"Não, mãe, sou eu, a Ingrid!" |
Olá, matutino leitor!
Fim de mais uma leitura!
E, este livro chamou minha atenção desde o primeiro que caiu em minhas mãos - durante a negociação de compra lá no sebo. A importância aconteceu porque eu lembrara da soltura desta refém, durante a transmissão televisiva. Eu lembro de pensar: Caramba, seis anos presa!
E, depois, a esqueci.
Passou-se um tempo e, enquanto eu estava lendo uma reportagem em uma revista, eu li sobre um outro sequestrado das FARC que dizia que havia perdoado seus algozes - pois do contrário não conseguiria viver (com ódio no coração). Achei a matéria singular e logo esta me remeteu ao livro de Ingrid Betancourt - que ainda estava na prateleira à venda. Comecei a lê-lo, sabendo que, de uma hora para outra, ele poderia ser tirado de mim por algum cliente da loja.
Precisei interromper a leitura (pois minha encomenda chegara) e o livro voltou para a prateleira.
Por sorte, em Dezembro do ano passado ele ainda estava na prateleira e eu o comprei para mim. E, ontem, a leitura foi terminada.
A leitura é fascinante. Eu não entrarei no questionamento político da situação; apenas comentarei sobre a condição irracional do ser humano.
Muitos são os relatos que mostram que os próprios sequestrados se viraram contra seus semelhantes para mendigar algum benefício próprio: água, mais tempo para o banho, um caderno, mais comida (de aparência duvidosa)...
Eu não vou apontar o dedo e ditar menosprezos para estes, pois eu também sou humana e não vivi a situação deles. Mas, mesmo assim, vi um ser humano egoísta capaz de tudo para viver somente para si em detrimento à outros.
Há uma citação no livro que chamou minha atenção sobre o assunto:
Há partes que chamaram minha atenção em especial como o nascimento de Emmanuel, a morte de Pinchao, o momento em que Ingrid foi vítima de uma agressão - o que eu julgo ter sido um estupro..
O livro é muito bom, nas condições que eu propus a ler. Se houve romance entre Ingrid e outros sequestrados: eu não estou nem um pouco interessada. A história desta mulher é muito mais relevante do que sua situação amorosa em um cativeiro.
Omnia Vanitas. 💀
* A vigésima nona leitura foi "La rentrée du Petit Nicolas" de Sempé e Goscinny, e não foi feito publicação neste blog. ✌
Os chulos* podem gastar tudo o que quiserem com aviões e radares para procurá-la. Enquanto houver oficiais corruptos, sempre seremos** os mais fortes! Veja só, está zona onde estamos encontra-se sob o controle militar. Tudo o que se consome aqui ser justificado, deve-se indicar quem são os beneficiários, o número de pessoas ir família, os nomes, as idades, tudo. Mas basta haver um que queira um dinheirinho extra no fim do mês e todo o plano deles vai por água abaixo. Não é só o baixo escalão que faz isso! Não é só o baixo...Basta apenas um. E não o "um" político corrupto; é o "um" ser humano, desprovido de senso moral ético. O ser humano não sabe medir sua capacidade de ser mesquinho - tudo parecerá normal: é normal receber suborno, é normal não devolver o troco recebido à maior, é normal trocar o preço dos produtos no mercado, é normal desde que "eu" seja o beneficiário.
*militares; **FARC
Há partes que chamaram minha atenção em especial como o nascimento de Emmanuel, a morte de Pinchao, o momento em que Ingrid foi vítima de uma agressão - o que eu julgo ter sido um estupro..
O livro é muito bom, nas condições que eu propus a ler. Se houve romance entre Ingrid e outros sequestrados: eu não estou nem um pouco interessada. A história desta mulher é muito mais relevante do que sua situação amorosa em um cativeiro.
Omnia Vanitas. 💀
* A vigésima nona leitura foi "La rentrée du Petit Nicolas" de Sempé e Goscinny, e não foi feito publicação neste blog. ✌
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