16 de novembro de 2013

Vanitatum


Há coisas que não se explicam. Sentimentos muito menos. 

Estou em reforma em casa. Tudo fora do lugar. Cama na sala, sala em outro lugar. E, nesta loucura de mexer aqui e ali, compras são necessárias. Depois de passar o feriado, lixando, varrendo, pintando, subindo e descendo de escada, foi hora de colocar a lista de compras em prática. Focos, capas, telas - coisas necessárias para deixar tudo menos bagunçado. Lá fui eu rumo às compras. Mas eu não tenho culpa do que fiz. 

O amor e sentimentos adjacentes do amor são incontroláveis. Não há como explicar. 
Como uma pessoa adulta e responsável, fui até uma lotérica pagar minhas contas, sacar dinheiro, e por último procurar um presente para minha irmã - mas não achei. Fui até um botica de produtos comprar o que faltava em casa, atravessei a rua novamente e fui colocar a primeira parte das compras em dia. Comprei quase tudo, exceto aquilo que minha mãe havia pedido.
Estava em busca desta compra quando entrei em um estabelecimento que vende livros de segunda mão e comprei dois livros para minha mãe. Ela está sem estoque - o que não acontece comigo que estou com 68 livros na lista (infinita) de não livros. Comprei dois (para ela): - Pássaros Feridos (Colleen McCullough) - li na minha adolescência e adorei. O segundo é Almoço no Restaurante da Saudade (Anne Tyler). Confesso que achei o título brega, mas minha mãe curte leituras doces, portanto, tenho certeza que não errei na escolha.

Ainda na busca de compras para minha mãe, fui atrás do ela colocou na lista. Porém, antes, vejam só o que é o destino. Estava eu a passar na frente de outro estabelecimento que vende livros de segunda mão quando decidi, para surpresa de todos - creio, eu entrar. Entrei para SOMENTE olhar. Entrei porque o estabelecimento estava na direção que eu seguia. Só cheguei até a primeira sessão e vi alguns títulos que, provavelmente, comprarei para minha mãe no Natal.  Ainda a procurar, olhar e pensar "Putz! Quem lê isso?", meus olhos verdes (rs) deram com um livro na estante. Estavam lá: a trilogia de O Senhor do Anéis em três lindos exemplares e ele - a razão da minha ruína. Olhei, folheei e, ah! páginas em papel chamois! E o mapa!!!! Nossa! Um delírio! Olhei o preço. Pensei! Censurei-me por já possuir um exemplar! Coloquei-o novamente a prateleira e virei para ir embora. Praguejei contra mim mesmo, voltei, peguei o livro, olhei-o, pensei o quanto era lindo e seria bom tê-lo comigo. Olhei o custo da edição nova. Re-pensei e tentei ser sensata...SENSATA hahahaha como se houvesse sensatez em mim quando se trata de obras que eu amo! 
Condenei meu ato, peguei o livro e fui até o caixa e disse: - Crédito, por favor! 
Trouxe para casa a quinta edição de O Hobbit, com a capa do filme. Estava, a pouco, folheando a edição que tenho e pensei em vendê-la. Só que não! Ela precisa ficar comigo, pelo menos por enquanto. 

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