13 de agosto de 2013

a dama dO Colar de Veludo..



Seja "A Dama do Colar de Veludo" ou "O Colar de Veludo", a história é a mesma. A minha publicação é de 1942 e é intitulada "A Dama ...".

Este livro possui duas partes distintas: a primeira tem a participação do próprio Dumas - inserido em seu meio social. Este contexto é um prelúdio de "A Dama..". Nesta parte, Dumas mostrará quem são seus amigos e de onde "surgiu" a narração - que é a segunda parte.

O contexto histórico está inserido na Revolução Francesa, logo depois da morte do rei Luiz e seus partidários. Quando já não havia mais ninguém para levar à guilhotina, os cidadãos parisienses escolhiam o que mais lhe apraziam para continuar a farra.

Antes de chegar à Paris, Hoffmann, o protagonista, mora na Alemanha com um amigo Zacarias Werner - ambos saíram do conforto do lar para viverem a vida como lhes convinha. Adoravam apostar. Ganharam dinheiro suficiente para fazer a desejada viagem à Cidade Luz, porém, Hoffmann apaixona-se por Antônia, a quem promete fidelidade e abandonar o vício do jogo enquanto estivesse em viagem.

Promessas quebradas.

Werner parte antes de Hoffmann e, quando o amigo chega à Paris, descobre que não possui o endereço de Zacarias. Logo no primeiro dia, o protagonista presencia a execução por guilhotina da amante do rei Luiz e fica chocado. Tamanho impacto, Hoffmann não consegue mais concentrar-se em nada, pois a brutalidade e os gritos de agonia da vítima tomam sua alma.

Hoffmann, então, tenta distrair-se com os pontos turísticos da cidade, mas chega em má hora. Paris está passando por revista e tudo o que lembra o antigo governo é dizimado pelos habitantes, agora, chamados de "cidadão e cidadã". Ruas têm seus nomes trocados, palácios e museus são destruídos na esperança de apagar da mente dos franceses o que a administração anterior havia construído e que lhes lembrava a opressão imposta aos "cidadãos".

A última esperança para o jovem Hoffmann é ir ao teatro. Lá acontece uma apresentação de balé. E, nesta apresentação que ele ironizou primeiramente, encontra a mais bela e sedutoras das mulheres - Arsène, a bailarina principal. Ela torna-se a fixação do jovem, que luta contra o sentimento por lembrar de sua noiva, Antônia - porém, Arsène é a vencedora.

Um médico, de aspecto sinistro (que durante muito tempo eu achei que era o imaginário de Hoffmann que havia o criado), chama o jovem para retratar - visto que Hoffmann é músico, poeta e pintor - Arsène. Êxtase sublime! Pintar a mulher desejada, que não se comparava a Antônia, mas a mistificação que havia ao redor dela, e claro, do colar de veludo que ela usava em seu pescoço.

A primeira promessa é quebrada. Eles não se entregam ao sexo, mas Hoffmann verte desejo pela bailarina que o ignora bruscamente. Claro, ela seria pintada nua, porém, quando o amante dela chega, Hoffmann é banido do aposento e jogado à rua.

Suspeitando que o coração de Arsène é conquistado pela fortuna do amante, Hoffmann quebra a segunda promessa: ele foi até a casa de jogos encontrar Werner - frequentador assíduo do local. Depois de perder as economias que lhe sobravam, penhora o colar que ganhara de Antônia para continuar no jogo. Ganha quase uma fortuna e vai procurar Arsène.

Nesse ponto percebe-se, mais uma vez, a loucura do poeta. Mas, se eu passar deste ponto, estarei contando o final do livro, que é muito bom!


Dumas é maravilhoso! A trama é sempre bem criada e conceituada, rica em detalhes e, principalmente, em história. Os personagens históricos inseridos no enredo são familiares à época de Dumas, o que, sem dúvida, trará uma dificuldade na compreensão da cena lida  Porém, querido leitor, não se assuste e abandone a leitura - busque informações! Esse tipo de situação não me aflige mais ao ler Dumas, porém, este livro trouxe algo que é completamente desconhecido por mim: música. Notas, tons, melodias...tudo isso é confuso e longe do meu vão conhecimento. Mas a trama estende-se para diante dessa parte e entra em um campo um pouco menos complicado. 

Espero que eu tenha instigado o gosto desta leitura em alguém.

Omnia Vanitas.

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