Semana passada terminei a leitura - divertidíssima - de Jane Austen, a Vampira de Michael Thomas Ford.
Lembro que comprei esse livro, por uma pechincha, em uma livraria online, no ano passado. Comprei somente para fechar pedido, não era um livro que almejava ter. Porém, ele me cativou desde o primeiro capítulo.
Para quem é fã (gênero neutro) - em parâmetro normal - de Jane Austen, conhece as eternas discussões entre a literatura das Irmãs Brontë versus Austen. Gosto da obra de Charlotte Brontë, Jane Eyre; e também da de Emily Brontë, O Morro dos Ventos Uivantes; porém, ainda falta Anne Brontë me mostrar o que sabe em A Moradora de Wildfield Hall e A Preceptora - sendo que somente o primeiro ainda é publicado, o outro é preciso caçar em sebos.
Estou velha para entrar em discussões fanáticas sobre esse tipo de assunto, somente me divirto com tais assuntos.
Outro fato, muito comum em obras de sucesso de pessoas que não estão mais entre nós, é o incansável acervo que continuam a história do(a) autor(a) original. Descobri, tempos atrás, que Sherlock Holmes tem novas aventuras fora de Sir Arthur Conan Doyle.
O mesmo acontece com a senhorita Austen. Um devastador material que assombra as livrarias sobre: a vida, culinária, pós escritos austeneanos e tudo mais.
Há quem já escreveu sobre os filhos do casal Darcy, sobre diários escritos por Elizabeth e o diário do inigualável senhor Darcy; há também quem escreveu sobre zumbis e monstros marinhos e sobre Darcy ser um vampiro etc e tal.
Um fã alucinado por Austen quererá obter tudo e muito mais sobre a amada autora. Há aqueles que desdenham as obras "sobrenaturais" porém, não deixam de ter algum livro de não autoria de Jane - desde que fique no âmbito "normal" da trama.
Ou seja, existe tanto material sobre Jane Austen que poderíamos ser soterrados facilmente por ele.
Um dos tratados desse livro, na minha opinião, é mostrar todo esse absurdo sobre Austen. Ele parece defender e acusar ao mesmo tempo. Acusa mostrando a infâmia de algumas publicações; defende mostrando como muitos chegam a verdadeira obra de Austen através deste besteirol.
Jane Austen, a Vampira apresenta a autora inglesa em meio a este caos que se tornou a literatura de consumo. Ela possui uma livraria em uma cidade quase desconhecida e alimenta um romance platônico com um antigo amigo, Walter.
O maior desejo, da Jane vampiresca, é publicar o seu livro, Constance.
Em meios as recusas, um tal de senhor Kelly amou a obra de Jane Fairfax (seu nome atual) e resolve publicá-lo. Tudo seria perfeito se Lord Byron não entrasse no seu caminho.
Romance, brigas, sedução, livros, chantagens, descobertas, mordidas, fogo, fóruns e muito humor completam essa obra.
Eu adorei!
Tudo é vaidade!