Ilha de Malta |
Se há algo que diverte meu marido é a leitura que estou fazendo de Conde Negro. O motivo da diversão é porque toda vez que vou comentar algo sobre esta leitura eu lhe digo: "Amor, Napoleão é um f.d.p.!!"
E, ontem, tirei um tempinho na parte da manhã para colocar a leitura em dia. E, além de corroborar a minha ideia sobre o general (imperador de araque!) Napoleão, eu li algo muito interessante sobre a Ilha de Malta. Segue o texto:
Desde a Idade Média, os cavaleiros hospitalários tinham se baseado em Malta, que haviam transformado na ilha fortificada mais inexpugnável da Europa. Candidatos a cavaleiros santos apareciam de toda a parte, na esperança de conquistar fama e glória para Deus combatendo o islã num clima ensolarado. Mas a ilha era também um refúgio para patifes aventureiros de toda espécie, como o pintor renascentista italiano Caravaggio, que, depois de cometer assassinato, fugiu para Malta em 1607 e foi sagrado cavaleiro como retribuição pela pintura de sua obra-prima, A decapitação de são João Batista. (Segundo algumas fontes, sir Caravaggio depois se envolveu em outra violenta altercação, com um colega de confraria, e deixou Malta em desgraça).A despeito dos votos da ordem, incluindo a castidade, Malta também se tornou famosa pela beleza e liberalidade de suas prostitutas, com as melhores ficando reservadas aos cavaleiros e seus hóspedes. E, combatendo o infiel em alto-mar, eles capturavam tantos escravos de galés e tamanho butim que começaram a ser vistos como uma versão cristã dos piratas berberes. Quando chegaram aos ouvidos do papa notícias sobre a moralidade frouxa dos cavaleiros, ele enviou um inquisidor à ilha, em 1574, que se estabeleceu em uma mansão no bairro comercial.Os hospitalários haviam sido outrora intrépidos cruzados lutando pela causa de Cristo; agora, sua praça-forte insular estava mais para uma versão medieval em Palm Springs, onde cavaleiros de idade avançada viviam à custa de uma cuidadosa renda fixa de tesouros amealhados, bem como de tributos gerais e impostos feudais coletados em suas terras natais. Essa última fonte de renda era a mais importante e, como muitos hospitalários descendiam de famílias nobres francesas, os impostos que sustentavam o pródigo estilo de vida da ordem provinham em proporção desigual da França. Quando a Assembleia Nacional francesa aboliu os impostos feudais no verão de 1789, Malta acusou o duro golpe. Aristocratas de toda a Europa ficaram exasperados, mas os cavaleiros hospitalários ficaram arruinados. Fizeram oferecimentos de aliança com os inimigos da França, Áustria e Rússia, bem como conspiraram com seu tradicional senhor feudal, o Reino de Nápoles, dos Bourbon.(...)Em 1800, os britânicos tomaram Malta dos franceses e fizeram da ilha o quartel-general da Frota Mediterrânica da Real Marinha. Durante a Segunda Guerra Mundial, Malta suportou outro cerco inacreditável - dessa vez dos nazistas. Cavaleiros ou não, os malteses mostraram que podiam fazer frente contra o inimigo mais feroz. O rei da Inglaterra concedeu a Cruz de Jorge à 'fortaleza insular de Malta [...] para honrar seu bravo povo', um raro caso em que o mais elevado galardão civil por bravura do Império Britânico foi concedido a um grupo, não a um indivíduo. Franklin Roosevelt chamou Malta de 'uma minúscula chama brilhante nas trevas' da Europa nazista".
Omnia Vanitas
Napoleão f.d.p.
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