam nas folhas mortas de outros incontáveis outonos, trazidas pelo vento dos espessos tapetes rubros da floresta para as margens da trilha".
Omnia Vanitas
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