Esse é um dos lemas mais conhecidos em todo o mundo. Dito pelo infante D'Artagnan no primeiro da livro da trilogia de "Os Três Mosqueteiros". E isso aconteceu somente uma vez, mas encontra-se presente ao longo de toda a trilogia!
Que amizade é essa, que nem a política, pobreza, embriaguez e a distância separam!
Talvez, essas sejam as coisas mais fáceis de "passar por cima" em uma amizade.
Tenho amigos que moram longe, e ainda assim, quando nos reencontramos tenho a impressão que foi ontem que nos despedimos.
Tenho amigos que curtem discutir política, futebol, religião ... E mesmo com toda a diferença entre nós, a amizade ultrapassa-os.
Mas há algo que eu estimo muito na amizade destes mosqueteiros: Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan: os segredos.
Cada um tem seus segredos íntimos: ninguém, pelo menos não foi declarado até o momento, sabe que Raul - o Visconde de Bragelonne é filho do Athos. D'Artagnan suspeita, pois seu olhar perspicaz capta pormenores muito facilmente. Athos sabe disso!
Essa amizade é tão marcante, que no primeiro livro "Os Três Mosqueteiros", D'Artagnan não pode explicar o motivo da convocação dos outros três para acompanhá-lo até à Inglaterra, mas todos vão. Existe um segredo que não pode ser compartilhado mas precisa de suporte: simplesmente, eles se entregam nas mãos de D'Artagnan e vão, sem saber motivo, razão e circunstância.
Conseguimos confiar tanto assim nas pessoas? Conseguimos ignorar nossa curiosidade e orgulho e ajudar, sem questionar, quem nos pede ajuda?
Sabemos nos entregar sem nenhum motivo aparente, que não seja somente a amizade?
Será que conseguimos nos doar, completamente, esquecendo de nós mesmo? No caso destes quatro amigos, colocar a vida em prol do outro?
Alexandre Dumas cria quatro personagens (baseado em pessoas reais, em alguns casos) que possuem um entendimento e amor entre si que é inteligível.
Ah! Eu realmente me envergonho da amizade de devoto aos meus amigos. Olhando pelo prisma de Alexandre Dumas nesta obra, eu sou insignificante!